PARÁBOLAS DE JESUS — OS TALENTOS
Rev Eronides
DaSilva
Estados Unidos |
Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA |
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Referência: Mateus 25.14-30 —
Ambiente: Jesus saindo do templo com os seus discípulos pelo Vale de Cedrom, à caminho do Monte das Oliveiras, pronunciou um dos mais veementes veredictos sobre a nação, seus líderes e o próprio lugar do culto sagrado judaico, o Templo:
“Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta; porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor” (Mt 23.38-39)! No prolongado sermão escatológico, Jesus tomou como seu epílogo as duas parábolas semelhantes: As Dez Virgens e Os Talentos. No sequencial exegético, não há nenhuma quebra de narrativa, dando a entender que a mensagem nelas contida era a mesma! Na Parábola das Dez Virgens a atenção fora chamada para o caráter interior; quando na dos Talentos, havia a necessidade de cuidar dos bens do seu senhor. Enquanto a mensagem das Dez Virgens nos exorta à prontidão espiritual para a vinda de Cristo nas nuvens; a dos Talentos nos rega um apelo, com nos dias de Neemias, que trabalhemos enquanto o Mestre não chega! A mensagem conclusiva, portanto, foi:
trabalhemos e vigiemos! Sentados no cimo do monte, seus rostos avermelhados pelo por do sol africano, seus corações palpitavam ao lado do Mestre, anelando que esse dia chegasse, e chegasse pronto:
quando acontecerão estas coisas? Explicação: Esta parábola tem muita semelhança com a das Dez Minas, relatada no Evangelho de Lucas, porém, não são as mesmas: i. a dos Talentos Jesus a expôs no Monte das Oliveiras; a das Dez Minas, em Jericó; ii. nas dos Talentos os servos receberam quantias diferentes, e de acordo com a capacidade de cada um; na das Dez Minas, a quantidade distribuída foram às mesmas, e a utilização do numerário diferente, e com lucros proporcionais. Em todas as duas parábolas supra citadas, foi esperado que os servos arduamente trabalhassem até o regresso do seu senhor. Ainda é bom a salientar, que se deve dar atenção à distinção entre os dois reinos: o
Reino de Deus — um reino perene (Sl 90.2), abrangente (Jo 18.36) e espiritual (Rm 14.17), com capital nos Céus (Hb 12.22), cujo rei é Deus Pai (1 Co 15.28); e o
Reino dos Céus (milênio) — um reino político (Dn 7.14), material (Mt 25.31-46) e futuro (2 Tm 4.1), com capital na terra (Is 2.3), cujo rei será o Deus Filho, o Messias (Ap 20.6)! Portanto, o Reino dos Céus será uma parte dispensacionalmente contida do Reino de Deus! O Talento, nessa parábola, e nesse tempo, era uma moeda de transação comercial. Em linguagem econômica, o Talento de prata hebreu correspondia a 34 quilogramas. Portanto, os oito talentos disponibilizados aos servos, poderiam ser negociados hoje no mercado financeiro como 365 mil Dólares: oito talentos que equivale a 600 libras, que totaliza 9,594 onças. No mercado atual da prata industrializada, portanto, equivale a $364,572.00! Essa quantia transposta para o atual poder aquisitivo de um trabalhador urbano, tem sua equivalência a nove milhões de Dólares Americanos! Essa quantia pertencia ao senhor! Desta feita é bom lembrar que foi o mesmo Senhor que nos deu a Palavra —
“O Senhor deu a palavra; grande era o exército dos que anunciavam as boas novas” (Sl 68.11); nos deu a Jesus —
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16); nos deu os Dons —
“Por isso diz: subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens” (Ef 4.8); nos preparou uma mansão — “E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (Jo 14.3); e nos legará um Reino —
“Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino” (Lc 12.32)! Todos os servos do Deus Altíssimo, sejam eles hebreus (Israel) ou gentios (igreja) deverão investir seus talentos a eles concedidos para que ambos os Reinos sucedam.
Interpretação: O cenário aqui se dá a caminho do Monte das Oliveiras, pelo Vale do Cedron, quando Jesus explicita o que haveria de ocorrer imediatamente à sua retirada da terra, e o início do aparecimento do anticristo e a destruição do Povo de Deus e da sua cidade —
“E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do
príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o
santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações” (Daniel 9.22)! Nessa época, por existir um limitadíssimo tempo para que os planos de Deus fossem executados, as duas parábolas, da Mina e dos Talentos, foi um urgente apelo para que todos nós pudéssemos estar imbuídos e determinados na pregação dos Evangelhos, e no resgate maior possível das almas, quer gentílica, quer judias. Os dons proporcionados por Deus aos evangelistas da
Graça atual e do Reino vindouro, deveriam surtir grande e imediatos efeitos. Ao ponto que, o servo que escondeu o seu talento, foi posto para fora, nas trevas exteriores! A oportunidade foi única e justa igualmente dada a todos os servos:
chamou, entregou e deu a cada um! A ênfase colocada pelo senhor foi a fidelidade e a responsabilidade, e não a quantidade granjeada pelos servos —
“E o seu senhor lhe disse: bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco
foste fiel, sobre muito te colocarei” (Mt 25.20). Em fim, Deus não necessita de nada, pois Ele é soberano e dono de todas as coisas. Apesar da soma entregue aos servos ter sido enorme nessa época, e como hoje, o Senhor declarou: Sobre o pouco foste fiel! Hoje vivemos nos últimos momentos desta dispensação, e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo está tão próxima como não imaginamos! A Parábola dos Talentos nos mostra muito claro que, os que trabalharam fielmente, não importando quantos talentos tenham recebido, entrarão no gozo do seu Senhor —
“...cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho” (1 Co 3.8). Portanto, a eliminar não impedirá que o julgamento seja aplicado para os que, recebendo o chamado, sendo a eles entregue e dado os dons e oportunidades, forem infiéis e displicentes! O infiel adjetivou o seu senhor de injusto, de vingativo e sem misericórdia! Por suas palavras o servo mau se condenou: i. pela sua
negligência —
“O que é negligente na sua obra é também irmão do desperdiçador” (Pv 18.9); ii. pela sua
contradição —
“Provai, e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele confia” (Sl 34.8); iii. pela sua
injustiça —
“O povo meu; que te tenho feito? E com que te enfadei? Testifica contra mim” (Mq 6.3). Pela sua profunda negligência, sua contradição e sua injustiça, ele foi removido do privilégio de adentrar no Reino Messiânico, sendo o seu
julgamento sumário e imediato! Sem nenhuma questão, ele foi jogado nas trevas exteriores —
“Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção” (2 Pe 2.12)! O relógio de Deus corre sem parar e, portanto, pouco tempo está à nossa disposição: usemos ou percamos os talentos! Uma decisão que hoje, todos devem para ela seriamente atentar!
