Santidade!
Paulo Barbosa
Brasil |
Brasileiro, pastor e professor. |
"Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede
vós também santos em todo o vosso procedimento" (1 Pedro 1.15).
Ninguém deve esperar que a transição que se faz de uma vida
de
pecados para uma de santidade seja algo fácil, natural e simples.
Não, isso não é. Todavia, o Novo Testamento nos ensina que
nenhuma pessoa verá a Deus sem a santidade (Hebreus
12.14); requer-se do homem ser perfeito em
santidade tal como é Deus Pai (Mateus 5.48). Essa santificação
deve controlar nossa vida presente em todos os seus aspectos; isto
é, em todo o nosso procedimento. Se já não consideramos fácil manter
uma conduta equilibrada, um comportamento sóbrio em toda a área
social que limita a nossa vida, como trabalho, escola, vizinhança,
o que dizer sobre a nossa maneira de viver no lar? Esta, para
muitos, tem-se constituído na válvula de escape por onde deixa
passar todo o seu recalque, mau humor e amargura, transformando o
ambiente que deveria ser considerado como o oásis, o refúgio
seguro, em um lugar onde impera o desamor, a discórdia e a
incompreensão. Simão Estilita, que viveu no quinto século da nossa
era, foi um daqueles indivíduos que se dedicaram completamente aos
exercícios espirituais, mortificando o corpo com todas as suas
tendências e inclinações carnais, tornando-se um eremita, um
solitário. Como tal, decidiu ele que passaria a viver numa
plataforma edificada no alto de uma coluna de vinte metros de
altura. Ali se deixou ficar por vários anos, conquistando finalmente
a fama de santo. Ouvindo o relato dessa história, a criança
planejou também uma plataforma para o seu recolhimento. Subiu
numa cadeira e depois colocou um banco sobre a mesa da cozinha e em
seguida acomodou-se no banquinho. Tinha o propósito de ali
permanecer como um asceta, assim como Simão. Depois de um quarto de
hora, chega a mãe no intuito de preparar o lanche. Presenciando
então aquela cena estranha, gritou com toda a energia:
Desce já daí, menino; não vê que acabará caindo e
esfolando o nariz? O garotinho, vendo ruir assim tão
rapidamente o seu plano tão sério, desceu aborrecido, resmungando,
inconformado: Puxa! Como é difícil ser santo na casa da gente!
Sem
a menor pretensão a criança, entretanto, disse, na sua
ingenuidade, uma grande e profunda verdade. De fato, não é simples
ser santo também no lar. Todavia, apesar de difícil,
é importante que mantenhamos um padrão elevado de
um
verdadeiro testemunho cristão e de um exemplo digno de
ser
imitado, especialmente no lar. Essas atitudes, quando
cultivadas com humildade, são capazes de influenciar a vida das
crianças de tal maneira que, ao se tornarem os pais de amanhã, elas
ainda conservarão dentro de si
uma grande bagagem de exemplos que passarão a ser transmitidos. |
Pecado
Mariana Nogueira
U.S.A. |
Equatoriana, seminarista. |
O Novo
Testamento emprega várias palavras gregas para descrever pecado,
entre elas hamartia, que significa transgressão ou infração;
e adikia, que significa maldade, injustiça. O pecado é
inimizade contra Deus (Cl 1.21) e desobediência a ele (Ef 2.2; 5.6).
Trata-se também de uma corrupção moral nos seres humanos, portanto é
um poder que escraviza e corrompe (Gl 3.22), o pecado tem suas
raízes nos desejos humanos (Tg 1.14; 4.1,2). O pecado entrou na raça
humana por meio de Adão (Rm 5.12), e a partir daí afetou a todos,
resultando num juízo divino (Rm 1.18); traz morte física e
espiritual (Gn 2.17) e só pode ser vencido pela fé em Cristo e em
sua obra redentora (Rm 5.8-11; Gl 3.13; Ef 4.20-24). A morte entrou
no mundo por meio do pecado e agora todos estão sujeitos à morte,
"porquanto todos pecaram...". A confissão do novo crente para vencer
o pecado dá-se em duas etapas: confissão para Deus, e confissão
diante dos homens (Rm 10.9). Ao cumprir estes dois requisitos o
homem nasce de novo "da água (palavra) e do Espírito"
(Jo 3.5) Recebe automaticamente poder sobre o pecado, mortificando
as obras do corpo (Rm 8.13) e seguindo sua nova vida em obediência a
Deus. Há que atentar somente em uma verdade bíblica prática, e é
que, o pecado não tem mais domínio sobre o crente, mas este ainda
pode deixar-se dominar pelo pecado se não fugir dele!
|