Pois bem meus amigos, à medida que os anos passam, e com a experiência de 46 anos de ministério, descubro que estou cada vez mais ortodoxo quanto a doutrina bíblica e mais liberal em relação ao que é cultural. Sim, porque demorei para perceber a grande diferença entre o que é doutrinário e o que é cultural, porque são temas que se confundem. A sã doutrina apostólica a que os apóstolos se referem e que Lucas menciona logo no início do livro de Atos 2.42 pautou a vida da igreja nos primeiros séculos. O didaskalós apostólico que a igreja seguia fielmente não tem a ver com cultura, mas com estilo de vida. Um estilo de vida que mudou a cultura da sociedade daqueles dias. A igreja adotou um estilo de vida que impactou a sociedade do primeiro século. Pastores há que se preocupam demasiadamente com usos e costumes, e estão esquecendo as principais doutrinas ou ensinamentos apostólicos que devem ser obedecidos. Assim, fecham os olhos à prática de aborto na igreja; à prostituição, aos relacionamentos sexuais entre os namorados; aos divórcios, inclusive apoiando os novos casamentos de pessoas que eles mesmos casaram – não se preocupam com os membros que não pagam contas, que enganam, que mentem, etc. Deixam-se corromper pela maléfica política denominacional e se corrompem ainda mais facilmente com políticos corruptos; e causam uma péssima imagem da Igreja, ignorando que estão vituperando o nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Em certas denominações a ênfase é muito grande aos usos e costumes, enquanto a verdadeira sã doutrina vem sendo deixada de lado. Muitos pastores ainda se preocupam com a aparência de seus membros, e fecham os olhos para a necessidade de integralidade moral e aos pecados de todos os tipos. Por que a cada dia sou mais ortodoxo? Mais fiel à sã doutrina de Cristo? Por isso, não me corrompo com o sistema de que faço parte; nem tampouco enriqueci à custa do ministério. Chego aos sessenta e quatro anos de idade sem sequer ter um plano privado de saúde por não poder arcar com os custos; deixo de reimprimir certos livros porque, às vezes, prefiro doá-los aos necessitados a cobrar preços exorbitantes. Mas, também sei que as igrejas que me convidam e não me honram com ofertas de amor responderão por seus atos, e não serão contempladas com a promessa de Jesus de receber o galardão de profetas, que consiste basicamente em serem agraciadas por Deus como ele faz com os profetas que ama! Por isso, a cada dia meus músculos e ossos espirituais estão mais fortes, e meu espírito mais ousado, porque como Paulo olho para o futuro, para o prêmio que haverei de receber na eternidade. Minha inspiração vem do texto de Hb
11.35-38: “Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da
terra”.
Pentateuco é o conjunto dos cinco primeiros livros do Antigo Testamento, e também constitui a primeira e mais importante seção do tríplice cânon judaico chamado Torah - Lei, que significa ensino ou instrução, referindo-se aos escritos de Moisés (Js 23.6; Ml 4.4). A designação Pentateuco é proveniente do vocábulo grego “pentateukhos”, que é a composição dos vocábulos, “penta” que significa cinco, e “teukhos’” que significa rolo ou volume; e é igualmente conhecido como os Cinco Quintos da Lei. Este vocábulo “teukhos”, estojo ou instrumento foi posteriormente usado para designar receptáculo, lugar onde se guardava o rolo de papiro, e por fim rolo ou volume. Esta divisão quíntupla dos livros é confirmada pela Septuaginta, que dá aos livros os seus nomes tradicionais. Os judeus identificam-nos pela primeira palavra ou frase de cada livro. O nome hebraico “ be’reshit”, no princípio é o livro de Gênesis. “X’moth” que significa nomes é o nome hebraico para Êxodo. “Va’ykhra”, e chamou, refere-se ao livro de Levítico. O quarto livro, Números, é chamado de “bamidbar”, no deserto; e, Deuteronômio de “devarim”, palavras. A Septuaginta intitulou os livros baseada na descrição dos acontecimentos de cada um deles: Gênesis, porque é o livro que trata das origens, o qual significa geração ou origem; Êxodo, porque narra a saída dos filhos de Israel do Egito, este significa saída,; Levítico, porque dá destaque especial ao ritual dos levitas no culto ao Senhor, refere-se ao serviço levítico; Números, descreve os diversos recenseamentos, está relacionado à numeração das tribos, levitas, e recém-nascidos; e, Deuteronômio, palavra grega que quer dizer Segunda Lei explana a recapitulação da lei. Estes livros são inúmeras vezes identificadas como Livro de Moisés (Mc 12.26), Lei de Moisés e Lei do Senhor (Lc 2.22-24), ou Lei de Deus (Ne 8.1-3,8). O Pentateuco apresenta assuntos e doutrinas fundamentais, como a criação, a queda do homem, a expiação, a redenção, a origem do universo, da raça humana, da família, do governo humano, a chamada de Abraão, e a Lei de Deus, entre outros mais. Todos estes assuntos são de estrema importância no que concerne às Doutrinas Bíblicas Fundamentais, as quais pela Hermenêutica, são os pêndulos das Sagradas Escrituras. A autoria de Moisés a estes Tomos é mais do que evidente no Pentateuco, como também em outros livros das Escrituras (Ex 17.14; Lc 24.44). A única exceção é o último capítulo de Deuteronômio que retrata a sua morte; foi escrito, provavelmente, por seu amigo íntimo, Josué. Tanto a tradição judaica quanto a samaritana são unânimes em identificar a autoria de Moisés; assim, como Cristo Jesus, Pedro, e Estevão, o reconhecem como autor. A tradição judaica prescreve que uma seção da lei seja lida semanalmente na Sinagoga. Três anos eram necessários para que o Pentateuco fosse inteiramente lido dessa maneira na Palestina. As descrições do Pentateuco, em ambos os testamentos, servem para salientar sua autoria divina e humana, sua autoridade obrigatória como lei, e sua forma escrita em o livro. Como se trata do registro da revelação de Deus na história e de sua soberania sobre a história, assim também sua unicidade interna é incontestável como Documento Divino. Testifica tanto sobre a resposta de Israel como de seu fracasso em corresponder à altura. Testifica sobre a Santidade de Deus, que O separa do homem, sobre seu amor gracioso, que o liga a Ele de conformidade com suas condições. A Lei é a razão do temor de Deus no homem, mas muito em especial, no coração de seu povo.