Semeador Title 

 

Fort Lauderdale, Flórida, 10 de Julho de 2011 Ano XIX  Lição Nº 28


 

CONTRASTES ENTRE OS DOIS REINOS

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA


A fim de alçarmos a visão bíblica dos dois reinos promulgados por Jesus aqui na terra, devemos dar algumas voltas atrás nos ponteiros do nosso relógio do tempo. Milênios atrás da pré-história do homem, o domínio da Divindade era único, tendo como súditos as hostes angelicais, criadas para o Seu serviço (Cl 1.16). A catastrófica rebelião celestial aconteceu (Ez 28.13-19), e esse domínio foi dividido, consequentemente, em dois: Reino das Trevas, capitaneado por Satanás e o terço dos seres angelicais decaídos que o acompanharam, e Reino da Luz, liderado por Deus e os anjos eleitos que permaneceram fiéis à Trindade. (Cl 2.12-13). Sempre foi desejo de Deus em guiar e proteger o ser humano à vândalo sobre a terra: "E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?" Mais tarde, depois que o povo de Deus foi liberto da tirania Egípcia, a Monarquia Hebrea foi instituída a duros golpes. Entretanto, e com muito pesar, a Teocracia tão almejada (1 Sm 10.17-19), não sucedeu, e as dez tribos foram levadas cativas à Síria, e as outras duas à Babilônia. Mas Deus é soberano e misericordioso, e na abrangência e tutela do Reino da Luz, Ele engendrou o grande projeto salvífico para o ser humano, orquestrado através da instalação do Reino de Deus e Reino dos Céus. Este para albergar o plano salvífico coletivo e político de uma nação a ser eleita; e aquele, para alcançar a toda humanidade com a salvação individual e espiritual – vida eterna, prometida a Adão no Éden (Gn 3.21). Portanto, o Reino de Deus e o Reino dos Céus são diferentes na sua dispensação, natureza e propósito; mas são equivalentes na sua procedência — dos céus, e de Deus! Eles não são sinônimos, e jamais, teologicamente, poderão ser intercambiáveis, pois não pode haver permuta entre o material e o espiritual; entre o temporal e o perene! O Reino de Deus está entre nós, e somente os valentes da fé e nascidos de novo pela Palavra e pelo Espírito, o podem conquistar. O Reino dos Céus, conhecido biblicamente como “um reino que não tem fim”, um reino liderado pelo Messias, pois Ele mesmo “julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com equidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca... e a justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins.” e, na linguagem apocalíptica, como Milênio. O seu Rei, é Jesus de Nazaré, como bem fraseou Pilatos na rústica tábua no topo da cruz – “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.” Nesta dispensação oferecida amorosamente por Deus, à Israel e aos homens em geral, Jesus Cristo foi designado pelo Pai como o Rei do perene e do temporal (Sl 66.4). Sua Monarquia Teocrática é projetada nesses Reinos por nascimento, herança e conquista. A nenhuma outra pessoa este título pertence tão inerentemente como a pessoa de nosso Salvador — “e o Senhor será Rei sobre toda a terra”: em relação ao universo (Sl 2.6-8); em relação a igreja militante (Lc 2.11); e em relação ao Reino dos Céus (1 Tm 6.14-16). Estes dois reinos aparecem nas Escrituras com a divisão clássica entre o temporal e o perene. Pela Regra da Primeira Menção, da Hermenêutica Bíblica, o Reino de Deus é apresentado no Evangelho de João 3.5, como um reino espiritual, eterno e universal. E, na Lei do Contexto, o Reino dos Céus aparece evidente nos Evangelhos Sinóticos de Lucas 22.18 e Mateus 18.3 como um reino terrenal, limitado e local. O constante cativeiro imposto aos Judeus, forçaram eles usarem a voz passiva para descrever um ato de Deus sem mencionar seu nome; como no caso de Reino de Deus por Reinos dos Céus. Em algumas citações bíblicas, portanto, a linguagem hebraizante e histórica inverte a terminologia dos dois reinos.  Por conseguinte, no seu contexto não existe nenhuma margem de dúvidas acerca da sua dissimilitude. Louvamos a Deus pelo seu grande amor, que nos permitiu, através da redenção do sangue de Cristo, adentrarmos no Reino de Deus; e, por sua graça infinda, sermos encontrados nos valados e caminhos deste mundo, e convidados a sentarmos à mesa da Grande Ceia do Reino do CéusMilênio: "E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai." (Mt 26.29).

