Um historiador uma certa feita afirmou: “posso discordar de tudo que dizes, porém, defenderei até a morte o direito de o fazeres!” Existem afirmações tão incoerentes na história que até dificultam o próprio interlocutor entendê-las. Louvamos a Deus pela Nação de Israel, pois foi deste tronco que Deus enxertou os gentios; louvamos a Deus por todo seu processo histórico e traumático, pois por sua rejeição Deus extendeu a sua misericórdia a todos os homens, independente da raça que pertencesse, deus que service ou estado pecaminoso que vivesse! Entretanto, para nós cristãos, nascidos de novo, fica difícil entender um endurecimento de coração e uma irracionalidade tal por parte dos Judeus, em rejeitarem, condenarem e cometerem o homicídio mais vil da história contra o seu próprio Messias - Jesus Cristo! Por isso ele pôs à parte este povo: “Portanto eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos” (Mateus 21.43). E não adianta os rabinos conservadores dizerem que estas escrituras são expúrias, porque a escatologia histórica e a vida da igreja estão aí para provar exatamente ao contrário! Agradecemos a Deus que, pela sua infinita misericórdia e pelos dolorosos momentos que os Judeus ainda hão de passar no final da Grande Tribulação, a nação será salva e restaurada!
Quando Jesus confrontou os Fariseus (a mais refinada casta judaica) acerca de sua eufêmia liberdade, seus rostos coraram, e inflamados responderam: “Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tú: sereis livres?” Que incoerência, não foi? O povo Judeu em toda a sua história, apesar de ter tido certos privilégios conferidos unicamente por Deus, nunca, em verdade, viveram uma vida de liberdade plena, e sim de uma relicária escravidão. Pois a própria história poderia questionar: quem serviu ao Egito por 400 anos; quem serviu ao rei da Mesopotâmia por 8 anos; quem ficou preso nas mãos dos midianitas por sete anos; e quem por 40 anos serviu à Filístia; quem serviu a Babilônia por 70 anos; sem contar com os 400 anos de “silêncio”, a vergonhosa servidão tributária romana e a disáspora moderna? E, ainda como eles mesmos afirmaram na morte de Faraó: “os filhos de Israel suspiram por causa da servidão.” Como não serviram a ninguém? Mesmo assim, tudo era irrelevante ao que Jesus pretendia argumentar e ensinar - a liberdade ou escravidão espiritual!
Matthews Henry fez uma feliz colocação: “um coração carnal só é sensível aos reclamos das coisas do corpo, do temporal e dos negócios seculares - fale com ele acerca da liberdade civil; dos problemas trazidos para as suas propriedades; dos furacões que destróem suas casas; e ele entenderá muito bem! Argumente, entretanto, acerca da prisão espiritual; dos vícios que dominam suas mentes; do egocentrismo e da avareza fétida que enegrece a sua moral; do pecado que lhe pode levar à perdição eterna; e ele lhe responderá, intrépido e pejorativo, como fizeram os Judeus a Ezequiel: Ah! Senhor Jeová! Eles dizem de mim: não é este um dizedor de parábola?” Amados surfistas, sejamos, portanto, bons ouvintes, a fim de que possamos entender quando estamos verdadeiramente livres ou correndo o risco de uma caliginosa escravidão, pois, como ele mesmo disse: “se pois o Filho do Homem vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8.36).
Posted: on July 8th, 1998.
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