Granadas e Aleluias!
Dr. Mark
Rutland
Estados Unidos |
Americano, professor,
pastor e Presidente do Southeastern College. |
Quando estive num seminário no Peru, contemplei um chocante
out-door que mostrava uma freira carregando uma pesada
bandoleira enfeitada com um pente de balas e granadas de mão. No
seu peito transversal, carregava uma robusta cartucheira com um
Magnum calibre 44. Com uma mão empurrava um carrinho de criança
e com outra segurava, firme, uma automática, calibre nove
milímetros. Na base do outdoor havia a seguinte inscrição em
espanhol: “Esta é a nova teologia para um novo mundo!” Com
certeza aquela não era uma nova teologia, como dizia o texto
cheio de malévola retórica latina sobre a Liberação da Teologia
Marxista — este engano é tão velho quanto foi o de Adão! Somando
àquela propaganda, o argumento da população febril, era o mesmo:
“se Deus não nos entregar o poder, os tomaremos a força; se Ele
não redimir as instituições com seu poder, o faremos com o
nosso!” Não há nenhuma diferença entre a guerrilha Marxista com
um Coquetel de Malotov na mão, e uma igreja rebelde e política
com um telefone noutra. Quando pessoas recusam de esperar em
Deus e abandonam sua soberania, o resultado são atitudes que
fomentam unicamente a rebelião, desconhecem as autoridades e
tentam, a todo o custo, ganhar poder para si. Uma freira com uma
granada na mão e um membro de uma igreja, através de fuxicos e
difamações, tentando destituir um pastor do seu bíblico posto,
são irmãs gêmeas em gênero, número e grau! Ambos são diabolicamente
perigosos! Ambos são vilões enfeitiçados que nem a si,
infelizmente, se reconhecem. Granadas e aleluias é uma perfeita
receita de um feiticeiro caldo infernal. Imediatamente à sua
ressurreição, Jesus prometeu aos seus discípulos poder, assim
como paz — deixo-vos a paz, e recebereis poder! No período da
digressão dos discípulos aqui na terra e no exercício do
espiritual no temporal, eles experimentaram relativamente muito
pouco deste poder e desta paz! Com toda a certeza, Jesus não
estava falando de uma paz política, vivida no reino temporal,
mas sim de outra paz e de outro poder — “Deixo-vos a paz, a
minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe
o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14.27). Em outras
palavras, lhes darei paz, não a paz que o mundo oferece, a qual, e na maioria dos casos, apenas reflete a ausência de
guerras; mas sim a paz que ultrapassa o nosso limite humano, o tempo
e as circunstâncias em que vivemos. Comitantemente, Jesus
prometeu aos seus seguidores poder – “Mas recebereis a
virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e
até aos confins da terra”. (Atos 1.8). Aqueles que
conviveram com Jesus, e receberam suas santas ordenanças, apesar
de que por suas mãos terem feito cegos verem, leprosos serem
curados, possessos de demônios serem libertos e mortos
ressuscitados, não foram por Deus impedidos que a mesma força do
mal, incrustada no sistema político e religiosos, a qual matou
ao Mestre, também, os destruísse.
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Paternidade
Pedro
Marques Pereira
Estados Unidos |
Sul - Africano,
professor, Diretor da Sonotécnica e membro da Diretoria. |
É a qualidade de ser pai, que por sua vez significa aquele que
procriou, progenitor, autor, fundador, protector ou benfeitor.
Numa perspectiva Bíblica, a palavra pai é de suma importância na
narração das Sagradas Escrituras. O casamento é uma instituição
divina, assim como a família. Aliás, é essa a primeira função do
casal: procriar. Vários pais se destacaram no relato Bíblico:
1º – Adão, porque foi o primeiro pai, de Caim Abel e Sete
(Gn 4.1,2); 2º – Noé, pai de Sem, Cao e Jafé pelos
quais foram povoados a Europa, África e Ásia, depois da terra ser
destruída pelo dilúvio (Gn 6.10; 7.13); 3º – Abraão,
ao qual foi feita a promessa de que viria a ser o pai de muitas
Nações (Gn 15.5; 17.4); 4º - Jacó, pai das 12 tribos de
Israel. Irmão gémeo de Esaú, não era o primogênito, apesar de ter
nascido com a mão agarrada no tornozelo de Esaú, Gn 25.24-46. 5º
– Jó, foi outro pai que se destacou na Dispensação Patriarcal,
época em que a composição social era estabelecida por núcleos
familiares, onde o Pai de família, o “mais-velho” era o líder do
grupo. O Patriarca Jó intercedia continuamente de madrugada pelos
seus filhos, Jó 1.5. 6º – Josué, o pai de família que faz um
pacto com o povo, e decide que ele e a sua casa serviriam ao Senhor,
Js 24.15. Todos estes são bons exemplos Bíblicos, mas o maior de
todos foi aquele que nosso Deus, o nosso Pai Celestial deu, ao
cumprir com o plano da Salvação! Anunciado a Adão e Eva no
jardim do Éden, aquando da queda do homem, Gn 3.15; Tipificado
no Monte Moriá através da oferta em holocausto de Isaque pelo seu
pai Abraão impedido de ser consumado pelo anjo do Senhor, Gn 22.8,
11-13; Revelado na vida de Zafenate-Paneia, Salvador do mundo
– José do Egipto, Gn 41. 43-45; e também pela vida de Moisés, aquele
que conduziu o povo escolhido para a terra prometida, Ex 3.8-10;
Cantado pelos poetas: “Levantai ó portas, as vossas cabeças;
levantai ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória”.– Sl 24.9;
Profetizado em tempos difíceis pelos homens de Deus, como
Isaías: “Um menino nos nasceu...” (Is 9.6; Is 53.1-12; Is 61.1,2) e
Miquéias (Mq 5.2); Testemunhado ao pormenor nos evangelhos
sinóticos de Mateus, Marcos e Lucas, porém o evangelho de João vai
mais profundo no seu 3º capítulo, e versículo 16, ao proclamar que
foi pelo imenso amor que Deus Pai tinha por esta humanidade, que Ele
entregou o que de mais precioso tinha, o seu filho amado, para que
através do seu sacrifício pudéssemos alcançar esta tão preciosa
salvação. Por isso, nós cremos n’Ele – no Deus único e verdadeiro,
que nos criou à sua imagem e semelhança (Gn 1.26), e que pelos
nossos pecados e transgressões nos apartam d’Ele (Rm 3.23;5.12), mas
através do Sacrifício Salvifico de Jesus Cristo na Cruz do calvário,
esses pecados nos são perdoados, e se O aceitarmos somos
reconciliados com Ele novamente, estabelecendo um relacionamento
espiritual com o nosso Pai, que anteriormente tinha sido quebrado ou
cortado. É essa a historia que a Bíblia conta: “A de um Pai que deu
a vida do seu filho precioso, para morrer por um grupo de
malfeitores, negligentes, indiferentes e apáticos da verdade, (Mt
21.38). É esta verdade, esta historia que necessita ser contada de
pais para filhos, (Dt 6.2,7), para que os filhos possam fazer uma
opção de uma vida eterna com o seu Pai Celestial, ou de uma morte
eterna com o inimigo das nossas vidas, das nossas famílias, e da
nossa paternidade Divina! |