O
Batel da Obediência!
Rev.
Ricardo César
Brasil |
Brasileiro,
Pastor da Igreja Presbiteriana Memorial. |
"Veio a Palavra
do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: dispõe-te,
vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque
a sua malícia subiu até mim. Jonas se dispôs, mas para fugir
da presença do Senhor, para Társis” (Jonas 1: 2,3-a).
O Senhor é Eterno, Soberano e Perfeito, enquanto o homem, caído e
dependente. Os Seus decretos não podem ser frustrados, Seu caminho
é claro, objetivo e seguro; contudo, muitas vezes, nosso espírito
- por natureza teimoso e contestador, nos leva a alongar
demasiadamente a caminhada em direção à Sua vontade manifesta em
nossos corações. Por isso, o linear caminho do Senhor pode
eventualmente nos parecer tortuoso e incerto. Jonas entendeu muito
bem qual era a vontade do Senhor quando Este determinou que fosse a
Nínive, levar um recado Seu. Tratava-se de uma sentença de destruição
e morte para aquela cidade. Por sua conta e risco, afrontou o
comando divino e resolveu seguir por outro caminho, sem desconfiar
do preço que pagaria por sua desobediência. Diz o texto que,
depois de receber a ordem diretiva, ele se aprontou para fugir do
Deus Eterno, e entrou num barco que ia em sentido oposto [Társis].
No final das contas, foi parar no ventre de um grande peixe, por três
noites e três dias - tempo bastante para pensar no erro e nas
conseqüências para aqueles que fogem da presença e da vontade de
Deus! Entre a ordem do Senhor e o nosso obedecer há sempre um porto
repleto de barcos – apenas um batel é o da obediência; quantos
aos outros, nada mais são do que alternativas inócuas, falsas saídas
de emergência, subterfúgios para descumprir a Sua determinação.
Vez por outra encontramos pessoas sem norte, sem saída, em
labirintos, desprezando e desistindo da direção de Deus para as
suas vidas, lamentavelmente optando pelo “cômodo” barco do para
mim não há mais jeito! Precisamos
sim, buscar ardentemente a vontade do Senhor, sempre e sob
quaisquer circunstâncias. Se, por algum erro “no embarque”,
fomos parar no ventre do "grande peixe da desobediência",
não há tempo, nem lugar mais adequado, ainda que desconfortável, para clamar. Jonas clamou, e Deus o socorreu, reconduzindo-o ao
centro da Sua soberana vontade. Por que seria diferente conosco?
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A
Ressurreição
João
Luís Cabral
E.U.A. |
Angolano,
Professor e Diretor de Música. |
É
uma das doutrinas fundamentais das Sagradas Escrituras. Do latim, ”Resurrectione”
que significa regresso da morte à vida, ou seja, o ato de
ressurgir (latim, resurgeré) - surgir de novo, ressiscitar,
voltar à vida. A palavra Ressurreição
aparece mais de 40 vezes nas Escrituras e o seu vocábulo verbal
mais de 160 vezes. Há dois termos originais gregos que dão o
sentido natural da palavra ressurreição: 1) ‘Anastasis’, que quer dizer tornar a vida, levantar-se; e, 2)
‘Egeiró’, que
significa acordar, despertar. Apesar de, o termo ressurreição
não aparecer no Antigo Testamento de modo proeminente, temos
exemplos de homens de Deus que criam nesta doutrina, como Abraão (Hb
11:17-19), Jó (Jó 13:15; Jó
19:25-27); Daniel (Dn 12:2,3), e outros mais. A
doutrina da ressurreição foi revelada de forma progressiva,
pela expressão tenaz do patriarca Jó, “Ainda que ele me mate,
nele esperarei; ” (Jó 13:15), também a determinante
atitude de fé e obediência do patriarca Abraão no monte Moriá
de tomar seu filho para sacrificar ao Senhor (Gn 22:1-16),
chegando à revelação mais clara de Daniel 12:2, que espelhou duas
fases da ressurreição: 1°)
A Ressurreição do Santos,
que ocorrerá no advento do arrebatamento da Igreja de Cristo Jesus; os quais
comparecerão ante o Tribunal de Cristo para serem galardoados. (Hb 11:13-16; I Ts 4:16,17; Jo 5:28,29; I Co 15). 2°)
A Ressurreição dos homens ímpios,
que vai se dar no final do Milênio ao comparecerem ao Trono Branco
para a condenação eterna (Ap 20:11-15). A Bíblia faz mensão de três tipos de
ressurreição: a) A Ressurreição Nacional, relacionada
directamente com a restauração de Israel; b) A
Ressurreição Espiritual, que se refere a todo o
homem, ressurreição do espirito do homem que está morto
para com Deus; e, c) A Ressurreição Física,
a qual está acima supracitada. Havia dois grandes grupos religiosos
que disputavam acerca da ressurreição: Os Fariseus
que nela criam, e os Saduceus que não criam, dos
quais Jesus confrontou com palavras de sabedoria irresistível. (Mt
22:23,31,32). A maior e mais poderosa evidência da Ressurreição
sucedeu na morte de Jesus no calvário, em que “ abriram-se os
sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram
ressuscitados.” (Mt 27:52,53). Aonde quer que estejam os corpos
dos santos, pela Palavra do Senhor se
agregarão para a ressurreição, e nós os que ficarmos
vivos seremos transformados, todos seremos glorificados para vida
eterna com o Senhor; porém para os ímpios, os aguarda o lago de
fogo e enxofre, para vergonha, desprezo e morte eterna, por não
crerem no Nome do Unigênito Filho de Deus, o Primogênito dentre
os mortos (Jo 3:18; Sl 9:17; Jo 11:25 Cl 1:18) .
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