Editorial

SERVO BOM E VIGILANTE

Rev Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida - Estados Unidos

Ambiente: (Mt 24.45-51) — “Quem é, pois, o servo [doulos] fiel e prudente, que o seu senhor [kurios] constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá; E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios, virá o senhor daquele servo num dia [heméra] em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes [hades].”. Durante a célebre exposição escatológica de Jesus no Monte das Oliveiras, ele encerra a longa homília colocando certa incerteza nas precisas datas desses eventos e, principalmente, da sua vinda súbita e em glória. Não sabendo a hora de vir súbito pela igreja, ele traz uma aproximação desse tempo aos discípulos, utilizando a símile dos acontecimentos nos dias de Noé: “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai. E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mt 24:36-39). Suas duas próximas vindas estão explícitas nesse discurso: uma, a primeira, para recompensar o seu povo, a igreja, pelo trabalho e sofrimento exposto na sua peregrinação — “Que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição [epiphaneia] de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tm 6.14); outra, a segunda, descerá para o livramento de Israel e julgamento final das nações — “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda [parousia]” (2 Ts 2.8).

Explicação: Nesse tempo que estamos vivendo, e que marca o Tempo do Fim, é imperativo que todos os redimidos por Cristo estejam deveras atentos ao seu regresso! Existem duas posturas clássicas nas Escrituras Sagradas: a primeira é aquela anunciada por nosso Senhor Jesus, de um comportamento no mundo semelhante aos dias de Noé — estarão comendo, bebendo, indo aos clubes noturnos, aos cinemas, aos teatros, aos arque
s shows evangélicos, indo aos estádios desportivos, as praias artificiais, as clínicas de estéticas, nos cruzeiros transatlânticos, e se casando e se divorciando; em outras palavras, vivendo a vida vegetativa que o mundo sempre viveu. Jesus virá [epiphaneia] para a sua igreja nesse ambiente! Um mundo de libertinagem, afetando uma igreja adormecida! A segunda é aquela em que o mundo e o povo de Deus estarão em pleno caos, desespero, dor e momentos horrendos no final do governo do anticristo, o homem do pecado. A mortandade já terá alcançado seu extremo na população mundial, enquanto, Israel estará acossada no Vale de Cedrom (Vale de Jeosafá — julgamento de Jeová), entre o Monte das Oliveiras e o Monte Moriá! A força bélica de todas as nações estará apontada para o seu triunfo final e permanente contra os filhos de Jacó! Quando seus pés tocarem [parousia] no monte, e ele se apartará em dois, dando livramento ao seu povo e, fulminantemente, destruindo todo o exército do anticristo — “E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul. E fugireis pelo vale dos meus montes, pois o vale dos montes chegará até Azel... Então virá o SENHOR meu Deus, e todos os santos contigo.” (Zc 14.4-5)!

Interpretação: A vinda súbita e precisa de Jesus Cristo para arrebatar a igreja e salvar a Israel fez alusão a: i. um Pai de Família — igreja (Mt 24.42-44); ii. um Dono de uma Propriedade — Israel (Mt 24.45-51). Sabendo Jesus da sua vinda iminente, ele preparou tanto a igreja, nesta dispensação, assim como a Israel, na dispensação futura. A igreja, ele a assemelhou, como na cultura vigente da Palestina, a um pai de família que deveria guardar a uma casa, no advento de um infortúnio, da presença de um ladrão. E colocou a sua vinda à símile na estratégia de um ladrão que não avisaria a hora que haveria de vir assaltar a sua casa. Portanto, disse Jesus: por isso, estai vós apercebidos também! A intenção amorosa de Jesus foi avisar aos redimidos, que, contemplando os sinais previstos, pudessem ter suas casas seguras — suas vidas espirituais avivadas — para que esse ladrão não os surpreendesse! Sabendo o Senhor que os dois tipos de cristãos existiam, enfatizou ainda mais: “Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra.” (Mt 24.40-41)! Um vigilante — será arrebatado aos céus ( 1 Ts 4.17), e outro relapso — ficará para o dano do castigo eterno (Ap 22.15)! Em ambas as pequenas parábolas foram evidenciadas um bom e um
mau servo; um vigilante e outro imprudente que permeiam o Reino de Deus e o Reino dos Céus! A Israel, ele assemelhou-a a um administrador de um enorme empreendimento que não foi responsável e fiel as suas obrigações outorgadas. Jesus exortou a nação para ser responsável para com os seus deveres impostos, pois seria bem-aventurada se fosse encontrada fazendo conforme recomendada — “Mas se aquele mau servo disser no seu coração: o meu senhor tarde virá; e começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios, virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, e separá-lo-á [o original Persa interpreta como ‘sejam separados o corpo da alma’ – morte eterna], e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.” (Mt 24.50-51)! A súmula de Cristo foi muito emotiva, tanto em relação a igreja, como a nação de Israel. Fidelidade, responsabilidade e disponibilidade são as chaves para todos os nascidos de novo. E, todos em coro, possam dizer: Maranata, ora vem Senhor Jesus!

