As festas de amor, mencionadas por Judas, era um banquete seguido pela Ceia do Senhor, onde Paulo relata alguns excessos perigosos que foram cometidos na Igreja em Corinto. Por causa desta imprudência, por volta do século sétimo, chegou-se até a ameaçar-se de exclusão quem realizasse festas de amor nas comunidades cristãs. O ritual de comerem uma refeição normal quando todos estavam reunidos para participar da Ceia, ainda era costume entre os cristãos. Essa ceia era chamada de Agapao — amor puro e divino. Cada um trazia de sua casa a refeição, outros a preparavam no lugar onde se reuniam. Na verdade, era compreensível aquela refeição, quando se juntavam para participar da Ceia, pois muitos saindo de suas casas ainda cedo, muitas vezes de carroças, montados em animais ou vindo a pé, chegavam cansados, sedentos e famintos. Em verdade, era até aceitável, uma vez que os crentes perdendo lugar na sociedade contemporânea, buscavam a gregária substituição entre seus próprios irmãos. A Festa de Amor tornou-se a prolongação da Santa Ceia. Ai chegou a tragédia histórica, para a qual todo o crente deve atentar: a substituição da causa pelo efeito; do espiritual pelo temporal! Por isso devemos viver uma vida livre, guardando-nos de sermos escravos das inexistentes preocupações, como apresentado figurativamente no conto de Natal de um menor: "Um amigo meu, chamado Paulo, ganhou um automóvel de presente de seu irmão no natal. Na noite de Natal, quando Paulo saiu de seu escritório, um menino de rua estava andando em volta do seu reluzente carro novo, admirando-o. Paulo assentiu, e disse: meu irmão me deu de Natal. O garoto ficou boquiaberto, e respondeu: quer dizer que foi um presente de seu irmão e não lhe custou nada? Rapaz, quem me dera... hesitou ele! É claro que Paulo sabia o que ele ia desejar - Ele ia desejar ter um irmão como aquele. Mas o que o garoto disse chocou Paulo tão completamente que o desarmou: Quem dera - continuou o garoto - ser um irmão como esse." Naquela noite de Natal, Paulo aprendeu o que Jesus queria dizer, quando mencionou: "Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" (Atos 20.35)!
A ceia do Senhor, também conhecida por Santa Ceia, é uma das duas ordenanças de Jesus à Igreja: Batismo nas águas e a Santa Ceia. A ceia portanto é um memorial, é uma celebração exclusiva da igreja de Jesus, onde os crentes salvos recordam a morte expiatória de Cristo Jesus, com o fim de redimir o homem da condenação eterna. A Santa Ceia veio substituir a Páscoa; que era uma festa judaica que celebrava o livramento da escravidão do povo de Israel no Egito. Somente aqueles que foram perdoados pelo sangue de Jesus têm o direito de tomar a ceia do Senhor. O elementos usados neste ato solene são: o pão e o vinho (fruto da vide). O pão partido em pedaços, simboliza o corpo de Jesus que foi partido e maltratado rumo até chegar ao Calvário. O cálice (vinho) simboliza o sangue de Jesus que foi derramado em prol do homem pecador, não mais para cobrir como era os sacrifícios de animais exigido pela Lei, mas sim retirar o pecado. Esta foi uma ordenança de Jesus antes de ascender ao céu. A ceia foi instituída por Jesus (Mt 26.26-29). Na celebração da última páscoa de Jesus com os seus discípulos, Ele inaugura a Ceia do Senhor antes da sua morte. No livro dos Atos a ceia é mencionada como “partir do pão” (At 2.42). Jesus ordenou que a santa ceia fosse celebrada até a sua segunda vinda. A ceia do Senhor é um ato que dá testemunho da comunhão dos crentes uns com os outros e com Cristo. A condição necessária para tomar a Ceia do Senhor é ser batizado nas águas, estar em comunhão com Deus. Isto implica, primeiramente ser salvo, ter sido perdoado pelo salvador Jesus, estar com a consciência limpa, algum pecado cometido deve ser confessado, estar em comunhão com Deus e a igreja. O apóstolo Paulo enfatiza na sua palavra acerca da ceia: “examine-se pois o homem à si mesmo e assim coma deste pão e beba deste cálice”, para que não tome de uma forma indigna, para sua própria condenação. (1 Co 11.28,29). Assim como o batismo nas águas é um testemunho para o mundo que o crente está em comunhão com os céus, da mesma maneira na Ceia, ela dá testemunho que o salvo está em comunhão com Deus e com a Igreja.