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J Ó
Pedro Pereira
Estados Unidos |
Sul-Africano, diretor do Youth Alive, músico, professor da EBD |
“Havia um homem na terra de Uz cujo nome era Jó, e este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal” (Jo 1.1). Assim começa o 18º livro da Bíblia com a descrição de um homem: Jó. Seu nome em hebraico é Iyyob, que quer dizer pesaroso. O próprio Deus o define da mesma maneira, como sendo: sincero, reto e temente (Jó 1.8). A Palavra de Deus também nos diz que era um homem de muitas possessões, tinha muitíssimo gado: 7 mil ovelhas, 3 mil camelos e 500 juntas de bois. Era também um dos maiores empregadores da época, porque tinha muita gente ao seu serviço, o que fazia dele um dos maiores homens de influência do Oriente. Ele pertencia a terra de Uz, que estava localizada no oriente da Palestina, e que chegou a ser território de Edom ou Iduméia, situado ao sudeste do Mar Morto, ao deserto da Arábia. Mas apesar da sua riquesa, Jó era fiel (Mc 10.25). Faziam parte da sua familia, para além da sua esposa, 7 filhos e 3 filhas, pelos quais Jó intercedia continuamente, enquanto estes se deleitavam em seus banquentes (Jó 1.5). Jó era um homem abençoado materialmente, mas num certo dia tudo isto mudou, quando perdeu tudo quanto possuia, incluindo mulher e filhos, e até mesmo a sua saúde. Entretanto, Jó apesar de tudo permanece fiel (Jo 19.25), e segue integro em todas as provações, até mesmo quando é mal aconselhado. O livro de Jó, lida com a questão do sofrimento humano e falta de confiança dos justos. No decorrer da prosa surgem uma série de debates com alguns dos seus amigos. Nessa sua jornada Jó aprende que Deus está no controle de todas as coisas, mesmo nos piores momentos, quando tudo está ruim. A mente humana não consegue compreender os pensamentos de Deus (Is 55.8), mas devemos sempre confiar nEle, porque Ele é soberano e não necessita de dar explicações de suas ações (Dn 3.18). Quando Jó confessou, arrependido e humilhado da sua ignorância e pequenez e começou a orar pelos seus amigos que tanto o tinham magoado, foi restaurado por Deus, e liberto da sua prova de fogo, e diz que os dias após a sua aflição foram mais felizes e abençoados, que os dias anteriores (Jó 42.12-17). O livro de Jó é provavelmente o mais antigo dos livros da Bíblia, porquanto revela a cultura da época patriarcal. Parte do livro visa o sofrimento do justo Jó, apresentando não só a humanidade do personagem, mas muito mais, a sua confiança em Deus (Jó 19.25-27). |
A PERDA DOS BENS TERRENOS
Manuela Barros
Estados Unidos |
Brasileira, Deã Acadêmica do STB, I Tesoureira da BPC |
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Texto de Memorização |
“Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o
Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do
Senhor”
(Jó 1.21). |
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1. O HOMEM E A PERDA DOS BENS TERRENOS |
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Perda de bens materias: Jó 1.14-17; 2 Rs 4.1 |
Perda de bens emocionais: Jó 1.18,19; 2 Rs 4.17-20 |
Perda de bens espirituais: Jó 2.9; Lc 16.8 |
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2. A SOCIEDADE E A PERDA DOS BENS TERRENOS |
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Emociona ao invés de motivar: Jó 2.12,13; Ne 8.9 |
Acusa ao invés de solucionar: Jó 4.7,8; Jo 9.2 |
Segrega ao invés de restaurar: Jó 15.4,5; Lc 15.30; 18.39 |
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13 - E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas
comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito,
14 - que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as
jumentas pasciam junto a eles;
15 - e eis que deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos moços
feriram ao fio da espada; e eu somente escapei, para te trazer a
nova.
16 - Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e
queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para
te trazer a nova.
17 - Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três
bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao
fio da espada; e só eu escapei, para te trazer a nova.
18 - Estando ainda este falando, veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas
filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
19 - eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos
da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morrerram; e só eu escapei,
para te trazer a nova.
20 - Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua
cabeça, e se lançou em terra, e adorou,
21 - e disse: Nu saí do ventre da minha mãe e nu tornarei para lá; o
Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor.
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