Fort Lauderdale, Flórida, 03 de Julho de 2011
Ano XIX
Lição Nº 27
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CONTRASTES DOS REINOS
Rev. Eronides
DaSilva
Estados Unidos |
Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA |
A fim de alçarmos a visão bíblica dos dois reinos promulgados por Jesus aqui na terra, devemos dar algumas voltas atrás nos ponteiros do nosso relógio do tempo. Milênios atrás da pré-história do homem, o domínio da Divindade era único, tendo como súditos as hostes angelicais, criadas para o Seu serviço (Cl 1.16). A catastrófica rebelião celestial aconteceu (Ez 28.13-19), e esse domínio foi dividido, consequentemente, em dois:
Reino das Trevas, capitaneado por Satanás e o terço dos seres angelicais
decaídos que o acompanharam, e
Reino da Luz, liderado por Deus e os anjos eleitos que permaneceram fiéis à Trindade. (Cl 2.12-13). Sempre foi desejo de Deus em guiar
e proteger o ser humano à vândalo sobre a terra: "E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim.
E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?" Mais tarde, depois que o povo de Deus
foi liberto da tirania Egípcia, a Monarquia Hebrea foi instituída a duros golpes. Entretanto, e com muito pesar, a Teocracia tão almejada
(1 Sm 10.17-19), não sucedeu, e as dez tribos foram levadas cativas à Síria, e as outras duas à Babilônia. Mas Deus é soberano
e misericordioso, e na abrangência e tutela do Reino da Luz, Ele engendrou o grande projeto salvífico para
o ser humano, orquestrado através da instalação do Reino de Deus e
Reino dos Céus. Este para albergar o plano salvífico coletivo e político de uma nação a ser eleita; e aquele, para alcançar a
toda humanidade com a salvação individual e espiritual – vida eterna, prometida a Adão no Éden (Gn 3.21).
Portanto, o Reino de Deus e o Reino dos Céus são diferentes na sua dispensação, natureza e propósito;
mas são equivalentes na sua procedência — dos céus, e de Deus! Eles não são sinônimos, e jamais, teologicamente, poderão ser intercambiáveis,
pois não pode haver permuta entre o material e o espiritual; entre o temporal e o perene! O
Reino de Deus está entre nós, e somente os valentes da fé e nascidos de novo pela Palavra e pelo Espírito, o podem conquistar. O
Reino dos Céus, conhecido biblicamente como “um reino que não tem fim”,
um reino liderado pelo Messias, pois Ele mesmo “julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com equidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca... e a justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins.”
e, na linguagem apocalíptica, como Milênio. O seu Rei, é Jesus de Nazaré, como bem fraseou Pilatos na rústica tábua no topo da cruz –
“Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.” Nesta dispensação oferecida
amorosamente por Deus, à Israel e aos homens em geral, Jesus Cristo foi designado pelo Pai como o Rei do perene e do temporal (Sl 66.4). Sua Monarquia Teocrática é projetada nesses Reinos por nascimento, herança e conquista. A nenhuma outra pessoa este título pertence tão inerentemente como a pessoa de nosso Salvador —
“e o Senhor será Rei sobre toda a terra”: em relação ao universo (Sl 2.6-8); em relação a igreja militante (Lc 2.11); e em relação ao Reino dos Céus (1 Tm 6.14-16). Estes dois reinos aparecem nas Escrituras com a divisão clássica entre o temporal e o perene. Pela Regra da Primeira Menção, da Hermenêutica Bíblica, o Reino de Deus é apresentado no Evangelho de João 3.5, como um reino espiritual, eterno e universal. E, na Lei do Contexto, o Reino dos Céus aparece evidente nos Evangelhos Sinóticos de Lucas 22.18 e Mateus 18.3 como um reino terrenal, limitado e local. Em algumas citações bíblicas,
todavia, a linguagem hebraizante e histórica inverte a terminologia dos dois reinos.
Por conseguinte, no seu contexto não existe nenhuma margem de dúvidas acerca da sua dissimilitude. Louvamos a Deus pelo seu grande amor, que nos permitiu, através da redenção do sangue de Cristo, adentrarmos no Reino de Deus;
e, por sua graça infinda, sermos encontrados nos valados e caminhos deste mundo, e convidados a sentarmos à mesa da Grande Ceia do
Reino do Céus — Milênio: "E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no
reino de meu Pai." (Mt 26.29). |
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REINO DE DEUS
Vania DaSilva
Estados Unidos |
Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária Executiva da BPC |
“Outra parábola lhe propôs, dizendo: O Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem, pegando dele, semeou no seu campo; o qual é realmente a menor de todas as sementes; mas crescendo, é a maior das plantas e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos.” Deus é soberano e tem o governo dos céus e da terra (Dt 10.14; 1 Co 10.26). Pois foi Ele quem os criou. Os reinos deste mundo são transitórios, mas o de Deus é eterno. Existe a clássica definição teológica dos dois Reinos: Reino de Deus (reino perene) e Reino dos Céus (reino temporal). Pela regra da Primeira Menção da Hermenêutica, o Reino de Deus aparece em João 3.5, dando a entender ser um reino espiritual, eterno e universal; um Reino que foi estabelecido de forma invisível na Igreja por intermédio do Rei dos reis – Jesus; um reino sem aparência exterior e onde não herda a carne nem o sangue (Lc 17.2; Rm 8.17). Entretanto, o Reino dos Céus, em Lucas 22.18 e Mateus 18.3, aparece como um reino terrenal, político, limitado e local. Em algumas poucas citações, entretanto, o Reino dos Céus é confundido com o Reino de Deus, e vice-versa. Nestes casos a Lei do Contexto deve prevalecer, a fim de não se atribuir valores históricos ou dispensacionais aos diferentes Reinos. A proclamação e a concretização do Reino de Deus foram o propósito central do ministério de ensino de Jesus. No Sermão da Montanha, Jesus conclamou a multidão que o ouvia a buscar, com diligência e em primeiro lugar, o Reino de Deus (Mt 6.33). O Reino de Deus é transcendental – atinge o céu e a terra. Anteriormente, o Reino de Deus estava circunscrito ao céu, reino espiritual, mas pelo advento de Cristo, atendendo ao plano salvífico do Pai, seu Reino se expandiu à terra - o Reino de Deus está entre vós.
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O PROJETO ORIGINAL DO REINO DE DEUS
Rev. Eronides DaSilva
Estados Unidos |
Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA |
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Texto de Memorização |
“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."
(Marcos 6.33). |
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1. CONCEITO DOS REINOS NAS ESCRITURAS |
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Reino da Luz – reino
celestial do bem: Is 14.12-15; Cl 1.12,13 |
Reino de Deus - um reino espiritual: Jo 3.1-3; 1 Co 15.25-28 |
Reino dos Céus - uma monarquia terrena: 2 Sm 7.16; Ap 19.16 |
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2. O REINO DE DEUS NAS ESCRITURAS |
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Sua natureza - espiritual: Lc 17.2; Rm 8.17 |
Sua abrangência - céu e terra: Hb 12.22; Jo
18.36 |
Sua dispensação - passado, presente e futuro:
Sl 90.2; Lc 17.21 |
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Marcos 4.1-3,10-12
Lucas 17.20,21 (ARC)
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Mc 4.1 - E outra vez começou a ensinar junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão, de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto do mar.
2 - E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas, e lhes dizia na sua doutrina:
3 - Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.
10 - E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.
11 - E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas,
12 - Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
Lc 17.20 - E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior.
21 - Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós.
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