PARÁBOLA DE JESUS — GRÃO DE MOSTARDA
Rev Eronides
DaSilva
Estados Unidos |
Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida
, Estados Unidos |
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Referência: Mateus 13.31-32 —
Ambiente: Nessa época, o meio de transporte favorito de Jesus, enquanto na Galiléia, era o barco à vela. Nesse dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à orla do mar da Galiléia e, como esperado, em minutos uma multidão o cercou, forçando-o a tomar emprestado um barco, e fazer dele sua costumeira tribuna.
“E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a
semear”;
“Propôs-lhes outra parábola, dizendo: o reino dos céus é semelhante ao homem que
semeia a boa semente no seu campo”; e finalmente, encerra o assunto em pauta, dizendo;
“Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao
grão de mostarda que o homem, pegando nele, semeou no seu campo; o qual é, realmente, a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos” (Mt 13.3, 24, 31-32). A ligação exegética, “propôs-lhes outra parábola”, dá a entender que as parábolas acerca da semeadura, da boa semente e a do grão de mostarda se completam entre si. Enquanto as parábolas da
semeadura e da boa semente revelam o que acontece no interior do Reino de Deus e dos seus membros; a do
grão de mostarda fala do que ocorre no exterior do Reino de Deus e do indivíduo que o compõe: sua grandeza, sua estética e sua abragência. A lei da
interpretação e da aplicação deve ser cuidadosamente observada na parábola do Grão de Mostarda. A fim de observarmos a interpretação dessas parábolas é importante observar estes dois princípios: i. na parábola do Trigo e do Joio (a boa e a má semente), o assunto chave é o
tempo, pois pela sua brevidade, ela é legada ao Reino Messiânico — Reino dos Céus; ii. na parábola do Grão de Mostarda, entretanto, a ênfase dada é sua
grandeza, sua opulência e sua abrangência. Portanto, a sua interpretação deve ser consignada ao Reino de Deus. Esse Reino (atual dispensação da graça) contempla no período entre a ascensão de Cristo e do seu regresso com a igreja, para salvar a Israel e instalar o Julgamento Final das Nações, no final da Grande Tribulação (Mt 25.31-33)!
Explicação:
A mostarda é uma erva-condimento, como o cuminho, a hortelã, o coentro e o açafrão, comumente utilizados no composto alimentar. A semente de mostarda (brassica nigra) tão pequena que é na sua flor, entretanto, no seu conteúdo, hospeda centenas de pequenos embrionários que, depois de pisado, produz uma pasta de um agreste sabor. Um pastor, visitando a Israel, o cicerone tomou um pequeno galho do pé de mostarda, retirou dele uma semente enclaustrada na sua flor, e comprimindo-a sobre a palma da sua, ela foi expandida em pequenas sementes, em forma de um espesso líquido amarelado. Apesar da sua infinitésima estrutura embrionária, ela contém tudo que é necessário à mostarda crescer e, milagrosamente, tornar-se uma árvore, com caule, galhos, flores e frutos! Assim é o Reino de Deus, ou a expressão minúscula inicial da igreja universal sobre a terra: um homem pendurado na cruz; um profundo tédio naquele final de semana de páscoa; quarenta dias de êxtase dos seus discípulos; horrenda inquietação da nação e dos ocupadores romanos, depois da sua ressurreição; seus diversos aparecimentos aos onze amados; sua ascensão privada aos céus a caminho de Betânia; ao seu mandato, os seus 120 remanescentes seguidores ficaram por 50 dias, aquartelados no cenáculo; repentinamente, a grande promessa de Joel 2.28 se cumpriu, e todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas; momentos depois, a homilia pública do pescador, faz três mil almas se renderem aos pés de Jesus; dias depois, Pedro e João adentram na Porta Formosa do Templo, e ordena ao pedinte paralítico que se levante, e mais cinco mil almas são agregadas a essa
hortaliça; e no encerramento do Livro de Atos, ele nos traz a feliz notícia que, todos daquele mundo atual, já tinham ouvido o evangelho:
“Que já chegou a vós, como também está em todo o mundo; e já vai frutificando, como também entre vós, desde o dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus em verdade” (Cl 1.6). Tertuliano num veemente apelo, acrescenta: “somos de ontem, mas já deixamos os vossos templos pagãos vazios”!
