Editorial

FESTA DE AMOR

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente da Regional Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA

As festas de amor, mencionadas por Judas, era um banquete seguido pela Ceia do Senhor, onde Paulo relata alguns excessos perigosos que foram cometidos na Igreja em Corinto. Por causa desta imprudência, por volta do século sétimo, chegou-se até a ameaçar-se de exclusão quem realizasse festas de amor nas comunidades cristãs. O ritual de comerem uma refeição normal quando todos estavam reunidos para participar da Ceia, ainda era costume entre os cristãos. Essa ceia era chamada de Agapao — amor puro e divino. Cada um trazia de sua casa a refeição, outros a preparavam no lugar onde se reuniam. Na verdade, era compreensível aquela refeição, quando se juntavam para participar da Ceia, pois muitos saindo de suas casas ainda cedo, muitas vezes de carroças, montados em animais ou vindo a pé, chegavam cansados, sedentos e famintos. Em verdade, era até aceitável, uma vez que os crentes perdendo lugar na sociedade contemporânea, buscavam a gregária substituição entre seus próprios irmãos. A Festa de Amor tornou-se a prolongação da Santa Ceia. Ai chegou a tragédia histórica, para a qual todo o crente deve atentar: a substituição da causa pelo efeito; do espiritual pelo temporal! Por isso devemos viver uma vida livre, guardando-nos de sermos escravos das inexistentes preocupações, como apresentado figurativamente no conto de Natal de um menor: "Um amigo meu, chamado Paulo, ganhou um automóvel de presente de seu irmão no natal. Na noite de Natal, quando Paulo saiu de seu escritório, um menino de rua estava andando em volta do seu reluzente carro novo, admirando-o. Paulo assentiu, e disse: meu irmão me deu de Natal. O garoto ficou boquiaberto, e respondeu: quer dizer que foi um presente de seu irmão e não lhe custou nada? Rapaz, quem me dera... hesitou ele! É claro que Paulo sabia o que ele ia desejar - Ele ia desejar ter um irmão como aquele. Mas o que o garoto disse chocou Paulo tão completamente que o desarmou: Quem dera - continuou o garoto - ser um irmão como esse." Naquela noite de Natal, Paulo aprendeu o que Jesus queria dizer, quando mencionou: "Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" (Atos 20.35)!

Glossário

C R U C I F I C A Ç Ã O

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC, na Flórida - Estados Unidos

Uma das formas mais dolorosas e degredadas de pena capital, usada nos tempos antigos para punir ladrões, criminosos ou pessoas acusadas de sedição política. Dentre apedrejamento, morte à espada ou decapitação, o uso da crucificação foi usado entre os Assírios, Persas, Gregos e em maior escala pelos Romanos. Tal punição foi usada primariamente para escravos, por ser uma morte barbárica para os cidadãos. Nos tempos de Cristo, a punição era usada para qualquer inimigo do Estado, ainda que cidadãos romanos só poderiam ser crucificados com ordem expressa de César. De acordo com a Lei dos judeus, todo aquele que era pendurado no madeiro, seria maldito de Deus, e estaria fora das promessas e aliança do seu povo (Dt 21.22-23). Uma pessoa condenada a crucificação nos tempos de Jesus era primeiramente açoitada com chicote que consistia de várias pontas, com pedaços de metal ou osso em suas extremidades. Este processo era designado para acelerar a morte da pessoa, quando fosse pendurada na cruz. Após ser açoitada, a vítima era forçada a levar sua cruz ao local de execução. Uma inscrição com o crime da pessoa era colocada acima de sua cabeça, ou pendurada no seu pescoço (Cl 2.14). Ao chegar ao local da crucificação, a vítima poderia ser amarrada à cruz (método normal que poderia levar dias para sua morte) ou cravada na cruz (se o objetivo fosse acelerar a morte, como foi no caso de Jesus, por causa da Festa da Pascoa). Os cravos eram transpassados no pulso ao invés das mãos, a fim de suportar o peso do corpo pendurado na cruz. Os pés também eram postos juntos e cravados no madeiro. Geralmente a pessoa morria pela falta de circulação do sangue ou asfixia. Se a vítima fosse amarrada, poderia levar dias de grande dor enquanto as extremidades do corpo viriam a sofrer gangrena pouco-a-pouco. Por isso, muitas vezes os soldados quebravam as pernas da vítima para acelerar sua morte. As crucificações eram realizadas geralmente em lugares públicos, onde o corpo era deixado exposto não só ao vitupério, humilhações e também a apodrecer e decompor. Outras vezes o corpo da vítima era retirado da cruz e deixado no campo para ser comido por aves de rapina ou por animais selvagens. A prática da crucificação só foi abolida após a tal conversão do imperador Constantino ao Cristianismo. Jesus predisse sua morte muitas vezes (Mc 9.31; 10.33-34; Jo 3.14). Seu sacrificio era necessário para que a humanidade pudesse ser salva por Ele (Mc 8.31). Ele foi o Cordeiro imolado antes da fundação do mundo (1 Co 5.7), pois ao Pai agradou moê-lo, fazendo-o enfermar, quando a sua alma se puser por expiação do pecado (Is 53.10). A palavra da cruz é o centro do Evangelho e poder de Deus (1 Co 1.18). A mensagem da cruz é o âmago da missão da Igreja (1 Co 1.23). A cruz é o fundamento da nossa salvação (Rm 3.24,25; Cl 1.20). Paulo exorta aos crentes da Galácia que todos os desejos, todas as paixões, todas as concupiscências devem estar crucificadas com Cristo (Gl 5.24). Todos os interesses carnais e mundanos devem estar mortos para o salvo (Gl 6.14). Com confiança o Apóstolo podia dizer: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.19).

Esboço

A MORTE DE JESUS

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC, na Flórida - Estados Unidos



Texto de Memorização
"E, clamando Jesus com grande voz disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E havendo dito isso, expirou" (Lucas 23.46).
Texto da Lição
Lucas 23.44-50

Lc 23.44 - E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol; 45 - E rasgou-se ao meio o véu do templo. 46 - E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou. 47 - E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo. 48 - E toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos. 49 - E todos os seus conhecidos, e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galiléia, estavam de longe vendo estas coisas. 50 - E eis que um homem por nome José, senador, homem de bem e justo.
    1. O INJUSTO JULGAMENTO DE JESUS
  1. Seu aprisionamento - no Getsêmani: Lc 22.52,53; Mc 14.48,49; Jo 18.12,13
  2. Sua acusação - no Sinédrio: Lc 22.63-71; 23.1,2 Mt 26.59-61,63-67
  3. Sua sentença - na Audiência: Lc 23.20-25; Mc 15.9-11; Jo 19.10-13
    2. O SOFRIMENTO QUE ANTECEDEU A MORTE DE JESUS
  1. O abandono dos Discipulos: Sl 41.9; Mt 26.31,56; Lc 22.44-48,60-62
  2. A rejeição e afronta dos Judeus: Lc 23.17-19; Mt 23.24; 27.40; Jo 18.29-31; 19.7,15
  3. A barbaridade dos Romanos: Mc 15.16-20; Jo 19.1-5; Mt 27.27-31
    3. O PODER GLORIOSO DA CRUZ DE JESUS
  1. Seu poder redentivo: Cl 1.20; Rm 3.24-25; Ef 1.7
  2. Seu poder substitutivo: Cl 2.14; Gl 3.13; 2 Co 5.21; Is 53.5; Mc 10.45
  3. Seu poder reconciliador: Ef 14-16; Rm 5.10; 2 Co 5.17-19