Deixados Para Trás
Não nos deixemos enganar, pois diga-se de passagem que no final não terá nenhum recaído dando o pescoço para ser cortado, ou suas veias para serem dessecadas, muito pelo contrário, serão eles que perfilarão para fazer coro junto com o Conselho de Igrejas do Anticristo; serão eles que denunciarão os judeus fiéis ao Comitê de Julgamento Sumário; serão eles que cantarão no grande coral orquestrado pelo Falso Profeta; serão eles que, pelas madrugadas tenebrosas, se embriagarão com o vinho da Grande Prostituta (Ap 17:1-5), a qual reconhecerá espiritualmente todos aqueles que antes do arrebatamento deitaram-se em suas camas malfazejas! E, mesmo porque, se na época da graça, com o Espírito Santo, com a Palavra, com a Igreja, não fizeram caso do Evangelho, deram as costas à Deus, muito menos naquela época, quando não terão ninguém, estarão abandonados. Os milhares que serão ceifados pela atrocidade diabólica do governo do Anticristo serão "aqueles que não estão contaminados com mulheres, porque são virgens... e estes, cantavam um cântico novo diante do trono" (Ap 14:3-4). A igreja não estará diante do trono, e sim no trono — Beema: "para que onde eu estiver, eles estejam comigo... ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono" (Jo 17:24; Ap 3:21).
A oportunidade ímpar oferecida por Deus aos gentios, que por muitos é desprezada, e até feito dela chacotas e escárnios, terminará! A Grande Comissão iniciou com uma prerrogativa de alcance mundial, “ide por todo o mundo” (Mc 16:15); aos amorosos encontros de Jesus com essa gente pobre, desprovida de carinho e pária da sociedade, ele sempre reafirmou terem eles muita confiança, e ainda disposto para lhes aumentar a fé em Deus (Lc 17:5); o sol que haveria de nascer para o Povo Eleito, seria por fim a esperança dos gentios (Mt 12:21); Pedro não foi poupado em descer do seu pódio elitista para, correndo, anunciar à Cornélio que Deus tinha boas novas para ele (At 10:22); e ao ladrão da cruz ofereceu um especial colorido à graça de Deus — “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23:43)! Nunca Deus ofereceu tanto tempo, amor e paciência como para conosco, os gentios: dois mil anos de pregação do Evangelho, seguidos de milagres e prodígios; dois mil anos de genocídios contra o povo de Deus, no objetivo e afã de encontrar alguém distante que pudesse erguer suas mãos à salvação; ninguém nunca foi tão amado, tão protegido e tão abençoado como temos sido eu e você! O tempo se aproxima, a contagem é regressiva e urgente, a página vai mudar, e, queiramos ou não queiramos, o Soberano Deus vai por fim em seu grande projeto de salvação — primeiro dos Judeus, depois dos Gentios.
Mas a insistência continua por parte daqueles que tentam direta ou indiretamente enganar aos crentes sinceros com suas incautas pregações: o que falar dos milhares que procederão de todas as nações, tribos, povos e línguas (Ap 7:9)? Primeiro, é que a igreja — gentios ou judeus salvos desde o tempo do ministério terreno de Jesus até o Arrebatamento — não cantará um cântico de Moisés e muito menos terá palmas nas mãos (Ap 7:9; 15:3)! Segundo, é que a fraseologia hebraísta nações, tribos, povos e línguas, não se refere aos Gentios, e sim a uma etnia judaica extraída dentre os gentios pela explosiva pregação do Evangelho do Reino pelos 144 mil evangelistas das doze tribos de Israel, e pela extraordinária presença das Duas Testemunhas durante os dois últimos terços da Grande Tribulação (Ap 7:3; 11:1-11)! A divina polarização dos milhares que ouvirão a pregação do Evangelho do Reino, e o aceitará, será um dos maiores milagres da história, seguido o da ressurreição! Os bem-aventurados que forem arrebatados, os infelizes que ficarem para trás pelo conto do vigário evangélico, contemplarão, uns de cima e outros de baixo, o maior milagre da história: brasileiros, chineses, russos, portugueses, africanos, ingleses, chilenos ou de quaisquer autóctones, serem identificados como israelitas: “porque nem todos os que são de Israel são israelitas” (Rm 9:6) — a mesma verdade é paralela, pois mesmo “destas pedras Deus pode suscitar filhos à Abraão” (Mt 3:9).
Conforme a estrutura genética e a genealogia horizontal judaica, os responsáveis por uma linhagem é o ser masculino. Daí, Jesus Cristo ter sido eleito rei por tríplice maneira: nascimento, herança e conquista! Dai, as duas genealogias de Jesus; a paternal apresentada no Evangelho de Mateus, e a maternal no Evangelho de Lucas, aparecerem ambas terminando em José. Israel teve três grandes diásporas: de dez tribos, durante o cativeiro da Assíria, no ano 721a.C.; de duas tribos durante o cativeiro da Babilônia, no ano 586a.C.; e dos remanescentes, durante a invasão do general Tito — o cativeiro de todas as nações, no ano 70d.C. A casa ficou literalmente deserta! Esta mistura de raças oriunda das diásporas, deu uma nova composição étnica para os descendentes de Abraão. Somente pelo grande milagre de Deus, é que, de entre as nações, povos, tribos e línguas, ele literalmente extrairá os 144 mil para serem os evangelistas durante a Grande Tribulação! O perfil Escatológico das Setenta Semanas de Daniel (Dn 9:24-27), assim como o reinício da pregação do Evangelho do Reino, designa, claramente, que a finalidade da Grande Tribulação, ou a última das setenta semanas, será exclusivamente para 1) salvação de Israel, 2) punição dos gentios, 3) julgamento das nações que apoiaram o povo de Deus e, 4) o estabelecimento do Milênio - nada mais nem nada menos!