Editorial

COISAS VELHAS E NOVAS

Rev Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida - Estados Unidos

Ambiente: (Mateus 13.52) — “E ele disse-lhes: Por isso, todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.” Jesus deixa a sua casa, e a pé, ruma às margens do Lago de Genesaré, e fazendo da popa de um barco sua tribuna, começou a ensinar uma séria de extraordinárias parábolas. A multidão cresceu avultosamente, e quando Jesus terminou, colocou a sábia questão aos discípulos: entendestes todas essas coisas? Em coro responderam todos unânimes: Sim, Senhor! Os escribas — gramma, copistas e mestres das Escrituras Sagradas — “Este Esdras subiu de babilônia; e era escriba hábil na lei de Moisés, que o SENHOR Deus de Israel tinha dado...” (Ed 7.6), foi o alvo da imediata atenção de Jesus, o qual lhes apresentou o grande desafio que pairava à frente de suas vidas, delineando a parábola das Coisas Velhas e Novas!

Explicação: o termo tesouro utilizado nessa parábola por Jesus é sinônimo de depósito, reservatório ou dispensa. John Robinson, o puritano da época pós-colonial dos Estados Unidos, afirmou: “nosso Senhor Jesus Cristo ainda tem muita luz e verdade para extrair da sua santa Palavra
". (At 26.22)! A revelação do divino é antiga, mas sua apresentação é nova cada manhã; seus princípios são milenares, mas a sua aplicação é contemporânea! O vinho novo, a casa nova, a revelação nova, o talento novo ou o celeiro novo não se apresenta pela idade de cada elemento, mas sim pela revelação destes. Portanto, cronometricamente, coisas novas podem vir do velho ou do novo! Existem novas revelações nas coisas velhas, assim como existem antigas nas coisas novas. Portanto, a relatividade termina quando “Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem” Rm 4.17. Assim, que, o Evangelho que aparece como uma nova revelação para o homem é mais antigo do que a própria Lei e o Velho Pacto — “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti” (Gl 3.8). Apesar de sermos vasos de barro, temos um precioso tesouro, do qual devemos lançar mãos para dele tirar novas experiências, ou consolidar outras antigas! Simplesmente Jesus quis dizer com letras garrafais, que tudo aquilo que eles tinham aprendido deveriam ficar em seus depósitos, não para envelhecerem ou se corromperem! Pedro e João vivenciaram estas verdades quando o desafio bateu às suas portas por um infeliz mendigo: “Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (At 3.6)! A cura era antiga, mas o poder e sua manifestação pública era novíssimo advindo do dia de pentecostes!

Interpretação: O ardente anelo de Jesus era ver os discípulos, fossem leigos ou experimentados, serem usados para a ampliação do Reino de Deus, assim como do Reino dos Céus! A visão não poderia estacionar nem morrer à beira do caminho! A seara era grande naquele tempo, como é imensa hoje em dia. Se a igreja estacionar, e os ministros do santo evangelho viverem apenas de líricas apresentações dominicais, as almas não serão alcançados e, portanto, o Reino estará em crise de crescimento. Pois, se estes se calarem até as pedras clamarão. Esse era o veemente apelo d
o Messias àquele que haveriam de segurar o timão da grande nau. Ai de nós se não anunciarmos o Evangelho, de não permitir que águas frescas, vivas e novas advenham do antiquíssimo evangelho, a nossa causa— o meu evangelho — estará em agreste perigo! O nosso tesouro está transbordando, assim como esteve os de Eliú: “Eis que dentro de mim sou como o mosto, sem respiradouro, prestes a arrebentar, como odres novos” (Jó 32.19); como esteve o de Jeremias: “Então disse eu: não me lembrarei dele, e não falarei mais no seu nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer, e não posso mais” (Jr 20.9); como esteve o de Davi: “O meu coração ferve com palavras boas, falo do que tenho feito no tocante ao Rei. A minha língua é a pena de um destro escritor” (Salmos 45.1)! Se não instalarmos urgentemente um vazadouro em nossas vidas, na vida da nossa família e na sacra vida da igreja, implodiremos, e a morte será inevitável, como afirmou Salomão: “Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço, e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Ec 12.6-7). Sim, amados eleitos para esta santa causa, Jesus fez um dos maiores e profundos apelos: o escriba, o leigo, o evangelista, o pastor, o mestre e o apóstolo deve, compulsoriamente, extrair coisas novas do seu tesouro! Somos esse pai de família: de nós mesmos; do nosso lar; da nossa igreja; ou na nossa nação! Temos um tesouro, e é tudo que necessitamos para revolucionar o mundo perdido, com o genuíno evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!

Glossário

Topografia de Israel

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC, na Flórida - EstadosUnidos

