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Fort Lauderdale, Flórida, 06 de Fevereiro de 2011 Ano XIX  Lição Nº 06


 

DESTE POUCOS ESCAPAM

Rev. Robison Silva   Brasil

Brasileiro, Pastor, escritor e articulista



O que a avareza, a luxúria, a ira, a gula, a inveja e a preguiça têm em comum? Se você respondeu: são os sete pecados capitais, sua resposta está parcialmente certa. São pecados capitais, mas falta aquele que está na raiz de todos: o orgulho. Esta classificação de pecados capitais e veniais é da teologia católica-romana, e embora não seja aceita pelos meios protestantes, explicita a verdade de que há transgressões que são mais sérias do que outras, seja pelas conseqüências que provocam ou por quem atingem. O orgulho encontra-se no limite entre o exercício saudável do que Deus nos dá e as falsas sensações que podemos ter. Por exemplo, o orgulho está intimamente relacionado ao exercício do poder e à falsa sensação de onipotência. O exercício do poder em suas múltiplas formas (liderança, domínio, avanço tecnológico, criatividade) é mais do que desejável. O mandato cultural dado por Deus ao homem é o de transformar a natureza, respeitando-a e protegendo-a contra abusos, num desenvolvimento sustentável. Assim também deve ser a organização social e política que, deveriam usar o bem público para o benefício de todos. Infelizmente, nem sempre é isto que se vê, com a natureza ou com a sociedade humana. Há uma falsa sensação de onipotência, cujo remédio é a consciência da prestação de contas, seja aos homens ou diante de um Deus santo e justo. O orgulho também está intimamente relacionado ao exercício da liberdade e à falsa sensação de independência. O exercício multifacetado da liberdade (de ir e vir, de expressar-se, de culto, de divergir, de escolher) é tão fundamental, quanto inquestionável. A liberdade humana é uma necessidade que faz parte do nosso ser. A perda dela sempre traz terríveis conseqüências e deveria acontecer apenas quando infringimos a liberdade do outro. Neste caso, a minha liberdade termina quando começa a do outro. Paradoxalmente, a liberdade excreta uma toxina relacional chamada independência que em ambiente propício dá cria ao individualismo, ao hedonismo, ao egoísmo. Ser livre não é sinônimo de ser independente, porque independência de tudo ou todos é uma utopia malévola. Depender de outros, consciente e intencionalmente, é o tratamento para nosso ensimesmamento. Finalmente, o orgulho está intimamente relacionado ao exercício da justiça e à falsa sensação de perfeição. O senso de bem e mal, embora seja culturalmente transmitido e mensurado, é universal ao ser humano, trazendo-o para uma categoria sobre-animal. O prazer de organização, de justiça, de igualdade e de todas as outras virtudes correlatas é o que nos humaniza. É bom ser moral e desejar o que é certo, o que é justo, mesmo que isto soe ultrapassado em dias de nova moralidade e relativismo ético. Lamentavelmente, o senso moral é confundido com falso moralismo, perfeccionismo, hipocrisia, farisaísmo. Ser moral não é ser perfeito. É o equilíbrio entre o que você gostaria de ser sempre e o que você normalmente é, conectados pelo oponente do orgulho: a humildade.

 

DISCIPLINA

Manuela Costa Barros Estados Unidos

Brasileira, Primeira Tesoureira, professora da EBD, Deã Acadêmica do STB


A disciplina pode significar simplesmente ensino, educação ou instrução. No entanto é mais usada com um sentido de ordem ou um regime de ordem, seja este imposto, ou por livre vontade. A disciplina pode ainda ser utilizada no sentido corretivo, no qual, ela está associada com a punição daquele que transgride as regras. No contexto bíblico, a disciplina é encontrada nas três facetas acima citadas, tanto no Antigo como no Novo Testamento. O povo de Deus tem, no decorrer de sua história sido intruído, disciplinado no conhecimento e vontade do Senhor (Ex 19.7; Js 1.7; 2 Tm 3.14,15). Quanto à segunda definição a disciplina torna-se uma virtude desejável, admirada, relacionada ao sucesso daqueles que a utilizam com frequência. Neste sentido a Palavra traz como exemplo o soldado (2 Tm 2.3-5), o atleta (1 Co 9.25) e o agricultor (Jo 4.36). Essas três ocupações requerem um rígido exercício disciplinar para que possam ser exercidas a contento. Todas estas ocupações estão biblicamente comparadas com a vida do crente. O exercício da disciplina como regime de ordem é beneficial para o crente e chega a ser essencial. Para uma vida cristã consagrada, a disciplina da leitura bíblica, da oração e do jejum são fundamentais. Não como prática aleatóreas, mas verdadeiramente numa vida disciplinada, tendo sido Jesus mesmo, um vivo exemplo de tal disciplina (Mt 17.21). Finalmente a disciplina bíblica é também ensinada com conotação corretiva ou punitiva. Deus se revela com pai daqueles que crêem nele e portanto exorta: “Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos... Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos” (Hb 12.5-8). O sábio Salomão advogou também veementemente o uso da disciplina, para colheita de bons frutos (Pv 15.10; 12.1; 13.24). O Senhor entregou a Lei ao seu povo e através das leis disciplinatórias manteve o povo no caminho de santidade e apartados de toda abominação pagã (Hb 12.10). Não foi diferente no contexto neotestamentário, onde Jesus estabelece um padrão moral ainda maior que o da Lei (Mt 5.20-22), e o apóstolo Paulo é dirigido pelo Espírito a delinear a doutrina e a consequente disciplina na Igreja (1 Co 5.1-6). A disciplina divina, portanto, a disciplina na Igreja não tem caráter destrutivo, a não ser do pecado, mas sim regenerativo: “E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” (Hb 12.11)

 

 

A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA NA IGREJA

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA

 

Texto de Memorização

“E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela." (Hebreus 12.11).



  1. A DISCIPLNA CORRETIVA
  Admoestação individual – desvio de atitude: 1 Ts 5.14; Gl 6.1
  Suspenção pastoral – desvio ético: 1 Tm 5.20; 2 Tm 4.15
  Disciplina congregacional – desvio dos mandamentos: 2 Co 13.1,2; Tt 1.13
  2. A DISCIPLINA COERSIVA
  Sobre os cristãos imorais – seja entregue a Satanás: 1 Co 5.5; 2 Tm 2.22
  Sobre os cristãos desolados – muitos que dormem: 1 Co 11.23; Cl 3.5
  Sobre os cristãos exploradores – vos aparteis: 2 Ts 3.6; 1 Co 9.27
  3. A DISCIPLINA TERMINAL
  Acã – para salvação do povo: Js 7.25
  Ananias e Safira– para temor no povo: At 5.3-9
  Nadabe e Abiú – para santidade do povo: Lv 10.1-3



Atos 5.1-11  (ARC)


1 - Mas um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade,
2 - E reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
3 - Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?
4 - Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.
5 - E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.
6 - E, levantando-se os moços, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram.
7 - E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido.
8 - E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto.
9 - Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.
10 - E logo caiu aos seus pés, e expirou. E, entrando os moços, acharam-na morta, e a sepultaram junto de seu marido.
11 - E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas.



 

 

 

Adeus à Hong-Kong

Superintendente: Rev. Eronides DaSilva

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A Polêmica do Dízimo

Editoração: Vania DaSilva

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Revisão: Manuela Barros

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