Glossário

SAREPTA

João Luis de Sousa Cabral Estados Unidos

Angolano, Diácono, Diretor da Divisão de Música, músico

Sarepta é a transliteração grega do vocábulo hebraico Zarephath, que segundo o dicionário bíblico significa fundição ou refinação. Sarepta foi uma cidade antiga fenícia localizada entre Tiro e Sidom, e é a moderna Sarafande, no Líbano (Mt 15.21-28). O vocábulo grego aparece nas Sagradas Escrituras em duas referências, 1 Reis 17 e Lucas 4; e, o vocábulo hebraico é mencionado no único capítulo do profeta Obadias. Sarepta é mencionada pela primeira vez em uma excursão egípcia no século XIV antes de Cristo. A antiga Sarepta estava situada a cerca de 13 quilômetros (ou 8 milhas) ao sul de Sidom, na costa do mar Mediterrâneo, na estrada para Tiro. Ela originalmente pertencia a Sidom e passou à possessão de Tiro por volta de 722 a.C., após a ajuda prestada a Salmaneser pela frota de Sidom em sua mal sucedida tentativa de capturar Tiro. Em 701 a.C., o rei Senaqueribe da Assíria invadiu a Fenícia e com efeito, várias cidades, incluindo Sarepta, foram capturadas. No primeiro século depois de Cristo, a Sarepta romana, um porto a 1 km ao sul, é mencionado por Josephus em “Antiguidades Judaicas”. Sarepta também é designada de uma pequena aldeia cristã do século VI por Eusébio e Jerônimo. A moderna Safarande ou Zarefande é uma vila fundada após o século XII ao norte da antiga Sarepta. Esta é a primeira cidade da região a ser escavada pelo arqueólogo americano James B. Pritchard (1969–1974), visto que outras cidades fenícias como Sidom e Tiro estarem ocupadadas (Mc 7.24-30). Pritchard, em suas escavações registra artefatos encontrados que revelam o dia a dia dos fenícios; estes incluem objetos e ferramentas usados nas olarias, figuras e altares religiosos, como também várias inscrições, sendo algumas ugaríticas (ca. 1300–1200). O profeta Obadias, em sua profecia sobre a possessão e restauração da nação de Israel, faz referência de Sarepta ou Zarefate como cidade vizinha, ao noroeste de Canaã. Em sua profecia, Deus promete a Sarepta por possessão aos filhos de Israel (Ob 1.20). Anos mais cedo, durante a seca em Israel, o Senhor mandou a sua palavra ao profeta Elias dizendo: “Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali, eis que eu ordenei a uma mulher viúva que te sustente” (1 Rs 17.9). A farinha na panela e o azeite da botija não cessaram porque esta viúva creu na palavra do profeta do Senhor. O Senhor Jesus faz menção de Elias em Sarepta de Sidom na Sinagoga em Nazaré, após a leitura do trecho de Isaías (61.1-2). A provisão de Deus veio para o profeta, e para viúva e seu filho quando esta creu e executou a palavra do Senhor pelo homem de Deus. A única viúva que presenciou e desfrutou da provisão de Deus durante aquela época de seca. “E em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva” (Lc 4.25-26).

Esboço

A VIÚVA DE SAREPTA

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC, na Flórida



Texto de Memorização
“Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva" (Lc 4.25,26).
Texto da Lição
1 Reis 17.8-16  (ARC) 8 - Então veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo: 9 - Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente. 10 - Então ele se levantou, e foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou, e lhe disse: Traze-me, peço-te, num vaso um pouco de água que beba. 11 - E, indo ela a trazê-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me agora também um bocado de pão na tua mão. 12 - Porém ela disse: Vive o SENHOR teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela, e um pouco de azeite numa botija; e vês aqui apanhei dois cavacos, e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos, e morramos. 13 - E Elias lhe disse: Não temas; vai, faze conforme à tua palavra; porém faze dele primeiro para mim um bolo pequeno, e traze-mo aqui; depois farás para ti e para teu filho. 14 - Porque assim diz o SENHOR Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará até ao dia em que o SENHOR dê chuva sobre a terra. 15 - E ela foi e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias. 16 - Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou; conforme a palavra do SENHOR, que ele falara pelo ministério de Elias.
    1. A PROVISÃO DIVINA ALCANÇA AOS NECESSITADOS
  1. Ouvindo o clamor da viúva: 1Rs 17.12-14,18
  2. Dando sustento ao profeta: 1Rs 17.3,4,9,15; 18.10; 19.4-7
  3. Salvando da morte o filho: 1Rs 17.21-23; 2Rs 4.32,33,36
    2. O EXEMPLO DE UMA VIÚVA ESTRANGEIRA  
  1. Obedecendo a palavra do profeta: 1Rs 17.10,11,15; Lc 5.5; Hb 13.17; 2Rs 5.14
  2. Abençoando sem recursos ao profeta: 1Rs 17.12; Mc 12.42-44; Jo 6.7-9; 2Rs 4.42-43
  3. Crendo no Deus do profeta: 1Rs 17.24; 18.38,39
    3. O TESTEMUNHO DO PROFETA ELIAS  
  1. Um homem de palavra: 1Rs 17.1,14,16; 18.36; 21.20; 2Rs 1.10
  2. Um homem de oração: 1Rs 17.21,22; 18.37,38; Tg 5.17,18
  3. Um homem de compaixão: 1Rs 17.19,20; 18.21,30; Mt 9.36; Lc 7.13; 10.33