Afirmam os pregadores da confissão positiva que a prosperidade financeira é uma prova de fidelidade do crente à Deus. Dizem, por exemplo, que o ministério de Jesus era muito rico, por isso é que tinha um tesoureiro. Dizem, ainda, que a pobreza é o ápice da maldição do homem. É claro que devemos evitar quaisquer extremos: a Doutrina da Prosperidade e a Doutrina da Miserabilidade. A prosperidade bíblica é verdadeira, e para Deus, ser próspero significa ter todas as necessidades supridas (Salmos 1.3), e não ser, especificamente, abastado. Jesus não era rico materialmente; vejamos o que ele disse de si mesmo quando um escriba intentou lhe seguir: "...as raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça" — e esta não é uma metáfora, mas sim, uma linguagem cultural bíblica — aqui raposa é raposa, e ave é ave (Mateus 8.20). Quando Jesus quis se referir ao Governo Romano ele utilizou uma linguagem política, quando disse: "Dai pois a César o que é de César..." (Mateus 22.21)! Doutra feita, Pedro chegou perto de Jesus e disse que lhe estavam cobrando os impostos. Jesus, então, mandou Pedro pescar um peixe e tirar uma moeda de sua boca para pagar o tributo (Mateus 17.24-27). Vejam que Jesus não tinha em seu poder sequer uma moeda. Não podemos, porém, no sentido de contra-atacar a doutrina da prosperidade, pregar a comiseração — artéria veicular e histórica da indulgência católica romana, induzindo que o Senhor se apraz em que sejamos pobres, necessitados e dependentes. Afirmando, ainda, que ele veio unicamente para os pobres: “os cegos vêm, os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o Evangelho” (Mateus 11.5). Paulo disse: "sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua pobreza enriquecêsseis" (2 Coríntios 8.9)."O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus" (Filipenses 4.19). Pedro e João disseram: "E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou.” (Atos 3.6) Davi disse: "Fui moço, e agora sou velho mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão"(Salmos 37.25). Jesus disse: "Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mateus 6.31-33). Onde houver necessidade Deus pode mudar dias, transplantar órgãos e fazer da água vinho! Ele é soberano. Porém, lembremo-nos, sempre onde houver necessidade, porque Deus não espolia os seus bens. Somente o ladrão é que veio para roubar, matar e destruir, oferecer e pôr no lixo aquilo que a ele não pertence, aquilo que foi usurpado: "e disse-lhe: tudo isto eu te darei, se prostrado me adorares" (Mt 4.9). Note bem este fato meu caro irmão: se algum abastado recebeu um dente de ouro, o qual livremente poderia obtê-lo num protético, sem dúvida alguma, não foi Deus, foi o Usurpador! Esse dente logo vai apagar seu brilho; aquela prosperidade logo vai sair pela próxima abertura do saco furado do explorador de bens dos incautos; aquela sensação de levitação pela queda do poder logo vai transformar-se numa contínua dependência psíquica-espiritual e, se não liberto dela, imediatamente numa opressão diabólica; aquela paralisia vai voltar acompanhada de um agudo glaucoma! A velha serpente não tem nem para si, muito menos para os servos de Deus! Em nome de Jesus, acordemos enquanto é dia; vejamos as coisas com uma óptica genuinamente do Espírito! Como já disse, os dois extremos devem ser rejeitados. A verdadeira doutrina da prosperidade é a bíblica que, em síntese, diz que temos todas as nossas necessidades supridas: “o meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.” (Colossenses 4.19)!
Do Latim prosperitate. Como tem por definição, “qualidade ou estado do que é próspero; felicidade; progresso; riqueza”. Tanto na definição da palavra quanto biblicamente, vamos encontrar a prosperidade diretamente relacionada com riqueza material, aumento de bens ou progresso (Sl 73.3; Ec 7.14). A prosperidade é dinâmica, está sempre em crescimento, ao mesmo tempo que obedece um equilíbrio onde Deus não dispensa mais do que precisamos, fazendo-nos quando muito sobejar. A isso chamamos também abundância. Quando Deus deu o maná a Israel, o fez em abundância, para que o povo se satisfizesse, mas para que também não sobrasse para o dia seguinte (Ex 16.14-19). Nas duas ocasiões registradas em que Jesus multiplicou os pães, todos se saciaram e ainda sobejou pão e peixe (Mt 14.20; 15.37). Deus é um perfeito dispenseiro de seus bens, prosperando conforme a necessidade. Também prosperamos e crescemos de acordo como bem cuidamos e bem usamos os bens que Deus nos concede. Não espere ninguém prosperar se tão somente guardar o que recebe, essa é uma regra que funciona também em economia secular. No livro de Provérbios diz que
“A alma generosa engordará e o que regar também será regado” (Pv 11.25). Também em sua sabedoria, Deus não nos dá
dois se não sabemos cuidar bem de um (Mt 25.15). A prosperidade obedece a um crescimento gradual, pois que ninguém saberá ter muito sem ter possuído pouco primeiro, onde também lemos na Bíblia
“bem está, servo bom e fiel, sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei” (Mt 25.21). É importante também notar que a prosperidade não está relacionada a um trabalho ou lugar pois Deus é quem prospera e dá abundantemente. Vejamos o exemplo de Isaque que prosperou em achar poços de água em vários lugares, tendo seus oponentes criado contendas e possuído todos os outros poços que ele tinha aberto, assim foi porque ele confiou que Deus era quem o prosperava, e não os poços de água (Gn 26.18-22), disse Isaque:
“Porque agora nos alargou o Senhor e crescemos nessa terra” (Gn 26.22). Da mesma forma Abraão pediu para Ló escolher para onde queria ir, pois sabia que Deus era quem lhe daria prosperidade não importando onde estivesse (Gn 13.7-9). Também José prosperava em tudo o quanto fazia, porque era Deus quem o prosperava, de forma que sua prosperidade não dependia da casa de seu pai, de Potifar, nem de Faraó (Gn 39.3, 23). O lugar, o trabalho, a família,
e outros, são os meios ou intrumentos que Deus usa para prosperar, mas de Deus é que vem a verdadeira prosperidade.
TRABALHO E PROSPERIDADE
Vania DaSilva Estados Unidos
Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC, na Flórida - Estados Unidos.
Provérbios 3.9,10; 22.13;24.30-34
(ARC)
3.9 - Honra ao Senhor com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos;
10 - E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.
22.13 - Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas.
24.30 - Passei pelo campo do preguiçoso, e junto à vinha do homem falto de entendimento,
31 - Eis que estava toda cheia de cardos, e a sua superfície coberta de urtiga, e o seu muro de pedras estava derrubado.
32 - O que eu tenho visto, o guardarei no coração, e vendo-o recebi instrução.
33 - Um pouco a dormir, um pouco a cochilar; outro pouco deitado de mãos cruzadas, para dormir,
34 - Assim te sobrevirá a tua pobreza como um vagabundo, e a tua necessidade como um homem armado.
1. A BÊNÇÃO DO TRABALHO
2. O CARÁTER DO PREGUIÇOSO
3. ATITUDES QUE GERAM PROSPERIDADE