Fort Lauderdale, Flórida, 02 de Maio de 2004 Ano XII  Lição Nº 18


 

Granadas e Aleluias!

Dr. Mark Rutland   Estados Unidos

Americano, professor, pastor e Presidente do Southeastern College.

Quando estive num seminário no Peru, contemplei um chocante out-door que mostrava uma freira carregando uma pesada bandoleira enfeitada com um pente de balas e granadas de mão. No seu peito transversal, carregava uma robusta cartucheira com um Magnum calibre 44. Com uma mão empurrava um carrinho de criança e com outra segurava, firme, uma automática, calibre nove milímetros. Na base do outdoor havia a seguinte inscrição em espanhol: “Esta é a nova teologia para um novo mundo!” Com certeza aquela não era uma nova teologia, como dizia o texto cheio de malévola retórica latina sobre a Liberação da Teologia Marxista — este engano é tão velho quanto foi o de Adão! Somando àquela propaganda, o argumento da população febril, era o mesmo: “se Deus não nos entregar o poder, os tomaremos a força; se Ele não redimir as instituições com seu poder, o faremos com o nosso!” Não há nenhuma diferença entre a guerrilha Marxista com um Coquetel de Malotov na mão, e uma igreja rebelde e política com um telefone noutra. Quando pessoas recusam de esperar em Deus e abandonam sua soberania, o resultado são atitudes que fomentam unicamente a rebelião, desconhecem as autoridades e tentam, a todo o custo, ganhar poder para si. Uma freira com uma granada na mão e um membro de uma igreja, através de fuxicos e difamações, tentando destituir um pastor do seu bíblico posto, são irmãs gêmeas em gênero, número e grau! Ambos são diabolicamente perigosos! Ambos são vilões enfeitiçados que nem a si, infelizmente, se reconhecem. Granadas e aleluias é uma perfeita receita de um feiticeiro caldo infernal. Imediatamente à sua ressurreição, Jesus prometeu aos seus discípulos poder, assim como paz — deixo-vos a paz, e recebereis poder! No período da digressão dos discípulos aqui na terra e no exercício do espiritual no temporal, eles experimentaram relativamente muito pouco deste poder e desta paz! Com toda a certeza, Jesus não estava falando de uma paz política, vivida no reino temporal, mas sim de outra paz e de outro poder — “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14.27). Em outras palavras, lhes darei paz, não a paz que o mundo oferece, a qual, e na maioria dos casos, apenas reflete a ausência de guerras; mas sim a paz que ultrapassa o nosso limite humano, o tempo e as circunstâncias em que vivemos. Comitantemente, Jesus prometeu aos seus seguidores poder – “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”. (Atos 1.8). Aqueles que conviveram com Jesus, e receberam suas santas ordenanças, apesar de que por suas mãos terem feito cegos verem, leprosos serem curados, possessos de demônios serem libertos e mortos ressuscitados, não foram por Deus impedidos que a mesma força do mal, incrustada no sistema político e religiosos, a qual matou ao Mestre, também, os destruísse.

Paternidade

Pedro Marques Pereira   Estados Unidos

Sul - Africano, professor, Diretor da Sonotécnica e membro da Diretoria.