Interpretação:
A hortaliça cresceu tanto que, infelizmente, os homens por interesses pessoais, a tornaram em uma potente
árvore, com um robusto caule, frondosos galhos e palmadas folhas. Nesse fantástico crescimento, o bispado em nosso quarto século, se preocupou mais no nome dessa
árvore, no seu alcance, no seu poder dominador político, e quanto numerário poder-se-ia arrecadar para o seu tesouro, usando o seu favor e a sua vida. De uma pequena
hortaliça, se tornou uma opulenta árvore: os clérigos de então, trocaram a permanente semeadura da pequena semente — o simples evangelho, para construir gigantescas catedrais, e colocar os seus nomes bem altos a fim de que toda a terra pudesse os ver e os adorar. Os que outrora tinham sido chamados para cuidar do rebanho —
“Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós...” (1 Pe 5.2), deixaram seus galhos, folhas e frutos desprotegidos, à mercê das predadoras aves noturnas dos ares, as quais acharam pousada, abrigo e alimento. Veio Flavio Valério Aurélio Constantino, sua corja real e os herdeiros dos bispados do Leste e do Oeste e, numa coligação política e infernal, colocaram seus nichos nos confortáveis e seguros lugares dos frondosos ramos e das verdes folhagens dessa santa
árvore. A Babilônia já tinha sido advertida desse paralelo escatológico:
“Crescia esta árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até ao céu; e era vista até aos confins da terra. A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam moradas nos seus ramos, e toda a carne se mantinha dela” (Dn 4.11-12). Os doze guardas reais, colunas da igreja primitiva, já tinham sido chamados às mansões celestiais! A
árvore ficou solitária, e a mercê do infernal papado, que a tornou em morada sensual dos sacrílegos e pretensos pais dessa bendita
árvore — a igreja de nosso Senhor Jesus Cristo: “E clamou fortemente com grande voz, dizendo: caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou
morada de demônios, e covil de todo espírito imundo, e esconderijo de toda
ave imunda e ondeáveis delícias. E ouvi outra voz do céu, que dizia: sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas” (Ap 18.2,4). Portanto, a interpretação desta parábola, reside no explicito crescimento do Reino de Deus — dispensação da graça. Ela tendo sido plantada nesta terra — jardim de Deus, teve, forçosamente de compartir espaço com o reino das trevas e com os deste mundo:
“Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas” (2 Co 11.28). Na sua inesperada metamorfose, de
hortaliça — organismo para uma árvore —
organização, os políticos clericais forçaram-na albergar os homens, governos e seus constituintes. E não foi por menos que os pós-reformadores não aceitaram nenhuma barganha política ou comercial em troca do futuro da igreja. O imperador Constantino, depois da vitória sobre Lacínios, em 328 a.D., fez a santa e humilde
hortaliça, agora árvore, se assentar no trono dos Césares e dos seus príncipes; e, em contra partida, serem ordenados ao sumo pontifício, e vergonhosamente, mais tarde serem canonizados! Com lágrimas, os fiéis distantes, contemplaram suas folhas e galhos se tornarem pesados, bichados e deteriorados pelo pútrido efeito do pecado, que a fez sucumbir às cinzas por um milênio. Entretanto, e graças à soberania e poder do seu dono, ao cheiro das águas da Reforma, começou a crescer viçosamente:
“Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta” (Jó 14.9)! Essa
hortaliça, em 1550 da nossa era, foi transportada ao ribeiro de muitas águas, voltando à sua simplicidade, santidade e prioridade na pregação do Evangelho — na disseminação do grão de mostarda. Suas ramagens passaram ao Novo Mundo, e em 1881, acontece o despertamento na América colonial, e os quatro zelosos discípulos Barton Stone de Kentucky, Thomas Campbell de Pensilvânia, Elias Smith de New Hampshire e James O’Kelly de Virginia, com a indispensável ajuda do Espírito Santo, começaram a podar os galhos podres advindos da penosa reforma e, permanentemente, expulsar os vis hóspedes parasitários:
“e as aves desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as
enxotava” (Gn 15.11). Em 1911, nasce a assembléia de Deus dos santos! Mas até quando durará sua santidade e seu apogeu eclesiástico, uma vez que o seu destino, como o Grão de Mostarda, é sempre crescer? Até que se ouça a divina voz: corte-a e a transponha da terra para o céu —
“...seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17)!
