Uma
Carta Estendida!
Rev. Élben Lens César
Brasil |
Brasileiro,
Pastor de Igreja em Viçosa, Minas Gerais |
“Recebendo,
pois, Ezequias as cartas da mão dos mensageiros, e
lendo-as; subiu à Casa do SENHOR; e Ezequias as estendeu perante o
Senhor.” (2Reis 19:14). O que fazer com o aviso prévio? O
que fazer com o resultado positivo da biópsia? O que fazer com a
confissão de infidelidade da esposa? O que fazer com a notícia da
morte do filho que estava fora do país? Momentos como estes exigem
muita sabedoria, muito acerto, muita calma. Existe um modelo que
pode ser seguido com a garantia de bom êxito. Trata-se da atitude
do rei Ezequias ao receber a carta de Senaqueribe, rei da Assíria.
A carta tinha o propósito de amedrontar o rei de Judá e minar
qualquer esperança de salvamento. Depois de ler a carta, Ezequias
subiu à casa do Senhor, estendeu a carta perante o Senhor e orou a
Deus. O que Ezequias fez é aquilo que Paulo ensina: “Sejam
conhecidas diante de Deus as vossas petições”. (Fp.4:6). Esta é
a base de sustentação. Este é o início de qualquer reação,
o primeiro passo acertado, embora não o único. Foi assim que Ana
também fez. Ela “estendeu a carta perante o Senhor”, isto é,
expôs o seu problema, o seu drama, a sua miséria. Ela desfiou seu
rosário de lamentações diante de Deus: sou estéril, quero um
filho, a rival me irrita, o marido não me entende, não agüento
mais, acho que vou enlouquecer (1Samuel 1:9-18). Ezequias não
fechou a carta, não a rasgou, não a queimou, mas estendeu-a
perante o Senhor. Ainda mais que a carta falava mal do próprio
Deus, punha em dúvida o seu caráter e o comparava aos deuses
fracos das outras nações já submetidas ao poder da Assíria. Na
oração, Ezequias suplicava: “Inclina, ó Senhor, o teu ouvido, e
ouve; abre, Senhor, os teus olhos, e vê” (2Rs.19:16). O rei de
Judá reconheceu que os reis da Assíria assolaram todas as nações
vizinhas porque os seus deuses não eram deuses, senão obra de
homens. Além do benefício emocional do método da carta estendida,
“naquela mesma noite, saiu o anjo do Senhor e feriu o arraial dos
assírios a cento e ointenta e cinco mil”. Então Senaqueribe
retirou-se e voltou para Nínive, sem atacar Jerusalém. Pouco
depois foi morto por dois de seus próprios filhos, enquanto adorava
o seu deus (2Rs.19:35-37).
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As
Bem-Aventuranças
Manuela
Barros
E.U.A. |
Brasileira,
Professora e Diretora de Evangelismo. |
As
Bem-Aventuranças são parte inerente ao conhecido Sermão da
Montanha, que está descrito no Evangelho segundo São Mateus nos
capítulos 5 à 7. Trata-se de uma descrição do carácter daqueles
que já entraram no Reino, descrevendo a qualidade da vida ética
que agora, se espera dos tais. Este discurso de Jesus foi proferido
no primeiro ano de seu ministério público, imediatamente depois da
escolha dos doze. Pode-se supor por uma ordem natural que a cena do
Sermão teria sido uma das colinas que rodeavam a planície do
norte. Foi diretamente direcionado aos seus discípulos, àqueles
que ao conhecer Jesus buscavam o seu Reino,
apesar de proferido à uma multidão de pessoas. As nove
bem-aventuranças apontam a recompensa divina para aqueles que
renunciam-se a si mesmos em função de obter e manter qualidades e
atitudes inerentes ao cristão, tais quais as que foram por Jesus
realçadas: os pobres de espírito, os que choram, os mansos, os
que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de
coração, os pacificadores, os que sofrem perseguição por causa
da justiça e os que forem injuriados ou vítimas de mentiras e
maledicências. Na finalização deste pequeno discurso, o
Mestre exorta aos seus ouvintes a alegrarem-se no galardão que
haveriam de receber pela sua obediência, fidelidade e perseverança.
Jesus, pouco a pouco em seu ministério, estava ensinando e
revelando à humanidade acerca do Reino de Deus e do plano do Pai
para resgate do homem da perdição eterna, e neste caso, da nova
vida em que os seus seguidores haveriam de permanecer, durante o
tempo de sua peregrinação neste mundo.
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