Editorial

TRÊS ATITUDES NOCIVAS DOS DISCÍPULOS

Manuela Costa Barros Estados Unidos

Brasileira, Primeira Tesoureira, professora da EBD, Youth Alive Band, Deã Acadêmica do STB.

Na explicação do capítulo nove do Evangelho de Lucas, nós encontramos três deslizes dos discípulos, um atrás da outro. Vejamos quais foram eles. O primeiro foi à discussão sobre qual deles seria o maior. Pelo texto, Jesus não escutou nada desta conversa, mas “vendo o pensamento do coração deles...” (Lc 8.47), os redarguiu. Jesus tomou consigo uma criança e disse que o maior no Reino dos céus, é aquele que se torna humilde como esta criança (Mt 18.4). Veja a expressão “se torna”, porque ser humilde, não é natural em nós. Lembre-se que Jesus viu o pensamento do coração deles, portanto, é claro que nós não estamos evocando uma humildade social, estética, mas aquela genuína, do coração que se torna capaz de verdadeiramente considerar os outros superiores a si mesmos (Fp 2.3). O segundo deslize segue está no texto, João veio representando os discípulos para contar pra Jesus que eles viram um sujeito expulsando demônios em nome de Jesus, mas que ele não era dos que seguiam a Jesus. Cheio de si, como quem zelando pelo Mestre, confiante de que estes “poderes especiais” era para uma classe seleta, João diz: “nós o proibimos”. Que feio! A resposta de Jesus: “Não o proibais, porque quem não é contra nós é por nós.” (Lc 8.50) Que lição para nós! Se alguém está genuinamente trabalhando em prol do Reino de Deus, ele é dos nossos, não importa que não seja do nosso grupo seleto, da nossa igreja local, ou mesmo da nossa denominação. Alguém sem credenciais ministeriais pode perfeitamente ser usado pelo poder de Deus, e para glória do seu nome. Deus usa a quem quer, quando quer e como quer! Mas alegrar-se em ser usado por Deus é uma coisa, mas ver alguém ser mais usado que nós somos outros quinhentos. Parece que a lição da humildade aparece aqui uma vez mais. As dádivas espirituais são dadas a muitos, pela graça e não pela lei, mas, vale lembrar, que a todos os que receberem, por elas haverão de dar contas a Deus, e se por acaso, estes que não andavam com os discípulos, atuvam em um coração não puro, ou por vanglória, não nos enganemos, Deus tudo vê, e a seu tempo julgará, mas por agora, juntemos forças em humildade para o Reino de Deus. O terceiro deslize veio logo depois. Jesus tinha que ir à Jerusalém, porque lhe era chegada a hora, mas para chegar lá tinha que passar por Samaria. Enviou alguns dos discípulos para prover pousada numa das aldeias dos Samaritanos. Mas o pessoal daquela aldeia, vendo que eles eram judeus indo pra Jerusalém, negou hospedagem. Quem não ficaria indignado com isso? Certamente os discípulos ficaram, veja a que ponto: Tiago e João foram a Jesus, contaram o que aconteceu e disseram: “queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?” (Lc 8.54). Não sei se eles aprenderam da experiência anterior e desta vez ao menos perguntaram a Jesus antes, ou se eles não tinham certeza que Deus lhes daria tal poder, mas com o aval de Jesus, certamente eles poderiam aflorar o seu “zelo de Deus”. Quantos de nós, discípulos de hoje, desejamos ver destruídos aqueles que se opõem a nós. Não concordam com nossas ideias, falam contra nós, nos querem ver pelas costas, negam-se a cooperar conosco, e assim por diante, você já entendeu de quem estamos falando. Especialmente quando estamos sinceramente obedecendo a uma ordem de Jesus, como era o caso em questão dos discípulos, nossa reação é como a deles, pedimos a Deus que os destrua, e no nosso coração, se Deus não fizer, nós achamos um jeito de fazer justiça, ou ao menos, os colocamos em nossa lista negra. Mas uma coisa nós nos esquecemos, Jesus não tem lista negra, ele aplica a graça a todos, e nós mesmos já fomos vítimas desta bendita graça e paciência de Deus. Jesus lhes respondeu: “Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.” Quem de entre nós não poderia ser “o primeiro a atirar a pedra” nos discípulos de Jesus? Penso que em um ou outro tempo de nossa carreira cristã somos vítimas dos mesmos sentimentos e atitudes que eles foram. Porém podemos agora mesmo aprender com os seus altos e baixos, e vigiar para que essa história não mais se repita em nós. Deus seja louvado!

Glossário

FALSO TESTEMUNHO

Sokoloko Bangu Cabral Estados Unidos

Angolana, camerógrafa, Grupo Shebach, cooperadora e professora da EBD.

