“E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria –
euangelium [yoo-ang-ghel'-ee-on], que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” O termo novas de grande alegria, derivado do Grego
euaggelion - evangelho, e do Hebraico bisar - boas novas, refletem o sentido comum do anúncio de algo novo e inédito! A melhor tradução para a raiz latina foi a do inglês anglo-saxônico godspel - Deus se pronuncia, o qual legou ao inglês moderno de
Gospel.
Houve, durante os primeiros passos da igreja primitiva, muitas tentativas para injuriarem e confundirem os três evangelhos sinópticos e canônicos de
São Mateus – para o povo judeu, os súditos; São Marcos – para um povo bárbaro e pária;
São Lucas – para comunicar com os gentios. O Evangelho de
São João, todavia, foi escrito com outra tônica e amplitude dirigida à igreja. Os evangelhos apócrifos, entretanto, escritos por hereges gnósticos, entre os anos 120 e 150 a.D., não prevaleceram por não serem dignos de créditos pelos pais da igreja, e não retratarem da legítima e íntegra revelação dos
Evangeliums, proclamados pelo anjo nas pradarias de Belém de Judá e ratificados por Jesus e os seus santos Apóstolos. Os evangelhos espúrios circulados nessa era, foram: dos
Ebionitas, dos Hebreus, dos
Egípcios, dos Naassenes, de
Pedro e de Tomé.
Entretanto, dispensacionalmente, existiram, ou existem dois Evangelhos, a saber:
Evangelho do Reino e Evangelho da Graça. O Evangelho do Reino, ou Boas Novas do advento dos dois Reinos que haveriam de vir — Reino de Deus e Reino dos Céus — teve sua época e prioridade alterada, pela rejeição do povo eleito, os Judeus —
“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” (Jo 1.11). Nesse cenário, o Evangelho o Reino foi dividido em
duas fases distintas: a primeira, terminada por João Batista e Jesus, e a segunda, prorrogada para o futuro, a ser levado à cabo pelos evangelistas do Reino durante a Grande Tribulação:
“Tu, ó Sião, que anuncias boas novas, sobe a um monte alto. Tu, ó Jerusalém, que anuncias boas novas, levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus.” (Is 40.9). Nesse início de pregação do Evangelho do Reino, primariamente para os Judeus, para salvação e admissão ao Reino de Deus, que estava presente, e ao Reino dos Céus, que haveria de vir, um incidente ocorreu, e Deus estabeleceu o
Evangelho da Graça em substituição temporária ao do Reino. Esse episódio ocorreu no encontro emocionante e decisivo de Jesus com a mulher Sírio-Fenícia, quando disse:
“Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos [Judeus]
e lançá-lo aos cachorrinhos [Gentios].” (Mc 7.27) — e, terminando Jesus de expor a Parábola dos Servos Maus, ele acrescentou:
“Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos.” (Mt 21.43).
O Evangelho da Graça, designado como "evangelho
de Cristo [euaggelion Christos]" (2 Co 10.14) e "meu evangelho" (Rm 2.16), agora, na corporação do Espírito Santo, assume a tutela de alcançe a todos os homens perdidos (Jo 3.16). Ele, que haveria de alcançar tanto a Judeus como a Gentios —
“Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.” (Jo 1.17), já permeia a história por mais de dois mil anos, e, todavia, a casa ainda não se encheu. O Evangelho da Graça — a porta da salvação espiritual, conhecida como porta da graça de Deus oferecida aos Gentios, estende-se desde a ocasião da rejeição do Messias pelos Judeus (Jo 1:11; Mt 21:43) até ao arrebatamento da igreja, quando será fechada, para dar ocasião ao início da última semana das setenta de Daniel —
“setenta semanas estão determinadas sobre teu povo e sobre a santa cidade.” (Dn 9:24). Durante esse período da Grande Tribulação, os 144 mil evangelistas do
Reino, milagrosamente tirados das doze Tribos de Israel, juntamente com as duas testemunhas, espalharão, às mãos cheias, a
segunda fase do Evangelho do Reino a todo o mundo, fazendo ecoar suas vozes: o
Milênio vem aí! A pregação da segunda fase do Evangelho do Reino, alcançará um estrondoso resultado, pois
“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;” (Ap 7.9).
Com todas as dores e agonias da Grande Tribulação, a pregação do Evangelho do Reino prevalecerá contra os ais e gemidos da população mundial, e contra o vil ímpeto do governo do Anticristo, até quando Cristo venha em glória, no Montes das Oliveiras, para salvação do seu povo:
“Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor.”
(Mt 23.39)! A pregação do Evangelho do Reino, iniciado por João Batista e continuado por Jesus durante o seu ministério, será consumado durante a Grande Tribulação! Repetir-se-á o grande entrave entre Davi e Golias! O
Evangelho da Graça, iniciado por Jesus, e seguido pelos Apóstolos e a igreja — a Noiva do Cordeiro, terminará no seu arrebatamento, que será breve, muito breve. Maranatha! |
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