Andróide — autômato de figura e natureza humana. Vivenciamos duas crises, dois contextos, dois mundos de duas naturezas distintas no presente momento. Uma crise cruel e selvagem provocada pelo próprio homem, a
triste e desumana revolta na Líbia, no Egito, na Síria e na Ucrânia. Outra, maior e de alarmante proporção, provocada pela natureza, os terremotos de escala
dispropocionada no Japão, na Califónia, no Chile e no Panamá! No contexto da revolta
juvenil nesses e em outros países, conteplamos um catastrófico e êxodo em massa, dos que
tentam sobrevir como nação ou etnia. Por outro lado, e no contexto da nação mais desenvolvida da terra, contemplamos
o emagrecimento moral, econômico e espiritual do Novo Mundo, que já envelheceu! Ambos os povos são vistos, através dos recursos atuais da mídia, com indiferença e frieza, como se fosse mais um efeito digital incerido numa produção gráfica de Hollywood. Nos tornamos máquinas, pensando ser donos do tempo e de nós mesmos. O maior sofrimento para aqueles bedoinos
e nàmades, não é perder o país, pois em verdade, nunca o tiveram, mas é não sentir-se mais como gente. A maior penúria do milenar povo japonês, não foram as propriedades perdidas nem um pouco de irradiação percolada
na sua pele, pois já se acostumaram à pesada memória da perda dos seus 27 mil no tsunami de 1896 e dos 230 mil inocentes ceifados pelo pesadelo atômico em Hiroshima e Nagasaki, mas sentir-se
sem família, num mundo de bilhões que por décadas consumiram seus bens tecnológicos! Sim, nos tornamos andróides com alma. Nessa correria desenfreada da revolta armada
na Líbia, na Síria e na Ucrânia, ou do furioso tsunami Japonês, para onde iriam
eles se ninguém os quer? Com olhares pesados as anciãs contemplavam desde os escombros, os americanos sendo evacuados para o Porta-Avião Ronald Regan estacionado no seu quintal – no mar do Japão! No contexto da alta sofisticação tecnológica do século 21, seria de esperar que a opulência de hardwares e softwares tornasse as pessoas mais felizes, mas elas continuam tendo que enfrentar suas próprias memórias dolorosas e administrar seus conflitos em casa e no trabalho, pois se tornaram em androides almados
de smart phones nas mãos, e membros de igreja virtual, que não sentem o
calor do aperto de mão do seu irmão! Enquanto corriam dos guerrilheiros, do tsunami
ou da fome, todas essas pessoas queriam apenas ser amadas! Queriam apenas ser vistas como gente! Sim, em verdade foram vistas, mas noutro ângulo pelos da pobre elite desalmada de
tablet na mão, sussurravam: poor guys! Mas graças a Deus, que alguém com muito amor e misericórdia está olhando bem de cima para cada um deles —
“Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5.7-8).
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade através do qual Deus Pai atua, revela sua vontade, capacita as pessoas e manifesta sua presença. Ele possui a mesma honra que o Deus Pai e o Deus Filho (Mt 28.19). O Espírito Santo é uma Divindade porque tem os Atributos Naturais que só o Deus Trino, Eterno e Uno possui: Onipresença, Onisciência, Onipotência, Imutabilidade, e Eternidade; e Atributos Morais que o caracterizam como personalidade: Inteligência, Livre Arbítrio e Consciência Moral. O termo “Espírito Santo” é encontrado no Antigo Testamento uma só vez no Salmo 51.11, no entanto, as referências sobre sua pessoa são abundantes. O Espírito Santo também é conhecido e chamado na Bíblia Sagrada por outros títulos: Espírito de Deus (Gn 1.2); Espírito (Gl 3.2); Espírito da Verdade (Jo 14.17); Espírito do Senhor (At 8.39); Espírito de Cristo (Rm 8.9); o Consolador (Jo 14.16). Vemos a manifestação do Espírito Santo ao longo da Bíblia: na criação; no deserto ao lado do povo; na vida dos juízes; na vida do Rei Davi; na promessa ao Messias; na promessa para todos; no batismo de Jesus; no momento da tentação; no cumprimento da promessa messiânica; na Igreja Primitiva; e, na presença do Espírito Santo no Trono. Existem vários símbolos na Bíblia que descrevem seu caráter e obra, como fogo, óleo, pomba e vento. O Espírito Santo transforma o caráter e coração do homem após o batizar no corpo de Cristo (Gl 3.27). As manifestações do fruto do Espírito podem ser evidenciadas em todos aqueles que foram verdadeiramente regenerados (Gl 5.22). O Espírito Santo também é o que presenteia o crente com seus dons, após Cristo o batizar com Espírito Santo (1Co 12.1-11), dando-lhes poder e autoridade para serem testemunhas de Cristo (At 1.8). Ele é o que testifica que somos novas criaturas e filhos de Deus (Rm 8.16), mas acima de tudo, Ele é o penhor que Deus Pai nos entregou, para assegurar-nos que um dia Deus Filho virá buscar a sua Igreja (2Co 5.5).