"E tomou Moisés a tenda, e a estendeu para si fora do arraial, e chamou-lhe a tenda da congregação. E sucedia que, entrando Moisés na tenda, descia a coluna de nuvem, e punha-se à porta da tenda; e o SENHOR falava com Moisés." (Ex 33:7,9) A Tenda da Congregação é um lugar de encontro com Deus. Você tem um lugar separado de encontro com Deus em sua vida? Para cada indivíduo, o lugar será diferente. Alguns preferem estar fora, em contato com a natureza, enquanto outros preferem um lugarzinho em sua casa ou escritório. A chave é criar um espaço onde você possa encontrar-se com Deus livre de toda distração. A Tenda da Congregação é o lugar de conversa com Deus. "... o SENHOR falava com Moisés" (33.9). A Tenda da Congregação se torna o lugar da conversa entre Deus e o crente. Lá, você o escuta, ouve a voz dEle, ganha da sabedoria dEle, e segue as instruções dEle, bem como descarrega todos os seus cuidados, preocupações e problemas. A Tenda da Congregação é onde relacionamento ocorre. "E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo" (33.11). Esse não era só um lugar onde Moisés recebia ajuda. Era um lugar onde a amizade com Deus começa, cresce e permanece. A Tenda da Congregação é onde intimidade com Deus é desenvolvida. Foi nessa tenda que Moisés fez este pedido a Deus e recebeu sua resposta: "Agora, pois, se tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber o teu caminho, e conhecer-te-ei... Disse pois: Irá a minha presença contigo para te fazer descansar." (33:13-14) Mostra-nos que o desejo de Deus é mover Seus filhos num relacionamento mais profundo. A Tenda da Congregação é o lugar onde a revelação ocorre. Como é que alguém tem a revelação de quem Deus é e o que Ele quer fazer? Como é que Deus dá direções a alguns e outros nunca experimentam tal? A resposta está na "Tenda da Congregação"; "Rogo-te que me mostres a tua glória." (33:18) Moisés teve um forte desejo de conhecer a Deus mais profundamente. Deus honrou este desejo e pedido. Para alguns crentes torna-se mais fácil encontrar novas direções da parte de Deus, mais segurança, mais conhecimento dos planos e desígnios de Deus depois de um tempo gasto em oração. A Tenda da Congregação é onde obediência aparece. É muito mais fácil submeter-se à direção de Deus quando nossos corações tem sido amolecidos por Sua presença. A Tenda da Congregação é onde profundidade com Deus é alcançada. Aumento de profundidade no Senhor está enraízada na intimidade com Deus, e, claro, com o estudo de Sua Palavra. O apóstolo Paulo disse: "Arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças." (Cl 2:7) A Tenda da Congregação é o lugar onde todas as demais vozes diminuem. O acampamento de Israel devia ser um lugar barulhento. A multidão de pessoas e animais garantiam o barulho. Mas ainda assim, quando olhamos para a conversação entre Deus e Moisés, nenhuma outra voz é ouvida. A voz que nós precisamos ouvir acima de todas as outras é a voz de Deus; e quanto mais tempo gasto com Deus na nossa "Tenda da Congregação", mais facilmente a voz dEle pode ser ouvida nas ruas das cidades. A direção necessária para a vida, a liderança do Espírito Santo, e a habilidade de reconhecer a voz de Deus nas horas mais cruciais advém do tempo gasto a sós com Deus na "Tenda". Moisés fez o que nós precisamos fazer. Ele estabeleceu um lugar em sua vida onde podia se livrar de toda distração, encontrar-se com Deus, falar com Ele, ouvir Sua voz, ouvir dEle, amá-Lo, e ser amado por Ele. Esses encontros fortaleceram a caminhada de Moisés, fortaleceu sua estrutura espiritual, aprofundou seu relacionamento com Deus, e deu a ele a habilidade de permanecer firme no meio de uma geração fracassada. Se tudo isso se passou com Moisés, o que nos detém de erigirmos a nossa "Tenda da Congregação"?
