VONTADE DE DEUS

Ao se falar sobre a vontade de Deus, em seguida encontra-se o fato de que Deus é uma pessoa e, portanto, tem sua vontade própria. Deus em sua manifestação histórica ao homem, desde os primórdios no Éden, tem feito revelar sua vontade de maneira direta e clara. No tocante ao primeiro homem, Adão, Deus criou para ele um mundo perfeito e jamais quis que ele o perdera. Ele o criou perfeito em conhecimento e estatura (Ec 7.29). Foi o homem quem desobedeceu as regras divinas, pecou contra Deus e, portanto, foi o primeiro a sair da vontade de Deus. Em Abraão Deus chama para si uma nação, à qual também ditou regras (lei) nas quais estavam explícitas sua vontade: “agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos... E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo” (Ex 19.5,6). E, por mais minuscioso que Deus fosse em declarar sua vontade, e por mais que sua vontade fosse para total bênção da nação de Israel, o seu povo instava em ir contra. A história de Israel é marcada pela constante manifestação do amor e paciência de Deus e pela constante desobediência do povo. Depois do tempo dos profetas, houve silêncio da parte de Deus por quatrocentos anos, silêncio este quebrado pela voz profética de João Batista, predecessor de Jesus, o Cristo, o Cordeiro perfeito que haveria de ser imolado pelo pecado da humanidade, e perdoar todo aquele que cresse. Jesus viveu, manifestou e pregou a vontade de Deus ao homem. Deus ainda presenteou a Igreja de Cristo com o ministério apostolar e ensinador de Paulo o qual afirma que Deus “...quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2.4). Mais uma vez, Deus quer e o homem, em sua maioria se recusa. O apóstolo ainda exorta: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.2) Palavras desafiantes principalmente para alguém que, como Paulo, sofria horrendas perseguições, dores, detrimentos, renúncias e incompreensões por obedecer a vontade de Deus para sua vida. Mas o fato é que a vontade de Deus é boa, porque Deus é bom (Sl 25.8a) e ama aos seus, e tem prazer de dar-lhes o que é bom. A vontade de Deus é agradável, talvez não ao homem natural ou carnal, mas ao espiritual (Rm 7.19; 1 Co 2.14,15). E por fim, a vontade de Deus é perfeita. Quando ela é obedecida o crente é completamente feliz, recebe a bênção das promessas que Deus lhe fez, e também é uma bênção para os que estão ao seu redor (1 Tm 4.16).