
Os Quarenta da Bíblia!
Ariovaldo de Arruda
Ferraz
Estados Unidos |
Brasileiro, presbítero,
professor e articulista. |
Aos 40 anos, no dito popular,vive-se a idade
do lobo. Na Bíblia 40 anos é preparo de Deus, presença,
revelação e poder, 40 dias é fortalecimento de Jesus no deserto,
tempo para os espias contemplarem a nova Canaã, tempo de tarefa,
tempo de Deus com Moisés no Sinai, tempo de transformação dos
discípulos após a ressurreição. Tempo de orar e jejuar, tempo de
retiro, tempo para mudar como Jonas em Nínive. Em minutos, um ou
quarenta anos, perde-se a vida, se ganha a eternidade, perde-se
a moral, conclui-se a vitória; declara-se um grande amor, diz-se
um sim, ou não, talvez em segundos, abrindo um sorriso ou
iniciando tempo de dor. O povo de Israel saindo do Egito,
peregrina quarenta anos no deserto, por vales e montes. Para uns
ao olhar para frente é tempo de mais, para quem já viveu passou
tão rápido, “quarenta anos é a velhice dos jovens, depois disso
vem a juventude dos velhos”. Se você não passou, vai passar; se
já atravessou o deserto, em quarenta anos ou mais, sabem
o desafio da aridez, caminhos difíceis, tempestades,
tribulações, desafios. Alguns murmuram por achar a caminhada da
vida pesada, mas bebem água tirada das pedras, sentem o vale e
sua profundidade, outros observam encima dos montes, os que
falam com Deus vendo, "sarça que arde e não se consume. Passado
o tempo, não faltou sandália para os pés, as vestes não
rasgaram. A nudez foi coberta. A comida diminuiu, mas nunca
acabou. Como povo do Deus vivo, e Ele guardados no deserto da
existência, lembramos que já fomos aquecidos de tantas formas:
de noite, o fogo do Senhor aquecendo, de dia a nuvem refrescando
a alma. Aos quarenta dias, anos ou minutos, queridos, precisamos
lembrar o vislumbre e vicissitudes da eterna Canaã. Ainda no
compasso da espera chegamos até aqui e, como Josué e Caleb,
somos convidados a não desanimar, pois até aqui nos ajudou o
Senhor. Alguns com martírio e pouca honra, vindos ou ainda no
deserto, no tempo de inconformismo, lágrimas, injustiças, trazem
no peito onde se lê: "caminho e combato o bom combate estou
guardando a fé". Que visão tem do seu deserto e que expectação
da glória cativa seu coração na luta do sobreviver? Em quarenta
anos Israel murmurava e perguntava: "E agora Senhor, exército
por traz, montanhas ao lado, mar pela frente?". - Já sentiu
assim alguma vez? Então, Deus fez abrir o mar Vermelho... mas
não bastou! - "Não temos alimentos!". Receberam codornizes e
maná que os nutriam. Poderá o Senhor nos livrar dos perigos e
inimigos (divida, desamor, incompreensão, desprezo, perdas)?
Muitos foram os livramentos quando já em Canaã, tendo mel,
provido pelas abelhas do Senhor, leite abundante, havia os que
diziam e ainda hoje dizem, Mas realmente pode Deus prover? Pode
Deus ouvir-nos? Deus quer lhe dar tanto. Por isso
diz: "Provai-Me nisto, se Eu não vos abrir as janelas do Céu e
não derramar sobre vós benção sem medida", (Mal. 3:10). Ele
provê tudo, dizendo: "Sou o Deus de doação e amor - mas tão
poucos receberão de Mim. Pois não Me permitem que lhes seja,
Deus!" A jornada do deserto, uma caminhada de quarenta anos,
podia ter sido feita a pé em alguns dias; foi tempo demais,
porém necessário para que o duro entendimento do homem pudesse
esquecer as cebolas do Egito e desfrutar Leite e Mel de Canaã.
Que não se precise de 40 anos para se curvar, mesmo quarenta
dias, mas que em um minuto reconheçamos: Bebemos da água da
Rocha, sobrevivemos ao deserto abrasador, vimos a coluna de
fogo, comemos do maná do Céu, as nuvens nas mais diversas formas
guardaram-nos, atravessamos o mar com pés secos, por isso, e
muito mais aceitamos o que Paulo diz: Quem era a Rocha da qual a
água veio? Quem era a coluna de fogo? o maná? a serpente de
metal? Tudo que Deus fez por Israel foi através de Jesus! Isto
mesmo - Jesus foi cada uma destas Dádivas! "Ora, irmãos, não
quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a nuvem,
e todos passaram pelo mar... e beberam da mesma fonte
espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia.
E a Pedra era Cristo", (1 Co 10:1,4).
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Criança
Dorcas
Copque
Estados Unidos |
Brasileira, professora e
membro da Diretoria. |
É uma das fases mais importante e
bonita de um ser humano. Todos já foram crianças um dia, vivendo uma
infância mais prolongada ou não, todos tiveram seu tempo de brincar,
de cometer erros, de ser disciplinados pelos pais, de andar de um
lado para o outro com os amiguinhos, de subir em arvores e de
enfrentar muitas aventuras. Este é o caráter da criança – buscar
conhecer coisas novas e estar sempre pronta a aprender. Seu coração
e sua mente não têm barreiras para guardar todas as informações que
lhe são dadas. Estão sempre atentas ao que acontece a sua volta; são
bem observadoras e na maioria das vezes, imitam tudo o que vêm e
escutam. Criança gosta e precisa ser amada, de se sentir protegida e
de ter segurança no ambiente em que vive. É fácil notar quando uma
criança está passando por problemas, seja em casa, na escola, na
igreja, ou consigo mesma. Seu semblante transparece tristeza e tem
dificuldades em relacionar-se com outras crianças. Por isso é dever
dos pais e professores manter o bem estar da criança, para que seu
crescimento físico, mental e espiritual seja equilibrado. As
crianças não só têm direitos, mas desde sua tenra idade devem ser
ensinadas em suas responsabilidades a fim de moldar sua
personalidade. Personalidade é o conjunto de atributos e qualidades
físicas, intelectuais e morais que caracterizam um individuo. Os
elementos formadores da personalidade são a hereditariedade (fatores
ou natureza humana herdada dos pais) e o meio-ambiente. O controle e
aprimoramento da personalidade não podem ser plenamente realizados
apenas através de credos, princípios e praticas religiosa. A fé e a
comunhão com Deus demonstrada no lar aos filhos serão os agentes
vitais na formação de sua personalidade cristã. A obediência aos
pais, respeito ao próximo e temor a Deus devem ser enfatizadas em
todos os estágios da vida da criança. Como pais e professores é
importante estar atento ao que as crianças fazem, a fim de as educar
e criar de maneira que venham ser bons cidadãos, filhos e crentes no
futuro (Pv 22.6). Não se pode impedir a criança viver sua infância,
mas deve ser orientada, a fim de que saibam diferenciar o certo do
errado. |