Editorial

ARGUMENTO DA ANTROPOLOGIA

Rev. Eronides DaSilva Brasil

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente Região Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA.

O homem é um ser de valor, é o que nos afirma explicitamente as Escrituras Sagradas —  "E criou Deus o homem [ádam] sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem [zakar] e mulher [nqebah] os criou" (Gênesis 1.27). Os valores da humanidade estão claramente definidos através da sua criação e do plano da redenção a ela oferecida. Os valores do ser humano não estão ligados em hipótese alguma à sua pessoa ou a nenhuma de sua inerência, mas sim, ao ato volitivo de Deus de lhes atribuir valores e dignidade (Atos 17.26). Portanto, o valor que o homem possui é ato direto da divindade (Gênesis 2.7). A fragilidade do homem é o que a Bíblia registra implicitamente sobre sua fraqueza e longevidade (Salmo 90.10). Esta fragilidade alcança não somente o seu corpo, mas a sua alma, em contraste com a santidade e justiça divina (Sl 103.14). Como é apresentado na sua relação com Deus. O relacionamento da divindade com o homem é pessoal, íntimo e profundo. Seu amor, assim como sua justiça, é manifestado diretamente ao homem como uma pessoa. Caim foi procurado por Deus, o qual lhe perguntou: "onde está o teu irmão?" (Gênesis 4.9). Acima de tudo, caminhando nesse mundo de multidões, ele é um ser gregário, e demonstra isso quando é chamado à atenção de Deus como povo, comunidade ou clã (Mateus 23.37). O relacionamento do homem com Deus implica diretamente no seu comportamento em relação à comunidade a qual ele pertence. Eu, tu e Deus formam a estrutura poliedral do homem comunitário. Este profundo conceito teológico nos leva a compreensão da justiça divina em a relação recompensa dadas às nações que hão de permanecer amiga a Israel durante o período da Grande Tribulação. O próprio nome Igreja implica de que Deus refere-se a uma comunidade de pessoas chamada à salvação (Atos 2.42). O engenho do homem é de excelente nobreza e refino da criação: ele é um ser total quando manifestado pela sua tricotomia. Ele é dotado de intelecto, consciência moral e volição, o que o faz totalmente distinto de qualquer outra criatura. Biblicamente, as dimensões físicas, moral e espiritual são identificadas com um só ser. Deus criou o homem um ser total, para isso também, a Igreja é comissionada para pregar um evangelho que atinja o corpo, a alma e o espírito - o ser total (1 Tessalonicenses 5.23).

Glossário

ADULTÉRIO

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC, na Flórida - Estados Unidos

A palavra do latim significa dormir em cama alheia, e descreve a infidelidade conjugal quando alguém, livremente, tem relação sexual com outra pessoa que não seja o seu cônjuge. O termo aparece 34 vezes no Antigo Testamento. Quando Deus instituiu o casamento, foi seu propósito que ambos, homem e mulher, tornassem-se uma homogenia, complementando-se um ao outro – “e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Deus fê-lo para perdurar, para trazer satisfação mútua e perpetuar a raça humana – “...portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mt 19.6). Com a entrada do pecado no mundo, um dos focos principais de ataque do inimigo é a família, pois o homem foi feito a coroa da criação de Deus. Suas ciladas, enganos e mentiras vem para deturpar, corromper e destruir a união, que diante de Deus, e das autoridades terrenas, o casal jura e defende. O adultério é um dos muitos instrumentos que o diabo usa para tal. O sétimo mandamento do decálogo é “não adulterarás” (Ex 20.14). Por ser um tão grave pecado, ambos homem e mulher que adulteravam recebiam a punição de morte no Antigo Testamento (Lv 20.10). Havia uma cláusula na lei mosaica, que permitia ao esposo que tivesse sua esposa em suspeita de adultério, apresentá-la diante do sacerdote. Este daria de beber à mulher água amarga misturada com o pó que houvesse no chão do tabernáculo. Após o pronunciamento do sacerdote, se a mesma tivesse transgredido, a maldição cairia sobre ela, e a água faria seu ventre inchar e sua coxa descair (Nm 5.11-31). A lei julgava o ato consumado do adultério, porém Jesus foi ao cerne de onde se origina este pecado – o coração do homem (Mt 15.19). Por isso no Sermão do Monte ele ensina: “Ouvistes que foi dito aos antigos: não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mt 5.27,28). Adultério não é apenas o ato consumado de uma relação sexual ilícita, mas é um espírito que se apodera do coração do homem caído, ou daqueles que já sendo crentes, cedem à tentação. Jesus exorta que a atitude do coração, ou cobiça, é tão grave, e tão pecaminoso, como o ato efetuado; e os culpados não entrarão no Reino de Deus (1 Co 6.10; Gl 5.19,21). O adultério não só denigre a reputação daqueles que o cometem, mas destrói a alma daqueles que o praticam. O adultério é uma transgressão não só contra Deus, mas também contra a sociedade e a família. Entretanto, para aqueles que se arrependem, existe o perdão de Deus, como foi para Davi, para a mulher samaritana e para a mulher adúltera (2 Sm 11 ; Jo 4. 17,18; 8.3-11). Ainda que a maior parte dos casos de adultério terminem em dissolução do casamento, todavia na Igreja de Jesus, existe amplo caminho para o perdão e a reconciliação dos casais atingidos. É imperativo que os cônjuges mantenham a santidade do casamento, fugindo de toda tentação, honrando um ao outro, suprindo suas necessidades emocionais mutuamente e permitindo Cristo reinar em seu relacionamento e em seu lar. A recomendação bíblica de Hebreus segue em vigor: “Venerado seja entre todos o matrimonio e o leito sem mácula; porem aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará" (Hb 13.4).

Esboço

ADVERTÊNCIAS CONTRA O ADULTÉRIO

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente Região Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA.



Texto de Memorização
Bebe água da tua fonte, e das correntes do teu poço. Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade" (Provérbios 5.15,18).
Texto da Lição

Provérbios 5.1-6  (ARC)

1
- Filho meu, atende à minha sabedoria; à minha inteligência inclina o teu ouvido; 2 - Para que guardes os meus conselhos e os teus lábios observem o conhecimento. 3 - Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais suave do que o azeite. 4 - Mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes. 5 - Os seus pés descem para a morte; os seus passos estão impregnados do inferno. 6 - Para que não ponderes os caminhos da vida, as suas andanças são errantes: jamais os conhecerás.
    1. OS DESVIOS SEXUAIS  
  1. Perversão — asexualidade: Lv 18.20-23; Rm 1.25-28
  2. Fornicação — entre solteiros: At 15.29; Ap 21.8
  3. Adultério — entre casados: Pv 6.32-35; Mt 5.32
    2. AS CAUSAS DA INFIDELIDADE  
  1. Desigualdade conjugal: Dt 22.10; 2 Co 6.14
  2. Relacionamento conjugal: Gn 26.8; Pv 5.18-20
  3. Concupiscência conjugal: Dt 24.1; Hb 13.14
    3. A CURA DA INFIDELIDADE  
  1. O caminho para o perdão: 1 Sm 15.25; Pv 2.13
  2. O tempo para a restauração: Ap 3.18; Lc 15.21
  3. A prática da experiência vivida: Pv 23.26; Sl 19.14