 

P R E G A Ç Ã O

Rachel Bileski Abreu Brasil

Brasileira, professora, membro honorário da BPC


Vocábulo grego kerýsso, que é geralmente traduzido como pregar, proclamar como arauto, como conquistador, e que transmite a ideia não de proferir um sermão para um grupo restrito, mas uma proclamação aberta e pública. “Admoestando todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria” (Cl 1.28). A palavra grega kerýsso tem ainda seus substantivos aparentados traduzidos também como mensageiro público, enviado, anúncio (de vitória nos jogos), mandado, intimação. A pregação é a comunicação das verdades Divinas através da pessoa do pregador, que transcodifica a mensagem para o ouvinte. A homilética é a ciência e arte que estuda a preparação e comunicação dos sermões. Pela pregação o Senhor usa o seu instrumento - o pregador - para exortar, profetizar, reprovar e ensinar. Enoque, “o sétimo depois de Adão” (Jd 14) teve sua – de Deus - profecia divulgada através da pregação. Noé foi o pregador “da justiça” (2 Pe 2.5), que pregou antes do Dilúvio, chamando o povo ao arrependimento, e avisando da vindoura destruíção. Após o Dilúvio, muitos homens profetas chamados por Deus, pregaram ao povo. Jonas, pregou à Nínive, e “pregou a pregação” (Jn 3.2) que o Senhor ordenou, e o povo daquela cidade creu. Mais tarde, João Batista pregou para o batismo de arrependimento para remissão de pecados (Mc 1.4,15; Mt 3.2; Lc 3.3). A Bíblia conta que Jesus aos doze anos de idade, já pregava no meio dos doutores (Lc 2.39-52). Jesus também pregou o arrependimento (Mt 4.17) e nos deixou uma ordem (1 Co 9.16), que está em vigor, até a Sua vinda: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). O evangelho pregoado, é só um (Gl 1.8-9); sempre teocentrista, concentrado na cruz do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (1 Co 1.23). A Bíblia diz que “formosos são os pés daqueles que anunciamas boas novas” (Rm 10.15); diz ainda que não devemos nos envergonhar do evangelho que pregamos (Rm 1.15,16); e que o evangelho não deve ser pregado por inveja e porfia, ou por contendas (Fp 1.15-18), afinal, a base do evangelho é o amor do nosso Senhor, mas deve ser pregada “com toda longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2). Um belo exemplo bíblico do coração de um pregador segundo o coração de Deus, está em Atos 17.16, quando o Apóstolo Paulo estava em Atenas “o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria. De sorte que disputava na sinagoga... todos os dias”. A importância da pregação não diminuiu, mas o interesse de muitas igrejas nos últimos anos, mudou. Muitas delas não têm mais a pregação como o âmago de seus cultos. Usa-se o entretenimento, a coreografia, e até mesmo belos discursos. Mas o que a Igreja precisa, são de pregadores submissos e com ligação estreita com os céus, conscientes, de quão grande responsabilidade é ser embaixador dos céus, portador da palavra, pregando nada mais, e nada menos, do que vem dos céus, para aquela ocasião.

 

A MENSAGEM DO REINO DE DEUS

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária Executiva da BPC

 

Texto de Memorização

“E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho." (Marcos 1.15).



  1. A NATUREZA DA MENSAGEM DO REINO DE DEUS
  De caráter redentivo: Jo 3.3; 6.68,69; Cl 1.13,14
  De caráter exortativo: Hb 12.5,6; Jo 8.31
  De caráter punitivo: Mt 3.10,12; Jo 9.39-41; 12.48
  2. O RESULTADO DA MENSAGEM DO REINO DE DEUS
  Produz arrependimento: Mc 1.15; At 2.38
  Produz regeneração: Jo 6.63; 15.16; Tt 3.5
  Produz santificação: Jo 15.3; 17.17; Hb 12.10; 1 Ts 4.7,8
  3. OS SÚDITOS DO REINO DE DEUS
  Devem amar a mensagem: Sl 119.97; Jo 14.23
  Devem proclamar a mensagem: Mc16.15; Mt 28.18,19; At 1.8
  Devem defender a mensagem: Fp 1.16; At 8.4



Marcos 1.14,15
Mateus 5.3-12
Romanos 14.17  (ARC)

Mc 1.14 - E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus,
15 - E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.
Mt 5.3 - Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
4 - Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
5 - Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
6 - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
7 - Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
8 - Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
9 - Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
10 - Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
11 - Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
12 - Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.

Rm 14.17 - Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.


 

 

 

Adeus à Hong-Kong

Superintendente. Rev. Eronides DaSilva

Índice Anual

A Polêmica do Dízimo

Editoração. Vania DaSilva

Índice 2010

Imagem do Divino

Revisão. Manuela Barros

Índice 2011

 

home print top


©1996-2011 Bethany Pentecostal Church, Inc.  — All Rights Reserved