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Fort Lauderdale, Flórida,  26 de Agosto de 2012 Ano XX  Lição Nº 35


 

PARÁBOLAS DE JESUS — OS TALENTOS

Rev Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA

Referência: Mateus 25.14-30 — Ambiente: Jesus saindo do templo com os seus discípulos pelo Vale de Cedrom, à caminho do Monte das Oliveiras, pronunciou um dos mais veementes veredictos sobre a nação, seus líderes e o próprio lugar do culto sagrado judaico, o Templo: “Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta; porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor” (Mt 23.38-39)! No prolongado sermão escatológico, Jesus tomou como seu epílogo as duas parábolas semelhantes: As Dez Virgens e Os Talentos. No sequencial exegético, não há nenhuma quebra de narrativa, dando a entender que a mensagem nelas contida era a mesma! Na Parábola das Dez Virgens a atenção fora chamada para o caráter interior; quando na dos Talentos, havia a necessidade de cuidar dos bens do seu senhor. Enquanto a mensagem das Dez Virgens nos exorta à prontidão espiritual para a vinda de Cristo nas nuvens; a dos Talentos nos rega um apelo, com nos dias de Neemias, que trabalhemos enquanto o Mestre não chega! A mensagem conclusiva, portanto, foi: trabalhemos e vigiemos! Sentados no cimo do monte, seus rostos avermelhados pelo por do sol africano, seus corações palpitavam ao lado do Mestre, anelando que esse dia chegasse, e chegasse pronto: quando acontecerão estas coisas? Explicação: Esta parábola tem muita semelhança com a das Dez Minas, relatada no Evangelho de Lucas, porém, não são as mesmas: i. a dos Talentos Jesus a expôs no Monte das Oliveiras; a das Dez Minas, em Jericó; ii. nas dos Talentos os servos receberam quantias diferentes, e de acordo com a capacidade de cada um; na das Dez Minas, a quantidade distribuída foram às mesmas, e a utilização do numerário diferente, e com lucros proporcionais. Em todas as duas parábolas supra citadas, foi esperado que os servos arduamente trabalhassem até o regresso do seu senhor. Ainda é bom a salientar, que se deve dar atenção à distinção entre os dois reinos: o Reino de Deus — um reino perene (Sl 90.2), abrangente (Jo 18.36) e espiritual (Rm 14.17), com capital nos Céus (Hb 12.22), cujo rei é Deus Pai (1 Co 15.28); e o Reino dos Céus (milênio) — um reino político (Dn 7.14), material (Mt 25.31-46) e futuro (2 Tm 4.1), com capital na terra (Is 2.3), cujo rei será o Deus Filho, o Messias (Ap 20.6)! Portanto, o Reino dos Céus será uma parte dispensacionalmente contida do Reino de Deus! O Talento, nessa parábola, e nesse tempo, era uma moeda de transação comercial. Em linguagem econômica, o Talento de prata hebreu correspondia a 34 quilogramas. Portanto, os oito talentos disponibilizados aos servos, poderiam ser negociados hoje no mercado financeiro como 365 mil Dólares: oito talentos que equivale a 600 libras, que totaliza 9,594 onças. No mercado atual da prata industrializada, portanto, equivale a $364,572.00! Essa quantia transposta para o atual poder aquisitivo de um trabalhador urbano, tem sua equivalência a nove milhões de Dólares Americanos! Essa quantia pertencia ao senhor! Desta feita é bom lembrar que foi o mesmo Senhor que nos deu a Palavra — “O Senhor deu a palavra; grande era o exército dos que anunciavam as boas novas” (Sl 68.11); nos deu a Jesus — “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16); nos deu os Dons — “Por isso diz: subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens” (Ef 4.8); nos preparou uma mansão — “E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (Jo 14.3); e nos legará um Reino — “Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino” (Lc 12.32)! Todos os servos do Deus Altíssimo, sejam eles hebreus (Israel) ou gentios (igreja) deverão investir seus talentos a eles concedidos para que ambos os Reinos sucedam. Interpretação: O cenário aqui se dá a caminho do Monte das Oliveiras, pelo Vale do Cedron, quando Jesus explicita o que haveria de ocorrer imediatamente à sua retirada da terra, e o início do aparecimento do anticristo e a destruição do Povo de Deus e da sua cidade — “E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações” (Daniel 9.22)! Nessa época, por existir um limitadíssimo tempo para que os planos de Deus fossem executados, as duas parábolas, da Mina e dos Talentos, foi um urgente apelo para que todos nós pudéssemos estar imbuídos e determinados na pregação dos Evangelhos, e no resgate maior possível das almas, quer gentílica, quer judias. Os dons proporcionados por Deus aos evangelistas da Graça atual e do Reino vindouro, deveriam surtir grande e imediatos efeitos. Ao ponto que, o servo que escondeu o seu talento, foi posto para fora, nas trevas exteriores! A oportunidade foi única e justa igualmente dada a todos os servos: chamou, entregou e deu a cada um! A ênfase colocada pelo senhor foi a fidelidade e a responsabilidade, e não a quantidade granjeada pelos servos — “E o seu senhor lhe disse: bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei” (Mt 25.20). Em fim, Deus não necessita de nada, pois Ele é soberano e dono de todas as coisas. Apesar da soma entregue aos servos ter sido enorme nessa época, e como hoje, o Senhor declarou: Sobre o pouco foste fiel! Hoje vivemos nos últimos momentos desta dispensação, e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo está tão próxima como não imaginamos! A Parábola dos Talentos nos mostra muito claro que, os que trabalharam fielmente, não importando quantos talentos tenham recebido, entrarão no gozo do seu Senhor — “...cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho” (1 Co 3.8). Portanto, a eliminar não impedirá que o julgamento seja aplicado para os que, recebendo o chamado, sendo a eles entregue e dado os dons e oportunidades, forem infiéis e displicentes! O infiel adjetivou o seu senhor de injusto, de vingativo e sem misericórdia! Por suas palavras o servo mau se condenou: i. pela sua negligência“O que é negligente na sua obra é também irmão do desperdiçador” (Pv 18.9); ii. pela sua contradição“Provai, e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele confia” (Sl 34.8); iii. pela sua injustiça“O povo meu; que te tenho feito? E com que te enfadei? Testifica contra mim” (Mq 6.3). Pela sua profunda negligência, sua contradição e sua injustiça, ele foi removido do privilégio de adentrar no Reino Messiânico, sendo o seu julgamento sumário e imediato! Sem nenhuma questão, ele foi jogado nas trevas exteriores — “Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção” (2 Pe 2.12)! O relógio de Deus corre sem parar e, portanto, pouco tempo está à nossa disposição: usemos ou percamos os talentos! Uma decisão que hoje, todos devem para ela seriamente atentar!