Israel é um país concorrido na esfera política, social, religiosa e arqueológica; sendo palco de várias guerras, conquistas e descobertas durante os séculos, por vários impérios e reinados. Uma nação riquíssima em suas tradições, cultura e história. Os escritores da Bíblia tinham noção geográfica e cultural de sua terra, e por isso a aplicaram aos escritos sagrados. As parábolas ditas pelo próprio Jesus espelham seu conhecimento da terra, dos costumes e do povo, as quais são exemplos da rica diversificação, beleza e aspectos geográficos de Israel. Existem cinco importantes fatores que identificam a nação: ela é uma terra cercada; uma terra pequena; uma terra escassa de recursos naturais e água; é uma terra diversificada; e devido as suas limitações, é uma terra que inspira fé e dependência em Deus. O país apesar de pequeno (96 km de extensão e 240 km de largura), possui cinco diferentes zonas longitudionais que marcam diferenças drásticas em sua vegetação, altitude e fauna. Na primeira zona, ao oeste, está localizada a planície costeira, a qual é banhada pelo Mar Mediterrâneo, ou Mar Grande, em toda sua extensão. Em seguida, a cordilheira central, onde se encontra a maior altitude do país. Ao centro, está a depressão do vale do Jordão, a qual é a mais baixa da terra, a 426m abaixo do nivel do mar. Logo, o planalto central ou transjordânia com altas montanhas, e finalmente o deserto, que compõe 50% do território. Existem também enormes diferenças de altitude em curtas distâncias. Esses contrastes formam o árido Arabá, na extremidade do deserto da Judéia, com suas escarpas irregulares. Essas variações de terreno e clima deram lugar a padrões extremamente diversos de povoados na Palestina. Em Israel, não somente a água é escassa, mas ela é também utilizada com muita diligência. Modernamente, se pode apreciar plantações em meio ao deserto, devido a irrigação subterrânea computarizada, em que cada gota é precisamente lançada à terra. As principais fontes de abastecimento no país provêm das chuvas (precipitação de 50 dias durante o inverno), dos rios e das fontes, as quais são dirigidas às muitas cisternas e tanques dentro do país. Israel tem duas estações durante o ano: a estação de chuva, que vai de outubro até abril; e a estação seca, que vai de junho até setembro (Dt 11.14; Jr 5.24; Os 6.3). Devido a grande altitude da cadeia montanhosa, que se estende desde Berseba até o Líbano, as chuvas em Israel se acumulam nas zonas da planície e da cordilheira central. Isso faz com que o norte do país seja verdejante e abundante no cultivo de frutas; enquanto a região sul do Mar Morto, árida pela escassez das chuvas que atingem no máximo 20cm anualmente. Toda essa diferenciação da terra, fazia com que o povo de Deus vivesse em obediência ao Senhor. A promessa de Jeová foi que, “se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar ao SENHOR vosso Deus, e de o servir de todo o vosso coração e de toda a vossa alma, então darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhais o vosso grão, e o vosso mosto e o vosso azeite. E darei erva no teu campo aos teus animais, e comerás, e fartar-te-ás” (Dt 11.13-15). Entretanto, a desobediência traria graves consequências sobre o povo e sobre a terra. “Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles; e a ira do SENHOR se acenda contra vós, e feche ele os céus, e não haja água, e a terra não dê o seu fruto, e cedo pereçais da boa terra que o SENHOR vos dá” (Dt 11.16-17). As Festas Judaicas faziam parte do culto e agradecimento ao Senhor, quando o povo trazia suas primícias, rogando a Deus sua bênção sobre os demais meses que restavam para a colheita. O culto à Baal em Israel, estabelecido por Acabe e Jezabel, veio transtornar o estabelecido por Deus; levando o povo a apelar aos deuses dos sidônios, a prosperidade e bênção em suas plantações. Entretanto, Deus usa ao profeta Elias, dizendo que não haveria chuva nem orvalho sobre a terra, manifestando assim, sua soberania e poder sobre os deuses falsos, os quais Israel agora servia. Após três anos e meio, sob a palavra enviada por Deus ao profeta, os céus se abrem e chuva cai sobre a terra, mostrando que céus e terra estão baixo o domínio do Deus Todo-Poderoso.

Esboço

A LONGA SECA SOBRE ISRAEL

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC, na Flórida - EstadosUnidos



Texto de Memorização
“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra" (2 Cr 7.14).
Texto da Lição
1 Reis 18.1-8   (ARC) 1 - E sucedeu que, depois de muitos dias, a palavra do SENHOR veio a Elias, no terceiro ano, dizendo: Vai, apresenta-te a Acabe; porque darei chuva sobre a terra. 2 - E foi Elias apresentar-se a Acabe; e a fome era extrema em Samaria. 3 - E Acabe chamou a Obadias, o mordomo; e Obadias temia muito ao SENHOR, 4 - Porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do SENHOR, Obadias tomou cem profetas, e de cinqüenta em cinqüenta os escondeu numa cova, e os sustentou com pão e água. 5 - E disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a todas as fontes de água, e a todos os rios; pode ser que achemos erva, para que em vida conservemos os cavalos e mulas, e não percamos todos os animais. 6 - E repartiram entre si a terra, para a percorrerem: Acabe foi à parte por um caminho, e Obadias também foi sozinho por outro caminho. 7 - Estando, pois, Obadias já em caminho, eis que Elias o encontrou; e Obadias, reconhecendo-o, prostrou-se sobre o seu rosto, e disse: 8 - És tu o meu senhor Elias? E disse-lhe ele: Eu sou; vai, e dize a teu senhor: Eis que Elias está aqui.
    1. MOTIVOS DE SECA EM ISRAEL 
  1. Razões climáticas naturais: Dt 11.10,11; Is 35.7
  2. Razões circunstanciais: Js 3.16; 2 Rs 3.9; 2 Cr 32.2-4
  3. Razões de juízo divino: Dt 11.13-17; 2 Cr 7.13,14; Ag 1.9-11
    2. O CENÁRIO CALAMITOSO EM ISRAEL  
  1. O povo entregue a idolatria: 1 Rs 18.21; 1 Rs 19.10; Jz 2.13,14
  2. Os profetas do Senhor perseguidos: 1 Rs 18.4,10; Mt 5.12
  3. A seca e a fome assolam a nação: 1 Rs 18.2; 2 Rs 6.25; Jl 1.10
    3. A INTERVENÇÃO DIVINA ATRAVÉS DA SECA EM ISRAEL  
  1. Confrontando o pecado da nação: 1 Rs 16.31-33; 18.18
  2. Demonstrando sua soberania e poder: 1 Rs 17.1; Tg 5.17
  3. Sustentando os fiéis em meio à crise: 1 Rs 17.4, 9,14; 18.13; Is 41.17