Este texto é o primeiro de uma série de seis textos, cujo objetivo é apontar a realidade da iminência da vinda de Jesus através dos acontecimentos que assistimos pela mídia nos últimos anos, meses e dias. Há seis focos distintos, porém interrelacionados, da profecia bíblica que predizem o início do próximo capítulo da humanidade, que se inaugurará com o arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.17). São eles: os sistemas sócio-políticos, a economia, Israel, as demais nações, o mundo Islâmico e a Igreja. Começaremos com os sistemas sócio-políticos. Para entender a importância da política na apreciação da escatologia bíblica é necessário olharmos para o sistema poítico que entrará em vigor imediatamente depois do arrebatamento da Igreja, ou seja, o governo do Anticristo, o qual durará sete anos. A população mundial não pode mudar seu caminho político de um dia para o outro, geralmente estas mudanças são progressivas, por fim revolucionárias, e então transitam ao poder ou liderança de um determinado Estado, ou até, como veremos, num contexto global. Quero dizer que o mundo deve estar socio-politicamente preparado para o que está predito quanto ao aparecimento e reinado do Anticristo. O que se conhece biblicamente quanto ao seu governo? Um homem de extrema eloquência e superior aparência (Dn 7.20); um governo próspero de caráter mundial (Dn 8.24,25, Ap 13.1,2); um homem que demostrará poderes extraordinários dados por Satanás, e grande capacidade de engano e persuasão (2 Ts 2.9,10), tal será seu engano e capacidade política que logrará um concerto de paz com Israel na primeira metade de seu governo (Dn 9.27). Vale ainda lembrar que no contexto de Mateus 24 e Lucas 21, o mundo estará em cáos, problemas econômicos (fome) e políticos (guerras e rumores de guerra) serão uma realidade global. Olhando para a realidade política atual do mundo, podemos encontrar basicamente três sistemas de governo: o capitalismo, o socialismo/comunismo e o governo islâmico (Charia). É evidente que as Escrituras Sagradas não endossa nenhum destes sistemas, mas ao mesmo tempo há características que foram legadas pelo Criador ao homem, explicitadas na Bíblia, que são protegidas por um sistema e despresadas por outros. Estas características são a liberdade de escollha (Js 24.15), a prosperidade do indivíduo (Gn 13.5,6), a caridade individual voluntária (2 Co 11.15), e o apoio ao Evangelho e ao povo de Deus em geral. Vale enfatizar que nenhum destes sistemas é perfeito ou vindicado pela Bíblia, o sistema perfeito é a total obediência à Palavra de Deus, e o governo perfeito na Terra só se dará no Milênio (Ap 20.4). O capitalismo é este sistema que mais reflete e proteje estas caracteríticas legadas por Deus ao homem. Este sistema foi vivido pelos primórdios da humanidade que trocavam os seus bens (lavoura e animais) e tão somente evoluiu com o crescimento demográfico para o que hoje conhecemos. Há problemas e injustiças neste sistema? Claro que sim! Por causa do pecado no coração do homem, que alimenta a ganância e a veicula pela mentira e defraudação. Mas mesmos os antigos, quando este sistema não existia, ou melhor, não tinha nome, viviam a mesma realidade em escala proporcional, eles fraudavam o peso de suas balanças (Pv 11.1), e hoje as fraudes são encontradas nas corporações e governos. No entanto o capitalismo historicamente apoia e defente a liberdade, a prosperidade individual e foi o pilar financeiro para o avanço do Evangelho no mundo e a proteção de Israel. Mas, será que o capitalismo pode estar em seu pleno vigor quando o Anticristo vier reinar? É necessário que o mundo esteja uniformizado em um sistema que, ao contrário do capitalismo, seja apático ao Evangelho e à Israel (ou inimigo deles), um sistema que tenha cunho de liderança Estatal ou até global, que aceite um grande líder que venha através de seu governo solucionar os problemas sociais e econômicos do mundo, um sistema que veicule em sua propaganda a redistribuição de renda e igualdade da sociedade (não individualmente voluntária como ensina a Bíblia, mas dirigida pelo governo), o mundo até estará pronto para um sistema que no pragmatismo da redistribuição de renda, tenha, no tempo do Anticristo um acesso ao banco de dados do governo através de um sinal laser na mão ou na testa (Ap 13.16-17), um avanço da caderneta usada em Cuba e na antiga URSS. Sim, o capitalismo tem que abrir caminho para um governo que está profetizado. É isto que você e eu temos assistido nestes últimos meses, a revolução que dará cabo a este sistema. Encendida no Oriente Médio, alastrada na Europa e agora atinge o coração do capitalismo, os Estados Unidos da América. Os comunistas e islâmicos, inimigos do capitalismo, que estiveram se infiltrando nas últimas décadas, primordialmente nas universidades e sindicatos, projetaram, financiaram e propagaram esta revolução, agora já estão vendo áureo seu sonho. A economia manipulada por grupos de interesse, inclusive governos, toma parte essencial na erupção desta revolução. Os artistas, professores, cinematógrafos (como Michael Moore), políticos (como presidente Obama), investidores milionários (como o húngaro George Soros), junto a uma massa de gente revoltada alçam vozes para a queda do capitalismo, e vai cair, ou ao menos estará em cinzas de tal maneira que não terá expressão ante ao iminente governo global, porque Deus assim permitirá. Vitória para alguns, tristezas para outros, mas para a Igreja, a consciência de que Jesus está às portas!
"Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do homem” (Lc 21.36). O vocábulo vigilância aparece nas Sagradas Escrituras nas suas mais variadas formas verbais com conotação de alerta divina. A palavra vigilantia do Latin significa ato de vigiar, estado ou qualidade de quem é ou está vigilante, estado de quem está alerta, cuidado ou atenção desvelada, estar desperto, precaução, cautela, e diligência. A vida dos filhos de Deus neste mundo deve ser de constante vigilância. A oração e a vigilância são virtudes inseparáveis. Do grego népsate eis proseuchás, são recomendações enfáticas do Senhor Jesus e seus apóstolos: Vigiai e orai para estar preservado até a vinda iminente do Senhor, para não entrar em tentação e estar firmes na fé (Mt 26.41; Mc 13.33; 1 Co 16.13). O crente vigia em oração e quanto mais ele ora, mais alerta ou vigilante fica. O apóstolo Pedro visando o fim dos tempos recomenda, dizendo: “E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração” (1 Pe 4.7). A sobriedade é indispensável na vida cristã. O capítulo 5 e versículo 8 de 1ª Pedro também adverte a estar sóbrio e vigiar por causa do diábo que anda em derredor buscando a quem possa tragar. A recomendação do apóstolo Paulo paralela a esta verdade bíblica, é: “Não durmamos pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios” (1 Ts 5.6). Segundo as Escrituras Sagradas, a sobriedade é revenida da fé, do amor, e da esperança da salvação (1 Ts 5.8). As sociedades antigas possuiam guardas de vigia conhecidos de sentinelas ou atalaia, como a Bíblia menciona (2 Rs 9.17). O atalaia era posicionado num ponto muito alto chamado de Torre de Vigia ou torre dos atalaias, com a finalidade de avisar ao povo qualquer movimento ou perigo contra a cidade (2 Rs 18.8; Is 21.8). A torre de vigia tinha duas finalidades distintas: 1) Proteger o gado nos campos de pasto contra os animais ferozes e ladrões; 2) Como obra de defesa e alerta contra qualquer hostilidade contra as cidades (2 Cr 26.10; Mq 4.8; 2 Sm 18.24-27). Entretanto, o Salmista reconhece que a verdadeira proteção vem do Senhor afirmando que se o Senhor não guardar é vão o trabalho do sentinela (Sl 127.1). O profeta, como arauto de Deus ao povo, foi constituido por Deus como atalaia espiritual para alertar o povo de qualquer juízo vindouro (Ez 33.1-11). “Sobre a minha guarda estarei, e sobre a fortaleza me apresentarei e vigiarei, para ver o que fala comigo, e o que eu responderei, quando eu for arguido" (Hc 2.1). A igreja de Cristo Jesus foi posta como atalaia no meio desta geração perversa e corrompida anunciando o juízo vindouro, a graça e o amor de Deus enquanto ela resplandece como astros no mundo, retendo a Palavra da vida (Mc 16.15-20; Fp 2.15-16). Na igreja local, Deus colocou pastores, bispos, ou o anjo da igreja, segundo a referência bíblica de Apocalípse, que como atalaias vigiam o rebanho do Senhor que os chamou (1 Ts 5.12-13; Ap 2.1,8,12,18; 3.1,7,14). Vigiar derivado do Latin vigilare significa estar atento a qualquer perigo ou velar por algo ou alguém. A Palavra de Deus exorta dizendo: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil” (Hb 13.17). Na vida da igreja, a oração deve ser velada com ação de graças em perseverança (Cl 4.2). Em suma, a vigilância é a qualidade de todo crente sóbrio, temente a Deus, e vigilante que com paciência aguarda a bem aventurada esperança de Cristo, seu Senhor e Salvador.