Editorial

POVO DE DEUS

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente Região Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA.

Apresento abaixo uma breve sobre o vocábulo povo, no original grego:

    Demos — povo em assembléia política
    Ochlos — povo como massa, aglomeração
    Polis — povo como unidade política, cidade, estado
    Ethinos — povo como tradição, cultura
    Laos — povo de Deus, o povo que tem relação com Deus.

Até a revelação do grande mistério de Deus, a Igreja, o povo de Deus no mundo era Israel. A Palavra de Deus, a voz de Deus pelos profetas, o agir de Deus através da história diferenciava claramente entre Israel, seu povo, e as demais nações pagãs. Deus pelas leis ditou para Israel sua conduta e sua cultura, suas cerimônia e seus deveres. Toda a lei os diferenciava das demais nações do mundo, e para aqueles que dentre o povo de Deus não quisesse viver segundo os seus ditames, deveriam ser extirpados da congregação de Israel. Ela, entretanto, esperava um líder formoso, de voz autoritativa, que liderasse o povo em guerra contra Roma e ao vencer, os pusesse por líderes do mundo. Esperava um libertador social, um benfeitor dos pobres e oprimidos. Esperavam um homem que fizesse justiça na terra, e lutasse para que a humanidade vivesse em paz e harmonia. No entanto, esse Jesus se apresentou muitíssimo diferente de suas expectativas, quando disse: “O meu Reino não é deste mundo... Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.” (Jo 18.36,37) Jesus veio primordialmente libertar espiritualmente cada indivíduo que nele cresse. A salvação oferecida por Jesus era e é individual, e não coletiva como advoga os adebtos do Marxismo!

O fruto da salvação, pela presença do Espírito Santo faz-se sentir no interior de cada vida transformada pela fé em Cristo. Jesus condenando a Israel por sua incredulidade, abriu caminho para todos os indivíduos, quer israelitas ou gentios, para que experimentassem o novo nascimento, promulgado por Jesus a Nicodemos. A Igreja passa a ser, nesse contexto, o povo de Deus na terra. E agora as Escrituras fazem clara separação entre o Povo de Deus — a igreja e o mundo, como a luz das trevas, como a Igreja do Estado laico. A missão do povo de Deus em ambos os Pactos, foi demonstrar que Deus quer salvar o homem, ensinar-lhes o caminho do arrependimento dos pecados, da fé em Jesus, de um novo nascimento, de uma vida eterna e, consequente, morte para o mundo. Jesus ceitou a injustiça, no entanto nunca foi um líder sindicalista contra a injustiça entre os povos. Jesus andou com os pobres e pecadores porque estes reconheciam com muito mais facilidade sua necessidade do perdão e da graça de Cristo. (Mc 2.17). Paulo nunca fez campanha de alimentos para os pobres do mundo, mas para os necessitados da igreja. Reconhecia ele, que o mundo, através dos instrumentos constituídos e dos impostos pagos pelos membros da sociedade, cuidam os governos. Nenhuma criança deve ser privada de escola e todo jovem deve ter acesso ao ensino superior. Melhor situação econômica para todos é uma extrema necessidade. Mas não nos iludamos: o problema básico do ser humano não é pobreza ou ignorância. O Senhor, através do gesto caritativo da igreja, não permite que nada lhes falte, principalmente aos domésticos da fé, como bem afirmou no Sermão do Monte (Mt 5.3-12). É antibíblico dizer que a igreja é agente transformador da sociedade, em verdade ela é, espiritualmente, agente transtornador da sociedade (At 17.6).

Jesus não operou transformação da sociedade mas sim transformação dos corações e vidas arrependidas que se chegaram a Ele pela fé. Agente Transformador, Justiça Social, Teologia Negra e Teologia da Libertação são primariamente jargões, com cara de filosofia, de uma agenda globalizada ateísta, que veio à luz através do Comunismo e o Facismo na Europa! Infelizmente a igreja em geral, ou pelo menos seus líderes, à semelhança de Israel, abraçou uma agenda politicamente correta e secular, deixando uma vida de obediência à Palavra, uma postura de verdadeira humildade, se esfriando no Espírito, e agora não mais aceitando ser transtornadora da sociedade, à semelhança de seu Mestre. A luz não pode transformar as trevas, se ela chega, as trevas se vão! Amada Igreja do Senhor Jesus, sejamos luz, luz que incomoda por apontar o pecado do homem, mas luz que mostra o caminho de regresso a Deus. Não sigamos a história de Israel que quis um Messias defensor abrangente dos pobres e oprimidos, um que melhorasse a sociedade. O Anticristo será esta figura no princípio de seu governo; um líder social que tentará fazer do mundo um lugar melhor, mais igual e mais sem Deus! Jesus sim, depois do arrebatamento da Igreja, e na posterior instalação do Reino dos Céus, reinará nesta terra por mil anos em perfeição, santidade e justiça. É de tremer por dentro e por fora, ao vermos alguns seguimentos das nossas Assembléias de Deus, no Brasil (marco indelével da Sã Doutrina bíblica), nos Estados Unidos, na Europa e em outras regiões mais carentes do hemisfério, ensinando um evangelho emergente que se mescla com o mundo — no perfil socialista do Austríaco Friedrich A. Hayek — no engano de fazê-lo melhor, mas comprometendo a verdade Divina. O Reino de Deus não é deste mundo, e nós em breve sairemos dele — Ora vem Senhor Jesus!

