Editorial

VINHO NOVO EM ODRE NOVO

Rev Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente Região Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA.

AMBIENTE: (Mateus 9.16-17) — Na ida de Jesus às partes nortenhas de Israel, ele teve o feliz encontro com a cananéia: “Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me! Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Oh mulher, grande é a tua fé” (Mt 15.25-27). Daí por diante, Jesus usou vastamente as parábolas para a comunicação dos mistérios Divinos: “E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundancia; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem” (Mt 13.10-13). Os três principais sistemas de governo perpetuados entre os povos foram: Teocracia – Deus governando; Monarquia – um homem governando; e Democracia – um povo governando. Depois do silêncio profético de 400 anos após o cativeiro do Povo de Deus na Babilônia, apareceu João Batista anunciando um reino teocrático, através do arrependimento e batismo nas águas dos seus potenciais integrantes. Ainda no ato do batismo de Jesus, as duas pessoas da Trindade testemunharam ser aquele o Messias – o Filho Amado que era muito bem recebido para a preparação e inauguração do Reino dos Céus, Reino Messiânico – o Milênio! “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.16-17). EXPLICAÇÃO: Dos três grupos políticos e religiosos vigentes no tempo de Jesus — Fariseus, Saduceus e Herodianos; o primeiro, sendo ele de facção conservadora, tinha a tutela de guiar e ensinar o povo no caminho proposto pelo Antigo Pacto para a recepção do Messias. A população vigente, desde a Judéia, Samaria, Galiléia e os distantes da Síria e norte da África, anelavam receber o Messias: “Eis aqui o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se compraz; porei sobre ele o meu espírito, e anunciará aos gentios o juízo. Não contenderá, nem clamará, nem alguém ouvirá pelas ruas a sua voz; não esmagará a cana quebrada, e não apagará o morrão que fumega, até que faça triunfar o juízo; e no seu nome os gentios esperarão (Mt 12.21). Eles eram as ovelhas mencionadas por Jesus, as quais deveriam ser agregadas ao Rebanho: "Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho [Judeus e Gentios] e um Pastor" (Jo 10.16)! INTERPRETAÇÃO: Os líderes da nação, entretanto, foram determinantes em impedir que o povo o recebesse como o Messias prometido! Nesse ponto, e depois de ter sido publicamente acusado pelos Lídres da Nação que exorcizava os espíritos imundos por Belzebu [Prícipes das Moscas] — Sanatás, nosso Senhor Jesus Cristo regeitou aquela geração, proferindo a Parábola do Odre Velho e Vinho Novo, e da Veste Velha e Remendo Novo: “E disse-lhes também uma parábola: Ninguém tira um pedaço de uma veste nova para a coser em veste velha, pois que romperá a nova, e o remendo não condiz com a veste velha. E ninguém põe vinho novo [Novo Pacto] em odres velhos [Antigo Pacto]; de outra sorte, o vinho novo romperá os odres, e entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão; mas o vinho novo deve deitar-se em odres novos, e ambos juntamente se conservarão.” (Lc 5.36-38). E Jesus antecipando aos seus vís pensamentos, ironicamente afirmou: “E ninguém tendo bebido o velho quer logo o novo, porque diz: Melhor é o velho (vs 39). Assim, pelo encolhimento do tecido novo, romperia parte da veste velha, e ambos ficariam inúteis. De igual forma, pela falta de elasticidade do couro velho, a expansão causada pela fermentação do vinho novo, faria ambos serem espoliados! Por essa Parábola, Jesus estava claramente demonstrando que o sistema antigo da Lei, assim como o do Farisaísmo estavam caducados! O Messias não veio para reformar nenhum sistema, ele veio para implementar uma nova e completa doutrina, que daria vida, não somente a nação, mas a todos que aceitassem a Graça proposta pelo Pai! Qualquer tentativa de miscigenar o Velho com o Novo, portanto, teria o fim trágico de ambos! Era, portanto, imperativo haver uma mudança total e radical do sistema veterotestamentário, a fim de que o Reino de Deus e o Reino dos Céus pudessem ser ambos implementados. Vinho e tecido novos, representam o Novo Pacto engendrado na graça de Deus! Vinho e tecido velhos, repesentam o Antigo Pacto - a Lei, que conduziria a nação até ao Messias. Jesus o recebeu, cumprindo a totalidade moral e espiritual da Lei! Nessa transição, e com muita lástima, Jesus distanciou sua doutrina das dos Fariseus e dos Saduceus, quando disse à nação: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus” (Mt 5.20). Ainda assim, com o seu imenso amor, se apiedou de ambos: os Fariseus e do homem da mão mirrada — “E, olhando para eles em redor com indignação, condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele a estendeu, e foi-lhe restituída a sua mão, sã como a outra” (Mc 3.5).

Glossário

V I N H A

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente Região Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA.