 

D Í V I D A

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC -EUA


Dívida – do grego opheile – aquilo que legalmente se deve, uma obrigação ou dever moral. As dívidas podem ser em termos monetários, morais ou espirituais. A queda e a desobediência constante do homem contra Deus, trouxe a ele graves resultados ao seu corpo, alma e espírito. Com o pecado e a degradação humana vieram a corrupção, a ganância, a opressão e a pobreza dos povos. O próprio Deus decretou que nunca cessaria de haver pobres no meio da terra, e por isso ordenou ao povo de Israel a conduta de como tratar os tais (Dt 15.11). A dívida financeira é um problema que atinge tanto a justos (crentes), como injustos (ímpios). As dívidas podem advir da desorganização financeira de um indivíduo; da ganância de se obter algo que não haja meios de comprá-lo com os recursos existentes; ou por forças maiores nas calamidades naturais, tragédias ocorridas, sejam elas com o indivíduo, com a família, ou por perca de trabalho. Nos tempos bíblicos, Deus instituiu cláusulas dentro da Lei Mosaica que tratavam com esta realidade do povo judeu. Deus sempre pensou no bem-estar do seu povo, e dos menos favorecidos. Uma família que adquirira uma dívida ou empobrecesse, poderia pagar seus credores com suas terras, animais e filhos (2 Rs 4.1). Entretanto, as terras e servos deveriam voltar à possessão de seus donos no Ano do Jubileu (Lv 25.10-17,23-28). Não tendo filhos ou bens, a própria pessoa endividada poderia vender-se como escravo, mas ela deveria ser tratada como um jornaleiro, ou trabalhador assalariado (Dt 15.18). Ao cabo de seis anos de serviço, o credor deveria despedi-lo forro, ou dar sua liberdade no sétimo ano, mas não vazio (Dt 15.12-14; Ex 21.2-6). Caso a família possuísse um remidor, seu parente poderia resgatar o que vendera seu irmão, pelo preço original, mesmo 50 anos depois (Lv 25.8-26). Nenhum empréstimo feito pelo povo de Israel poderia se cobrar usura ou juros (Ex 22.25; Lv 25.35,36; Ne 5.7). Quando um empréstimo era realizado entre duas pessoas, um penhor ou garantia (sinal) era dado ao que emprestava, para assegurar o pagamento da dívida (Dt 24.10-13). No caso de Judá e Tamar, ele lhe deu seu cajado, lenço e selo como penhor (Gn 38.16-18). Havia regulamentos na lei judaica acerca dos penhores tomados dos filhos de Israel. Não se podia tomar a mó do moinho como penhor, pois esta era a fonte do trabalho e de alimento do homem (Dt 24.6). Não se podia entrar numa casa para se apoderar de qualquer penhor dentro dela; o credor deveria aguardar que o devedor trouxesse o penhor para fora (Dt 24.10,11). Era proibido conservar um penhor de necessidade básica de alguém após o pôr do sol, como seu vestido ou seu manto, pois esse era sua cobertura (Ex 22.26,27). Tão pouco se podia tomar a roupa da viúva como penhor (Dt 24.17). Paulo escreve aos Coríntios e aos Efésios que após ouvirmos o evangelho da salvação e crermos, Deus nos entregou a promessa de redenção, e nos deu o Espírito Santo como o penhor da nossa herança (2 Co 1.22; 5.5; Ef 1.14). A maior dívida que o homem pôde adquirir foi a do seu pecado. Sem haver possibilidades e meios de pagá-la, o próprio Deus proveu em seu Filho o pagamento de tal dívida, que satisfaria a justiça divina. Este, sendo Deus, se fez homem; sendo rico, se fez pobre; sendo santo, se fez pecado por nós. “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz” (Cl 2.14). “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7.25).

 

A ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS

Pedro Marques Pereira Estados Unidos

Sul-Africano, diretor do Youth Alive, músico, professor da EBD

Texto de Memorização
“Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem” (Salmo 128.1-2).


  1. A ECONOMIA DESTE SÉCULO
  Compra a crédito: 1 Tm 6.9,10; Mt 25.27
  Usura coletiva: Ex 22.25; Lv 25.35-37; Dt 23.19,20
  Endividamento pessoal: 2 Rs 4.1,7; Mt 18.25
  2. A GESTÃO DO LAR
  Orçamento equilibrado: 1 Tm 3.4; Lc 20.25
  Despesas controladas: Is 55.2; Lc 14.28-30; Lc 15.13,14
  Ofertas e Dízimos: Lc 21.1-4; Ml 3.10; Sl 34.9,10
  3. O NEGÓCIO DA IGREJA
  Resgatar almas — ganhar: Jo 3.16; At 2.38; 3.19
  Fazer discípulos — multiplicar: Mt 4.19; Mt 28.19,20; 2 Tm 3.14
  Enviar missionários — emprestar: Mc 16.15; At 13.2; Rm 10.14,15




1 Timóteo 6.7-12 (ARC)



7 - Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele.
8 - Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.
9 - Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
10 - Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
11 - Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.
12 - Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.R os queria matar. 


 

 

 

Adeus à Hong-Kong

Superintendente. Rev. Eronides DaSilva

Índice Anual

A Polêmica do Dízimo

Editoração. Vania DaSilva

Índice 2011

Os Dois Evangelhos

Revisão. Manuela Barros

Índice 2012

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