Sempre foi desejo de Deus em guiar e proteger o ser humano à vândalo sobre a terra: "E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?" Mais tarde, depois que o povo de Deus foi liberto da tirania Egípcia, a Monarquia Hebrea foi instituída a duros golpes. Entretanto, e com muito pesar, a Teocracia tão almejada (1 Sm 10.17-19), não sucedeu, e as dez tribos foram levadas cativas à Síria, e as outras duas à Babilônia. Mas Deus é soberano e misericordioso, e na abrangência e tutela do Reino da Luz, Ele engendrou o grande projeto salvífico para o ser humano, orquestrado através da instalação do Reino de Deus e Reino dos Céus. Este para albergar o plano salvífico coletivo e político de uma nação a ser eleita; e aquele, para alcançar a toda humanidade com a salvação individual e espiritual – vida eterna, prometida a Adão no Éden (Gn 3.21). Portanto, o Reino de Deus e o Reino dos Céus são diferentes na sua dispensação, natureza e propósito; mas são equivalentes na sua procedência — dos céus, e de Deus! Eles não são sinônimos, e jamais, teologicamente, poderão ser intercambiáveis, pois não pode haver permuta entre o material e o espiritual; entre o temporal e o perene! O Reino de Deus está entre nós, e somente os valentes da fé e nascidos de novo pela Palavra e pelo Espírito, o podem conquistar. O Reino dos Céus, conhecido biblicamente como “um reino que não tem fim”, um reino liderado pelo Messias, pois Ele mesmo “julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com equidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca... e a justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins.” e, na linguagem apocalíptica, como Milênio. O seu Rei, é Jesus de Nazaré, como bem fraseou Pilatos na rústica tábua no topo da cruz – “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.” Nesta dispensação oferecida amorosamente por Deus, à Israel e aos homens em geral, Jesus Cristo foi designado pelo Pai como o Rei do perene e do temporal (Sl 66.4). Sua Monarquia Teocrática é projetada nesses Reinos por nascimento, herança e conquista. A nenhuma outra pessoa este título pertence tão inerentemente como a pessoa de nosso Salvador — “e o Senhor será Rei sobre toda a terra”: em relação ao universo (Sl 2.6-8); em relação a igreja militante (Lc 2.11); e em relação ao Reino dos Céus (1 Tm 6.14-16). Estes dois reinos aparecem nas Escrituras com a divisão clássica entre o temporal e o perene. Pela Regra da Primeira Menção, da Hermenêutica Bíblica, o Reino de Deus é apresentado no Evangelho de João 3.5, como um reino espiritual, eterno e universal. E, na Lei do Contexto, o Reino dos Céus aparece evidente nos Evangelhos Sinóticos de Lucas 22.18 e Mateus 18.3 como um reino terrenal, limitado e local. Em algumas citações bíblicas, todavia, a linguagem hebraizante e histórica inverte a terminologia dos dois reinos. Por conseguinte, no seu contexto não existe nenhuma margem de dúvidas acerca da sua dissimilitude. Louvamos a Deus pelo seu grande amor, que nos permitiu, através da redenção do sangue de Cristo, adentrarmos no Reino de Deus; e, por sua graça infinda, sermos encontrados nos valados e caminhos deste mundo, e convidados a sentarmos à mesa da Grande Ceia do Reino do Céus — Milênio: "E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai." (Mt 26.29).
Termo oriundo do latim ecclesia que significa assembléia. Biblicamente, a igreja também é denominada ou comparada como: o Corpo de Cristo (I Co 12.12-27); Rebanho (Jo 10.16); Sacerdócio Real, Geração Eleita, Nação Santa, Povo Adquirido (I Pe 2.9); Noiva de Cristo (Ef 5.22-33); Coluna e Firmeza da Verdade (I Tm 3.15); Torre (Mc 12.1); Ramos (Jo 15.5); Embaixatriz de Cristo (2Co 5.20); Hospital ou Estalagem (Lc 10.34); Arca (Mt 24.38); e Edifício (Ef 2.20-21). As Sagradas Escrituras fazem alusão a este vocábulo por volta de cento e dez vezes. A igreja foi fundada no calvario e inaugurada no dia de Pentecostes (At 2.1-6). Existem duas classificações classicas da igreja, tais como: (1) Igreja Local ou Visível (At 13.1-2) e (2) Igreja Universal ou Invisível (Hb 12.23). A igreja local é composta de todos os crentes que se reunem numa localização geográfica, ou seja, a igreja local normalmente tem um pastor, membros, e é afiliada à uma denominação. Entretanto, a igreja universal é composta de todos aqueles que experimentaram o novo nascimento, independentemente de sua faixada denominacional; onde Cristo é a cabeça da mesma, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.18, Cl 1.18). Esta igreja também é chamada de Igreja Militante, porque ela luta neste mundo para cumprir o seu propósito de salvar as almas até que ela possa ser arrebatada por seu Noivo (Cristo), tornando-se uma Igreja Triunfante (I Ts 4.17). A igreja triunfante será recompensada e finalmente se casará com Cristo nas bodas do Cordeiro. As cinco virgens prudentes narradas em Mateus 25 fazem parte da igreja triunfante, o que Deus ja previu na sua onisciência. É importante realçar que todo o crente que morre em Cristo também faz parte desta Igreja Triunfante (I Ts 4.13-16); “E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória” (I Cor 15.54). A igreja tem autoridade (Mt 18.18) e não pode deixar de salgar a este mundo insípido (Mt 5.13). Infelizmente, desde o século XXI, o diabo tem usado muitas artimanhas para enganar os crentes, no intuíto de lograr que os mesmos se conformem com este mundo e percam a sua autoridade; mas Deus adverte ao crentes através do conselho paulino: “e não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm12:2). Como Deus é ordenado, para a edificação do corpo de Cristo, ele deu à igreja, ministros das coisas espirituais, tais como: Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Doutores (Ef 4.11-12). As Sagradas Escrituras abordam 7 dispensações da Igreja aqui na terra: (1) Igreja Poderosa representada pela a Igreja de Éfeso (Ap 2.1-7); (2) Igreja Perseguida, representada pela Igreja de Esmirna (Ap 2.8-11); (3) Igreja Comprometida, representada pela Igreja de Pérgamo (Ap 2.12-17); (4) Igreja Tolerante, representada pela Igreja de Tiatira (Ap 2.18-29); (5) Igreja Morta, representada pela Igreja de Sardes (Ap 3.1-6); (6) Igreja da undécima hora, representada pela Igreja de Filadelfia (Ap 3.7-13); e a (7) Igreja Morna, representada pela Igreja de Laudicéia (Ap 3.14-22). Devido a rejeição de Israel quanto ao Messias, a dispensação da graça foi aberta e um novo povo chamado Igreja foi eleito (Jo 1.12). Portanto, não nos esqueçamos do Senhor e não abandonemos a sua casa como é costume de alguns (Hb 10.25).