Sarna Pega!
Jorge Linhares
Brasil |
Brasileiro, pastor,
articulista
e professor. |
Quem ministra no
altar não pode ser sarnento. E como identificamos o sarnento? Ele
vive se coçando. Está o tempo todo incomodado. E pior: Seu mal é
contagioso. Sarna pega. O sarnento é aquele que, quando triste ou
inconformado com alguma
coisa,
tenta contaminar os outros com suas frustrações. Quando insatisfeito
com alguma coisa, não sossega enquanto não passa sua insatisfação
para outros. Começa a se coçar, e logo outros estão se coçando
também. Coça daqui, coça dali, até espalhar o seu mal. Alguém elogia
o pastor diz que ele é uma bênção em sua vida. E o que faz o
sarnento? Se não gosta do pastor, ao invés de ficar calado, diz:
"Pois um dia procurei-o para um conselho, e ele não teve tempo para
mim". Se não puder ajudar, fique quieto, calado, não passe sua
sarna. para
outro. Deixe o outro continuar orando e abençoando o pastor. E
alguém diz que o culto foi um bênção, o sarnento replica: "Foi nada,
não gostei do louvor." Outro declara todo animado: "Deus me abençoou
e por isso dei uma oferta para a igreja." "Cansei de ofertar e não
vi retorno algum. Não adiante a gente ser fiel",
responde
o sarnento. "Passei no vestibular para letras." "Em letras todo
mundo passa; queria ver você passar em primeiro lugar para medicina!"
Sarna pega. Muitos vão passando adiante o seu mal. Vão espalhando o
que
têm de ruim. Vão contaminando a todos com a sua coceira. Se tomamos
conhecimento de uma má notícia, se algo não nos agrada,
não
saiamos por aí espalhando nossa coceira. Não tentemos contaminar os
outros. Isto é papel de cachorro doente. Se estamos
insatisfeitos com alguma coisa, guardemos para nós;
oremos
para que Deus nos limpe da sarna!
Alguém não nos honrou? Não encheu nossa bola? Fiquemos calados.
Irmão passei pelo pastor e ele não me cumprimentou." Sarnento!!
Não espalhemos animosidade. Não levemos o outro a começar a se
coçar. Certa vez ouvindo um pregador, fiquei encantado como seu
conhecimento
bíblico. E virando-me para o regente do coral,
sentado
ao meu lado disse: "Que maravilha. Esse homem entende de Bíblia,
hein?" "Conhece nada,
ele está
chutando todas." Quer dizer que é chute? Pastor chuta assim
também?" Eu, na ocasião novo convertido, murchei todo. A sarna dele
passou para mim. Foi como se me joga-se água fria. A próxima
referência que citou, corri e localizei. Bateu em cima.
Decidi
nunca mais sentar-me ao lado daquele
sarnento.
O sarnento não se conforma em se coçar sozinho; quer ver todo mundo
se coçando. "nenhum
homem que tiver sarna
se chegará
para oferecer o pão de Deus."
(Levítico 21:18,20,21). |
Sacrifício
Vania
DaSilva
U.S.A. |
Brasileira, missionária, professora e secretária da Igreja. |
Os
sacrifícios e ofertas eram os elementos físicos pelos quais, o
oferente trazia a Deus para expressar sua devoção, gratidão ou
necessidade de perdão. Algumas nações antigas tinham o costume de
oferecer sacrifícios aos seus deuses, mas não com o significado ou
propósito que Israel. Vários personagens bíblicos ofereceram
sacrifícios ao Senhor, como Abel, Noé, Jó, Abraão, Isaque, Jacó,
Salomão, e outros mais. No entanto, o sistema sacrificial organizado
baixo à Lei entrou em vigor a partir do êxodo. O sacrifício exigia
uma vítima, sangue derramado sobre o altar. Ao homem pecar no Éden,
o preço de sua queda foi a morte. Desta feita, para o homem
chegar-se a Deus era necessário que uma vítima, limpa e purificada
de ofensas, fosse oferecida em substituição. Sangue de bois,
ovelhas, carneiros, bodes, cabras, pombas e rolas eram oferecidos
diante de Deus para perdoar as ofensas da carne (Hb 9.13,14). O
pecado do ofensor era perdoado através de sua fé depositada naquele
símbolo que apontava para o Cordeiro de Deus, que havia sido imolado
antes da fundação do mundo, mas que haveria de ser revelado na
"plenitude dos tempos". A lei estabeleceu, com certas
particularidades, os sacrifícios e ofertas, que os judeus deviam
efetuar. As ofertas eram tomadas tanto do reino vegetal, chamadas de
ofertas sem sangue (farinha, trigo torrado, bolos, e vinho), como do
reino animal. Com as ofertas sem sangue, era também costume oferecer
as ofertas de libação, ou seja, vinho ou azeite eram derramados
perante o Senhor (Gn 35.14; Nm 28.14; Fp 2.17). Além dessas ofertas,
usava-se também o sal, que era emblema de pureza. Os animais
oferecidos deveriam ser sem mancha (defeito), e não podiam ter menos
de 8 dias ou acima de 3 anos. Nunca eram oferecidos peixes, e os
sacrifícios humanos eram expressamente proibidos (Lv 18.21). Pela
Lei, o oferente deveria se purificar primeiramente (Ex 19.14), e
depois levar a vítima para o altar. Voltado então para o santuário,
punha a mão sobre a cabeça do animal, o qual era depois imolado
geralmente pelo sacerdote (2Cr 29.23,24). Morta a vítima, o
sacerdote tomava o sangue em uma bacia e depois o espargia sobre o
altar. O animal era cortado em pedaços pelo oferente (Lv 1.6), sendo
a gordura queimada pelo sacerdote (Lv 7.31). Em algumas ocasiões a
vítima era levantada pelo sacerdote e movimentada - a Bíblia
denomina este ato de apresentação ao Senhor como oferta de movimento
(Lv 8.27; 7.30). O oferente não deveria oferecer o que não lhe
custasse; parte dos seus bens era transferido para Deus (2Sm 24.24).
Haviam cinco tipos de ofertas oferecidas a Deus. Essas cinco ofertas
poderiam ser divididas em duas classes: as ofertas de cheiro
suave (Holocausto, Manjares e Pacíficas) e as ofertas pelo
pecado (Transgressão e Pecado). |