Glossário

F I L I P O S

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC, na Flórida - Estados Unidos.

Cidade portuária e proeminente de Trácia, na provincia romana da Macedônia Oriental, situada ao norte da Grécia, a 10 milhas do Mar Egeu, na importante Via Ignaciana entre Roma e Ásia. Filipos era um importante centro mercantil, no cruzamento das rotas comerciais entre a Europa e Ásia. Outras cidades como Tessalônica, Bereia, Anfípolis e Apolônia, também faziam parte da mesma região (At 17.1,10). O nome da cidade é derivado de Filipe II, rei da Macedônia, pai de Alexandre Mago, que a reedificou no ano 356 a.C. Era uma cidade onde se explorava o ouro, chamada de Krenides, antes de sua conquista por Filipe II. Filipos juntamente com todo o reino da Macedônia cairam sob o domínio romano em 200 a.C.. No ano 42 a.C., após uma terrível batalha contra Cássio e Brutus, conspiradores do assassinato de Júlio César, a cidade se tornou uma colônia romana. A fundação da Igreja em Filipos se deve a Paulo e Silas por volta do ano 52 d.C., em sua segunda viagem missionária, após a visão do jovem macedônio (At 16.9-40). Foi em Filipos que, pela primeira vez, se pregou o evangelho na Europa. Por não haver uma sinagoga, ou um número representativo de judeus na cidade, e sendo estes não mui inclinados a ouvir a mensagem de Paulo, o apóstolo dirige-se a um local público e informal para pregar, à beira do rio Gangitis (At 16.13). Como resultado de sua pregação, a primeira alma a se converter foi Lídia, uma negociante e vendedora de púrpura, natural de Tiatira. Ela e sua casa foram batizadas nas águas, e hospedaram Paulo e seus companheiros de viagem, Silas, Timóteo e Lucas. Caminhando para a oração, Paulo se depara com uma jovem que tinha um espírito de adivinhação, a qual clamava: “Estes homens são servos do Deus vivente” (At 16.16,17). Ao fazer isso por muitos dias, Paulo repreendeu o demônio e a jovem foi liberta. Porém os homens daquela cidade enviaram-los aos magistrados, e dali foram açoitados e sentenciados à prisão. Após um terremoto abrir todas as portas da prisão, Paulo ganha mais uma alma para Cristo, o carcereiro. Ele e toda sua família foram batizados na mesma noite (At 16.26-34). Paulo tornou a visitar a cidade em sua terceira viagem missionária. Filipos era uma igreja fiel, amorosa para com Paulo e contribuia financeiramente para a obra missionária (Fp 2.25,28). O apóstolo ao estar preso em Roma escreve uma de suas epístoloas àquela igreja, a qual foi encaminhada pelas mãos de Epafrodito (Fp 4.15,16). Nela, Paulo faz um resume de sua biografia, daquilo que ele foi anteriormente baixo a lei. As excavações arqueológicas da área descobriram um grande e bem preservado forum, um teatro, a suposta prisão de Paulo e diferentes igrejas da época bizantina.

Esboço

PAULO E A IGREJA DE FILIPOS

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente Região Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA.



Texto de Memorização
“E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento," (Filipenses 1.9).
Texto da Lição

Filipenses 1.1-11   (ARC)
1 - Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos: 2 - Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e da do Senhor Jesus Cristo. 3 - Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, 4 - Fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas, 5 - Pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora. 6 - Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo; 7 - Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho. 8 - Porque Deus me é testemunha das saudades que de todos vós tenho, em entranhável afeição de Jesus Cristo. 9 - E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento, 10 - Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; 11 - Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
    1. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA AOS FILIPENSES
  1. A cidade de Filipos: fundada por Filipe II, pai de Alexandre, o Grande: At 16.12; 17.1,10
  2. A chegada do Evangelho em Filipos: Paulo, Silas e Timóteo — At 15.40; 16.1-3, 14
  3. O desafio do Evangelho em Filipos: Epafrodito desde a prisão em Roma — Fp 4.18; 2.25
    2. DESTINATÁRIOS DA EPÍSTOLA  
  1. Ao discípulo de Paulo — Timóteo: Rm 16.21; Cl 1.1
  2. À igreja fundada por Paulo — Filipos: At 16.12-15; At 20.6
  3. Ao ministério discipulado por Paulo — ministros e diáconos: At 20.28; 1 Tm 3.1, 8
    3. AÇÃO DE GRAÇAS PELA IGREJA DE FILIPOS  
  1. Um igreja parceira no ministério espiritual: Fl 1.7, 14
  2. Um igreja parceira no ministério social: Fp 4.15-19
  3. Um igreja parceira no ministério relacional: 1 Co 9.8-12