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PROFETA OSÉIAS
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Marcello Zorzi
Reino Unido |
Brasileiro, professor, articulista, revisor |
Seu nome significa salvo ou salvação. Filho de Beeri, que foi profeta do Senhor nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias (reis de Judá) e nos dias de Jeroboão II, Zacarias, Salum, Menaem, Pecaías, Peca e Oséias (reis de Israel). As datas destes reinados mostram que Oséias deve haver vivido aproximadamente 120 anos e era um contemporâneo dos profetas Amós, Isaías e Miquéias. Seu ministério estendeu-se por volta do ano 770 a 725 a.C. Oséias era cidadão do Reino do Norte, ou de Israel, e vivia em Samaria. Suas experiências pessoais foram designadas por Deus para serem como exemplo para a nação de Israel, e como simbologia do que Deus sentia pelo seu povo naquela época. Deus ordenou que Oséias tomasse uma mulher de prostituições
— mulher vadia, a fim de ilustrar a infidelidade espiritual de Israel (Os 1.2). Sua esposa se chamou Gomer, filha de Diblaim (Os 1.3). Desta união, três filhos foram concebidos: Jizreel, Lo-Ruama e Lo-Amí (Os 1.4,6,9). Segundo seus nomes, esses filhos sentiriam vergonha por causa da perversão em que vivera sua mãe (Os 2.1-5). Isto representava muito claramente a situação do povo de Israel: eles haviam traído o Senhor, pervertendo-se com o culto aos ídolos, servindo-os com suas maldades. Porque a nação de Israel era como que a esposa, unida ao Senhor seu Deus; mas depois essa nação se desviou vergonhosamente e foi após os falsos deuses e suas próprias maldades. A Oséias foi revelado a queda do Reino do Norte nas mãos da Assíria, como a Jeremias foi revelado a queda do Reino do Sul nas mãos da Babilônia. Oséias foi a última voz profética antes da Assíria levar as dez tribos para o cativeiro no ano 722 a.C. O ministério de Oséias seguiu-se logo depois do ministério de Amós no reino do Norte, enquanto seus contemporâneos Isaías e Miquéias profetizaram para o reinode Judá. Tanto
Oséias como Amós são os únicos profetas do Antigo Testamento, cujos livros foram dedicados inteiramente ao Reino do Norte, anunciando-lhe a destruição iminente. Oséias foi vocacionado por Deus a profetizar ao Reino de Israel, que desmoronava espiritual e moralmente, durante os últimos quarenta anos de sua existência. Quando Oséias iniciou o seu ministério, durante os últimos anos de Jeroboão II, Israel desfrutava de uma temporária prosperidade econômica e de paz política. Passados quinze anos da morte do rei, quatro de seus sucessores foram assassinados. Decorridos mais quinze anos, Samaria foi incendiada, e os israelitas deportados à Assíria, e posteriormente dispersos entre as nações. O livro de Oséias pode ser dividido em dois tópicos:
i. sua vida pessoal e exemplo como esposo; ii. a nação de Israel, suas transgressões, juízo e restauração.
OSÉIAS — A FIDELIDADE NO RELACIONAMENTO COM DEUS
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Manuela Costa Barros
Estados Unidos |
Brasileira, Primeira Tesoureira, professora da EBD, Deã Acadêmica do STB |
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Texto de Memorização |
“Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.
”
(2 Coríntios 11.2). |
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1. LINGUAGEM DO PROFETA OSÉIAS |
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Mensagem falada – exortativa: Os 7.1; 14.2 |
Mensagem vivida – simbologia: Os 1.2,4,6,9; 3.2,4,5 |
Mensagem escatológica – promessas: Os 8.1-3; 14.7 |
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2. VIDA DO PROFETA OSÉIAS |
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O casamento com uma prostituta: Os 1.2,3 |
A traição da esposa adúltera: Os 2.2,1 |
A reconciliação com a adúltera: Os 3.1 |
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Oséias 1.1,2; 2.14-17; 19,20 (ARC)
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Os 1.1 - Palavra do SENHOR, que foi dirigida a Oséias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel.
2 - O princípio da palavra do SENHOR por meio de Oséias. Disse, pois, o SENHOR a Oséias: Vai, toma uma mulher de prostituiçöes, e filhos de prostituição; porque a terra certamente se prostitui, desviando-se do SENHOR.
Os 2.14 - Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.
15 - E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale de Acor, por porta de esperança; e ali cantará, como nos dias de sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito.
16 - E naquele dia, diz o SENHOR, tu me chamarás: Meu marido; e não mais me chamarás: Meu senhor.
17 - E da sua boca tirarei os nomes dos Baalins, e não mais se lembrará desses nomes.
19 - E desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias.
20 - E desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao SENHOR.
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