Vinha denomina um terreno plantado de videiras. Juntamente com a oliveira e figueira, a videira é usada no Antigo Testamento para simbolizar a fertilidade da terra (Dt 6.11; Js 24.13). Ao regressar de espiar a terra de Canaã, um cacho de uvas carregado em uma verga foi trazido, para mostrar ao povo a maravilha da terra que Deus lhes prometera. O plantio e cuidado de uma vinha, requeria uma constante e intensa dedicação. Uma das mais detalhadas descrições do trabalho de uma vinha na Biblia Sagrada se encontra em Isaias 5.1-6. As videiras eram frequentemente plantadas em declives, principalmente porque o terreno era pouco favorável para outros tipos de cultivos. As planícies e vales eram também usados; Hebrom era uma área particularmente notável pelas suas videiras (Nm 13.22-24). Muros de pedra (paredes) ou sebes eram edificados para proteger a vinha de animais e ladrões (Ct 2.15; Jr 49.9). Algumas vezes, torres de vigia também eram construídas para uma maior proteção do campo (Mt 21.33). Sem dúvida, o lagar ou prensa fazia parte inevitável de uma vinha (Mc 12.1). Durante o tempo da vindima, o dono ou lavradores arrendados, levantavam uma tenda junto da vinha, para controle da safra. Uma vez que as uvas saíam nos ramos ou varas, as vinhas eram podadas, a fim de produzir fortaleza para os galhos e qualidade para o fruto. Jesus usa da analogia para mostrar a verdade do Reino de Deus: “Toda vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto” (Jo 15.2) As varas podadas não serviam para mais nada, a não ser para serem queimadas (Jo 15.6). A colheita da uva era feita entre os meses de Agosto e Setembro. A possessão de uma videira era tão importante, que o homem que a plantasse, era exento do serviço militar em tempo de guerra (Dt 20.6). As uvas eram comidas frescas (Jr 31.29) ou secas, em forma de passas (1Sm 25.18). Mas a grande parte da vinha era usada para a fabricação do sumo ou do vinho fermentado. Segundo a Lei de Deus dada a Moisés, todo vinhateiro não podia rabiscar completamente sua vinha, ou colher os bagos caídos por terra; porém eram deixados para servir de sustento para os pobres, estrangeiros (Lv 19.10), orfãos e viúvas (Dt 24.21). A Bíblia constantemente simboliza a vinha com seu povo (Sl 80.8-13). Isaías descreve como Deus esperava que Israel produzisse uvas, porém veio a produzir uvas bravas (Is 5.4). O lamento de Deus se houve: “Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito?” No Novo Testamento Jesus compara a vinha com o Reino de Deus (Mt 20.1-16). E antes de sua partida, Jesus demonstra ao seus discípulos, a necessidade de estar arraigado nele: “Eu sou a videira verdadeira e vós as varas... sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5)!

Esboço

A VINHA DE NABOTE

Sokoloko Bangu Cabral Estados Unidos

Angolana, Departamento de Mídia, Grupo Shebach, cooperadora, professora da EBD



Texto de Memorização
“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas 6.7).
Texto da Lição
1 Reis 21.1-5, 15-16  (ARC) 1 - E sucedeu depois destas coisas que, Nabote, o jizreelita, tinha uma vinha em Jizreel junto ao palácio de Acabe, rei de Samaria. 2 - Então Acabe falou a Nabote, dizendo: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, pois está vizinha ao lado da minha casa; e te darei por ela outra vinha melhor: ou, se for do teu agrado, dar-te-ei o seu valor em dinheiro. 3 - Porém Nabote disse a Acabe: Guarde-me o SENHOR de que eu te dê a herança de meus pais. 4 - Então Acabe veio desgostoso e indignado à sua casa, por causa da palavra que Nabote, o jizreelita, lhe falara, quando disse: Não te darei a herança de meus pais. E deitou-se na sua cama, e voltou o rosto, e não comeu pão. 5 - Porém, vindo a ele Jezabel, sua mulher, lhe disse: Que há, que está tão desgostoso o teu espírito, e não comes pão? 15 - E sucedeu que, ouvindo Jezabel que já fora apedrejado Nabote, e morrera, disse a Acabe: Levanta-te, e possui a vinha de Nabote, o jizreelita, a qual te recusou dar por dinheiro; porque Nabote não vive, mas é morto. 16 - E sucedeu que, ouvindo Acabe, que Nabote já era morto, levantou-se para descer para a vinha de Nabote, o jizreelita, para tomar posse dela.
    1. A VINHA FOI OBJETO DE COBIÇA
  1. Acabe desejou e pediu a vinha: 1 Rs 21.1,2; Mc 7.20-23; Gl 5.17
  2. Nabote negou a venda de sua herança: 1 Rs 21.3,4; 2 Rs 9.25,26
  3. Jezabel tomou a vinha injustamente: 1 Rs 21.7-16, Sl 119.36,37
    2. EXEMPLOS DOS FRUTOS DA COBIÇA  
  1. Desobediência - Eva comeu do fruto proibido: Gn 3.1-7; 1 Sm 15.1-9
  2. Mentira - Geazi ficou leproso: 2 Rs 5.20-27; At 5.1-4; Rm 13.9
  3. Morte - Acã escondeu o anátema: Js 7.20,21; 2 Sm 11.1-4,14-17
    3. ADVERTÊNCIAS CONTRA A COBIÇA  
  1. Não ambicionar coisas altas: Lc 12.16-21; Pv 6.24,25; Rm 12.16
  2. Acomodar-se as coisas humildes: At 20.33-35; Rm 7.7; Fp 2.3
  3. Rejeitar o espírito do materialismo: Ex 20.17; Ec 6.6-9; Fp 4.12; 1 Jo 2.15-17