É a qualidade de ser pai, que por sua vez significa aquele que procriou, progenitor, autor, fundador, protector ou benfeitor. Numa perspectiva Bíblica, a palavra pai é de suma importância na narração das Sagradas Escrituras. O casamento é uma instituição divina, assim como a família. Aliás, é essa a primeira função do casal: procriar. Vários pais se destacaram no relato Bíblico: 1º – Adão, porque foi o primeiro pai, de Caim Abel e Sete (Gn 4.1,2); 2º – Noé, pai de Sem, Cao e Jafé pelos quais foram povoados a Europa, África e Ásia, depois da terra ser destruída pelo dilúvio (Gn 6.10; 7.13); 3º – Abraão, ao qual foi feita a promessa de que viria a ser o pai de muitas Nações (Gn 15.5; 17.4); 4º - Jacó, pai das 12 tribos de Israel. Irmão gémeo de Esaú, não era o primogênito, apesar de ter nascido com a mão agarrada no tornozelo de Esaú, Gn 25.24-46. 5º – Jó, foi outro pai que se destacou na Dispensação Patriarcal, época em que a composição social era estabelecida por núcleos familiares, onde o Pai de família, o “mais-velho” era o líder do grupo. O Patriarca Jó intercedia continuamente de madrugada pelos seus filhos, Jó 1.5. 6º – Josué, o pai de família que faz um pacto com o povo, e decide que ele e a sua casa serviriam ao Senhor, Js 24.15. Todos estes são bons exemplos Bíblicos, mas o maior de todos foi aquele que nosso Deus, o nosso Pai Celestial deu, ao cumprir com o plano da Salvação! Anunciado a Adão e Eva no jardim do Éden, aquando da queda do homem, Gn 3.15; Tipificado no Monte Moriá através da oferta em holocausto de Isaque pelo seu pai Abraão impedido de ser consumado pelo anjo do Senhor, Gn 22.8, 11-13; Revelado na vida de Zafenate-Paneia, Salvador do mundo – José do Egipto, Gn 41. 43-45; e também pela vida de Moisés, aquele que conduziu o povo escolhido para a terra prometida, Ex 3.8-10; Cantado pelos poetas: “Levantai ó portas, as vossas cabeças; levantai ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória”.– Sl 24.9; Profetizado em tempos difíceis pelos homens de Deus, como Isaías: “Um menino nos nasceu...” (Is 9.6; Is 53.1-12; Is 61.1,2) e Miquéias (Mq 5.2); Testemunhado ao pormenor nos evangelhos sinóticos de Mateus, Marcos e Lucas, porém o evangelho de João vai mais profundo no seu 3º capítulo, e versículo 16, ao proclamar que foi pelo imenso amor que Deus Pai tinha por esta humanidade, que Ele entregou o que de mais precioso tinha, o seu filho amado, para que através do seu sacrifício pudéssemos alcançar esta tão preciosa salvação. Por isso, nós cremos n’Ele – no Deus único e verdadeiro, que nos criou à sua imagem e semelhança (Gn 1.26), e que pelos nossos pecados e transgressões nos apartam d’Ele (Rm 3.23;5.12), mas através do Sacrifício Salvifico de Jesus Cristo na Cruz do calvário, esses pecados nos são perdoados, e se O aceitarmos somos reconciliados com Ele novamente, estabelecendo um relacionamento espiritual com o nosso Pai, que anteriormente tinha sido quebrado ou cortado. É essa a historia que a Bíblia conta: “A de um Pai que deu a vida do seu filho precioso, para morrer por um grupo de malfeitores, negligentes, indiferentes e apáticos da verdade, (Mt 21.38). É esta verdade, esta historia que necessita ser contada de pais para filhos, (Dt 6.2,7), para que os filhos possam fazer uma opção de uma vida eterna com o seu Pai Celestial, ou de uma morte eterna com o inimigo das nossas vidas, das nossas famílias, e da nossa paternidade Divina!

O PRINCÍPIO DA AUTORIDADE PATERNA

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, professor e pastor da Igreja Pentecostal Betânia - Assembléia de Deus

 

Texto Áureo da Lição

 E guardarás os seus estatutos e os seus mandamentos, que te ordeno hoje, para que bem te vá a ti e a teus filhos depois de ti e para que prolongues os dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá para todo o sempre. (Deuteronômio 4.40)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: O AMOR INESGOTÁVEL, número 512 da Harpa Cristã.

1. A FALTA DE AUTORIDADE NO LAR
Na ausência dos pais — formação: Jz 11.1; Pv 22.15.
Na  ausência dos limites — permissividade: 1 Sm 2.12.
Na  presença dos limites — inibição: Pv 19.18; 29.17.
2. O RESGATE DA AUTORIDADE PERDIDA NO LAR
Com os filhos ausentes do lar — os exilados: 2 Sm 9.8
Com os ausentes do contexto — os deformados: Pv 27.6
 Com os filhos adolescentes — os descobertos: Pv 20.11
3. A AUTORIDADE PATERNAL E A IGREJA
Criando os filhos, na consciência do Senhor: Gn 37.3; Pv 31.11-15; Sl 128.1-3.
Ensinando os filhos, na consciência do lar: Pv 27.6; Dt 11.8-21; Tt 2.7-9.
Preparando os filhos, na consciência da sociedade: Gn 49.1-27; Jz 13.8; Lc 2:42.

 

 

 

Texto da Lição:

 Efésios 6.1



1 Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. 2 Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, 3 para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. 4 E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.


(ARC)