Fort Lauderdale, Flórida, 22 de Julho de 2012
Ano XX
Lição Nº 30
|
PARÁBOLAS DE JESUS — A REDE
Rev Eronides
DaSilva
Estados Unidos |
Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA |
|
Referências: Mateus 13.47-50 —
AMBIENTE: A teocracia é uma forma de governo dirigida diretamente por Deus, através de representantes exclusivamente escolhidos por Ele. Esses representantes terrenos falam e agem pela Divindade. No caso da Monarquia de Israel, havia três pessoas que eram responsáveis pela manutenção da nação: o
Rei — governo político; o Sacerdote — governo
espiritual; e o
Profeta — o porta-voz de Deus. Infelizmente, todas as tentativas do estabelecimento de um governo teocrático até nesse momento, terminaram em fortes julgamentos: (1) o
Jardim do Éden (Gn 2.8-15) — o Dilúvio; (2) o Governo
Humano (Gn 9.1-7) — a Torre de Babel; (3) o Governo
Patriarcal (Gn 12.1-3; 49.10) — a escravidão no Egito; (4) o Governo dos
Juízes (Jz 2.2.16; 1 Sm 3.1-18) — a extradição da Arca; e (5) o Governo da Monarquia Hebréia (1 Sm 12.17; 1 Cr 17.14) — o Exílio. A questão nesse momento, portanto, foi levantada acerca de como terminaria esse novo governo teocrático — o Reino Messiânico? Em fracasso ou determinante vitória? Jesus deu a sábia e profética resposta aos ouvintes, apresentando a
Parábola da Rede (Mt 13.47-50)!
EXPLICAÇÃO: As parábolas do Trigo e do Joio, assim
como a da Rede são gêmeas, e falam do final dos tempos e do
julgamento final. Na cultura da época, os peixes eram apanhados
através de dois barcos, que entre eles, arrastavam uma enorme rede,
com chumbo em seus extremos. A rede descia ao profundo do mar, e
quando arrastada, trazia todo tipo de peixes; bons e maus. Os bons,
para servir de alimento, eram colocados em canastras para serem
conduzidos ao mercado. Os maus, que não eram comestíveis, eram
lançados fora. Os dois barcos que falam das dispensações vetera e
neotestamentária, traziam as pessoas bem intencionadas que tinham
aceitado a mensagem do Evangelho. As pessoas sinceras, seriam
aceitas como súditos do Milênio. Os demais que aceitaram a mensagem
só por conveniência, seriam lançadas
“na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes”
(Mt 13.50).
INTERPRETAÇÃO: O cenário aqui é o Mar da Galiléia. Nele, uma enorme rede, tipo arrastão, era estendida de mar adentro por dois barcos. Essa rede nos fala profundamente da graça de Deus que, durante as idades dispensacionais, tem se manifestado aos homens. A profundidade do mar que a rede alcança através do arraste dos pesados chumbos, presos em sua orla, nos aponta para a profunda e negra distância que todos os homens ficaram de Deus. Nessa profunda escuridão e frio da imoralidade, da incredulidade e da distância dos homens dos céus, essa rede da graça do evangelho transcendental e transcultural, arrasta-os à superfície, onde há luz e uma atmosfera amena —
“Sabei agora que Deus é o que me transtornou, e com a sua rede me cercou” (Jó 19.6). Nesse mar revolto, nessa massa de gente perdida, sem Deus, sem paz e sem salvação, há um imperativo de Jesus dirigido aos pescadores de homens, os quais devem obedecer; quer sob a égide do Evangelho da Graça, quer sob o do Reino:
“E disse-lhes: Ide por todo [através] o mundo [dos habitantes que o adornam], pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). Somos instruídos a lançarmos a rede; nesta nossa época a escolha será feita pelo Espírito Santo, e no Dia do Julgamento Final, pelos anjos.
“Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mt 22.14). Ó, pescadores! Se tão somente pudéssemos imaginar o privilégio eterno de sermos vocacionados a este labor, estaríamos à praia desse mundo
a espera de uma maré baixa para lançarmos as nossas redes —
“E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; e disse-lhes: vinde após mim, e eu vos farei
pescadores de homens” (Mt 4.19). Não é nossa tarefa saber quais são os bons e os maus; nossa tarefa é jogar a rede, pois no final, os santos não serão negligenciados:
“Ajuntai-me os meus santos, aqueles que fizeram comigo uma aliança com sacrifícios” (Sl 50.5)!
Os pescadores desta dispensação, são todos os que receberam o Evangelho, creram em Jesus, e se agregaram à Igreja (Mt 28.18-20). Entretanto, os pescadores nominais da dispensação do Evangelho do Reino, serão os 144 mil escolhidos durante a Grande Tribulação (Ap 7.3-8) e as duas Testemunhas enviadas por Deus (Ap 11.3-6). Existe apenas um mar, que são as nações da terra! Entretanto, existem duas redes — o
Evangelho da Graça e o Evangelho do Reino;
e dois crivos — um, no período da Graça, feita pelo Espírito Santo, na ocasião do arrebatamento da Igreja;
e outro, no período da Grande Tribulação, feita pelos anjos, a fim de dar abertura ao Milênio! A pesca será grande, mais muito maior o seu resultado. Desse grande mar de peixes trazidos à praia
do Reino dos Céus, e posteriomente ao Reino de Deus,
(i) uma porção (os redimidos israelitas) será martirizada pelo poderio infame do Anticristo —
“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro...” (Ap 7.9);
(ii) outra porção (os remanescentes israelitas), aceitará o Messias na Sua grande excursão na
guerra do Armagedom — “...são feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos” (Zc 13.6);
"Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais:
bendito o que vem em nome do Senhor" (Mt 23.39);
"E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio...
e fugireis pelo vale dos meus montes..." (Zc 14.4-5); (iii) a última porção
(os benevolentes das nações) passará pelo crivo do Trono de Glória de nosso Senhor Jesus Cristo —
“E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda”
(Mt 25.31-33; 5.3-11; 13.40; 13.49; Ap 3.21; 7.9). O Milênio ou Dinastia Messiânica, iniciar-se-á com sete
meses de purificação de toda a terra (Ez 39.12), seguido da instalação do governo
universal de Cristo (Zc 14.9).
|
|
JEOVÁ TSIDKENU
Vania DaSilva
Estados Unidos |
Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC -EUA |
Um dos títulos da Divindade que quer dizer Jeová é a nossa justiça. Segundo o Pr. Orlando Boyer, justiça é a virtude moral que inspira o respeito dos direitos de outrem e que faz dar a cada um o que lhe pertence. Deus não só é justo, mas é um Deus que ama a justiça (Sl 11.7). Muitos são os líderes e personagens mundiais que lutam pela justiça. Um deles, chamado Martin Luther, em seu famoso comentário aos Gálatas, distinguiu quatro gêneros de justiça:
política ou civil (tratada por reis, príncipes, filósofos e advogados);
cerimonial (ensinada pelas tradições humanas;
legal ou da lei (Dez Mandamentos); cristã (obtida pela fé em Cristo). Em um mundo de injustiças sociais, políticas e religiosas, os filhos de Deus são exortados a não se vingarem ou fazerem justiça pelas suas próprias mãos; mas sim, a deixarem Deus atuar sua justiça perfeita (Rm 12.19-21). A Bíblia declara que Deus faz justiça aos oprimidos, aos aflitos, aos órfãos e viúvas (Sl 82.3; 146.7; Is 1.17). Ele dá a justa retribuição tanto aos bons quanto aos maus (Is 59.18; Hb 2.2). Para entender este nome de Deus, é importante olharmos à luz do contexto em que o nome foi usado. Quando Jeremias pronunciou a profecia
“Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com que o nomearão: Jeová-Tsidkenu – O Senhor Justiça nossa” (Jr 23.5,6); o Reino de Judá estava na iminência de sua queda. O povo havia pecado seriamente contra Deus e Jeremias havia predito o indubitável exílio da nação para a Babilônia. Tal juízo, contudo, não retirava a promessa que Deus havia feito a Davi, que não faltaria descendente para assentar sobre o seu trono (Jr 33.16). Deus levantaria um renovo justo, um rei que haveria de reinar com equidade e justiça sobre toda a terra, o qual traria paz e segurança para Israel – o Messias. Iustitia (Justiça ou Justitia) era a deusa romana que personificava a justiça. Correspondia, na Grécia, à deusa Dice ou Diké. Esta tinha os olhos vendados e segurava uma balança, simbolizando a imparcialidade da justiça e a igualdade dos direitos. O termo hebraico
Tsedek denota peso ou medida inteira para com Deus no sentido espiritual. Este termo aparece mais de 1.000 vezes na Bíblia e é traduzido como justo, justiça, justificar, reto e retidão. Como
Jeová Kadosh (Deus Santo) ou Jeová Nikadiskim (Deus que nos santifica), Deus exige separação do pecado e separação para com Ele. Como
Jeová Tsidkenu, Ele ordena que sejamos retos e justos em nossos relacionamentos, posições, atitudes e palavras para com o nosso próximo (Lv 19.35,36; Dt 25.15). A doutrina da justificação é de suma importância na salvação; pois devido à queda de Adão, toda a humanidade ficou sujeita ao pecado, estando separada de Deus (Rm 3.10-12). A justa retribuição do pecado está descrita em Romanos 6.23:
"Porque o salário do pecado é a morte"! Ninguém está livre desta condenação. Entretanto, o amor de Deus se manifestou ao enviar Jesus, o qual justifica todos aqueles que se chegam a Ele, crendo e aceitando o seu sacrifício na cruz. Jesus pagou o preço que era destinado ao homem pagá-lo; fazendo-o livre e santo diante de Deus Pai (Rm 5.1). Uma das grandes ilusões do pecador quanto à necessidade de salvação, é a tentativa de alcançá-la pelos seus próprios méritos (Rm 3.20,28). A Bíblia declara que a justiça do homem é como trapo de imundície diante do Senhor (Is 64.6). A justiça divina deve ser proclamada aos homens para que através dela, eles cheguem ao arrependimento (Jo 16.8). Mas acima de tudo, a justiça divina deve ser vivida pelos santos. Assim como fomos feitos justos pelo Calvário e temos nossa posição segura no céu; assim devemos praticar a justiça divina na terra vivendo uma vida de santidade. Deus exige a mesma integridade e justiça de vida para com Ele, como para com os homens.
“E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade”
(Ef 4.24). |
SUPERANDO OS TRAUMAS DA VIOLÊNCIA SOCIAL
Sokoloko Bangu Cabral
Estados Unidos |
Angolana, Departamento de Mídia, cooperadora, professora da EBD |
|
Texto de Memorização |
“A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência.”
(Gênesis 6.11). |
|
1. Identificando a violência |
|
|
Provém do coração do homem: Rm 5.12; Mt 15.18,19; Lc 6.45 |
Revelada pelas ações do homem: Mt 7.16; Gl 519-21. Tg 4.1-3 |
Atingiu a todos os homens: Ec 9.2,3; Mt 5.10-12; Lc 10.25-37 |
|
2. Consequências da violência |
|
|
Produz sofrimentos: Gn 37.11,23,24; Ex 1.11,14 |
Leva à destruição: Gn 6.12,13,17; 2 Sm 13.22-30 |
Provoca a morte: Gn 4.3-8; 2 Sm At 7.54-60; 12.1,2 |
|
|
|
|
5 - E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginaçäo dos pensamentos de seu coraçäo era só má continuamente.
6 - Entäo arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coraçäo.
7 - E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
8 - Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR.
9 - Estas säo as geraçöes de Noé. Noé era homem justo e perfeito em suas geraçöes; Noé andava com Deus.
10 - E gerou Noé três filhos: Sem, Cäo e Jafé.
11 - A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência.
12 - E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.
|
|
|
©1996-2012 Bethany Pentecostal Church, Inc.
— All Rights Reserved
|
|
| |