A palavra testemunho é originária do latim testimonium que significa declaração ou depoimento dado por uma ou mais testemunhas, dando veracidade a um certo acontecimento. Testemunha portanto, é uma pessoa que presencia, aos atos de outrem para tornar-los autênticos, como por exemplo as testemunhas de um casamento. O testemunho é um ato legal, não somente dos tempos passados. Atualmente nos tribunais são usados testemunhas para ajudar a resolver casos socias. A testemunha antes de apresentarem seus depoimentos, deve jurar perante o juiz, dizer a verdade, nada mais do que a verdade. Se mentir comete o crime de perjúrio. Existem dois tipos de testemunhas: ocular ou de vista, que viu, que presenciou. E de ouvido, a que fala apenas acerca do que ouviu dizer. Contudo, para o julgamento de alguém, a Lei dada por Deus requeria o testemunho de duas ou mais pessoas dignas de credibilidade, com o fim de se sustentar a afirmação de um fato (Nm 35.30). Em caso de morte, por apedrejamento, elas eram as primeiras a atirarem as pedras. A testemunha tinha que falar a verdade senão era severamente castigada, recebendo a mesma sentença que o acusado. Se fosse de morte, teria que morrer em lugar do réu. E se o réu tivesse outra sentença que não fosse de morte, ainda assim a falsa testemunha podia ser sentenciada a morte por dar falso testemunho (Dt 19.21). Segundo a lei, alguém só podia ser condenada ou sentenciada com duas ou mais testemunhas. "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo" é o nono dos dez mandamentos dados por Deus (Ex 20.16). Um dos atributos morais da Divindade é a Verdade. Falso testemunho é mentir, e cometer um perjúrio. É pecado diante de Deus e ofensa ao próximo. O diácono Estevão sendo inocente foi vítima de falsas testemunhas, por isso foi apedrejado até a morte (At 6.13). No entanto, Jesus sofreu tamanhas falsas acusações de membros do Sinédrio, que conheciam bem a Lei. Testemunharam falsamente diante de Pilatos, e por isso foi condenado à morte. Após a ressureição de Jesus, soldados que guardaram sua tumba, foram pagos para mentirem acerca da ressureição de Jesus, dizendo que seus discípulos haviam roubado o seu corpo. O Apóstolo Paulo exorta aos irmãos de Éfeso: “Pelo que deixai a mentira e falai a verdade” (Ef 4.5).

Esboço

NÃO DARÁS FALSO TESTEMUNHO

Manuela da Costa Barros Estados Unidos

Brasileira, Primeira Tesoureira, professora da EBD, Youth Alive Band, Deã Acadêmica do STB.



Texto de Memorização
"Não admitirás falso rumor e não porás a tua mão com o ímpio, para seres testemunha falsa"  (Êxodo 23.1).
Texto da Lição
Êxodo 20.16;
Deuteronômio 19.15-20  (ARC)

Ex 20.16 - Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Dt 19.15 - Uma só testemunha contra alguém não se levantará por qualquer iniqüidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado que cometeu; pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se estabelecerá o fato. 16 - Quando se levantar testemunha falsa contra alguém, para testificar contra ele acerca de transgressão, 17 - Então aqueles dois homens, que tiverem a demanda, se apresentarão perante o Senhor, diante dos sacerdotes e dos juízes que houver naqueles dias. 18 - E os juízes inquirirão bem; e eis que, sendo a testemunha falsa, que testificou falsamente contra seu irmão, 19 - Far-lhe-eis como cuidou fazer a seu irmão; e assim tirarás o mal do meio de ti. 20 - Para que os que ficarem o ouçam e temam, e nunca mais tornem a fazer tal mal no meio de ti.
    1. ESTE MANDAMENTO CONDENA  
  1. A mentira em geral: Cl 3.9; Ef 4.25; Lv 19.12
  2. A calúnia ou mexerico: Lv 19.16; 2 Co 12.20
  3. O falso testemunho: Ex 20.6; Pv 6.16-19; 19.5
    2. ESTE MANDAMENTO PROTEGE
  1. A reputação do indivíduo: Mc 14.55,56; At 6.10-13
  2. A idoneidade do crente: Lc 23.2,4,14; At 24.5,6,12-14
  3. A justiça da Igreja: Dt 19.16-19; 1 Tm 5.19,20
    3. ESTE MANDAMENTO ATINGE
  1. A esfera da família: Gn 37.18-20; Nm 12.1
  2. A esfera da Igreja: 2 Tm 2.16; Ef 5.6,7,11
  3. A esfera da sociedade: 1 Rs 21.13; Gn 39.13-20; Ex 23.1-9