Do latin “ministru”, é aquele que tem um cargo, ou seja, que está incumbido de uma função. O ministro é aquele que executa os desígnios de outrem, e também é membro de um ministério. Os anjos de Deus são chamados de espíritos ministradores, enviados para trabalhar em prol daqueles que hão de herdar a salvação (Hb 1.14). Entretanto, a chamada ministerial, no Novo Testamento, classifica os obreiros chamados em: Episkopo – ministros das coisas espirituais (Ef 3.7; Cl 1.23); e, Diakono – ministros das coisas materiais (At 6.32; 1 Tm 3.8-10). Com o crescimento da igreja e o descontentamento social na igreja local de Jerusalém, o diaconato foi instituído no intuíto de preservar o compromisso dos apóstolos ao ministério da Palavra (At 6.1-7). “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo”; o próprio Senhor concedeu à Sua Igreja cinco ministérios das coisas espirituais (Ef 4.11-12). 1) O Apóstolo (apostolos) é alguém comissionado pelo Senhor com poder e autoridade, isto é, o missionário, na linguagem atual (At 15.33; 2 Co 8.23; Fp 2.25). 2) O Profeta (prophetes) é alguém vocacionado e autorizado por Deus, que prega vendo o futuro pela inspiração do Espírito Santo (At 3.21; 11.27; 1 Co 14.3). 3) O Evangelista (Evangelistes) é chamado a proclamar e anunciar o Evangelho de Cristo, as Boas Novas de salvação para o pecador (At 21.8; 2 Tm 4.5). 4) O Pastor (Poimém) é aquele que conduz, alimenta e supervisiona o rebanho de Cristo (Hb 13.20; 1 Pe 2.25; 5.1-8). 5) O Doutor ou Mestre (Didaskalos) é o denominado mestre no ensino (At 13.1; Tg 3.1), é um dom ministerial que proporciona iluminação sobrenatural quanto à interpretação e aplicação das Sagradas Escrituras na vida da Igreja de Cristo, independente de grau universitário ou lucubração intelectual (Lc 2.46). Assim, denota o pastor Claudionor Corrêa de Andrade, que o ministro “é um servidor, servo do Senhor desempenhando a tarefa precípua de zelar pela Igreja do Senhor, enquanto proclama o Reino de Deus ao mundo. Na antiga Roma, especialmente referia-se aquele que estava ao serviço de uma autoridade ou a alguém que prestava serviço à realeza. O ministro, como administrador, deve ser um bom e fiel mordomo sobre a casa de Deus; como o Senhor Jesus ratifica, com certeza Deus o recompensará (Lc 12.42-48). No Novo Testamento, o apóstolo, também era tido por bispo por causa de suas várias funções eclesiásticas (At 1.20; 20.28; Fp 1.1). O bispo significa dirigente, supervisor ou superintendente na igreja cristã local ou em um campo. Outros vocábulos sinônimos a bispo são presbítero e ancião (At 20.17-28; 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9). As características e deveres do ministro estão listados pelo apótolo Paulo em sua primeira epístola a Timóteo, capítulo 3. No entanto, o ministro não só é o exemplo dos fiéis, mas tem a nobre responsabilidade de cuidar e governar seu lar e família; enfantiza o apóstolo dos gentios: o ministro, “que governe bem a sua casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia; porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa”, dizia ele, “terá cuidado da igreja de Deus?” (1 Tm 3.4-5). A importância do testemunho da palavra na família, principalmente no lar, vem desde o tempo Vetereo-Testamentário, onde as Escrituras estavam presentes em toda a vida quotidiana do povo de Deus (Dt 6.4-25; 11.18-24). A Bíblia Sagrada diz que “se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua familia negou a fé, e é pior do que o infiel” (1 Tm 5.8). Alguns exemplos bíblicos de ministros fiéis incluem os onze apóstolos (Mt 28.16-19); os sententa enviados (Lc 10.1, 17); Filipe (At 8.5); Barnabé (At 11.23); Paulo (At 28.31); Tíquico (Ef 6.21); Epafrodito (Fp 2.25), entre outros. Desejar o ministério é uma obra excelente a desejar, e com ela seguem o gozo, o privilégio, as responsabilidades e a seriedade que lhe é peculiar (At 4.29-33; 5.27-29; 1 Tm 3.1; 4.9-16). Toda obra ministerial, ofício e serviço dos ministros do Senhor durará “até que todos cheguemos a unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13).