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Fort Lauderdale, Flórida,  14 de Outubro de 2012 Ano XX  Lição Nº 42


 

PARÁBOLA DE JESUS  —  GRÃO DE MOSTARDA 

Rev Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida , Estados Unidos

Referência: Mateus 13.31-32 — Ambiente: Nessa época, o meio de transporte favorito de Jesus, enquanto na Galiléia, era o barco à vela. Nesse dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à orla do mar da Galiléia e, como esperado, em minutos uma multidão o cercou, forçando-o a tomar emprestado um barco, e fazer dele sua costumeira tribuna. “E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear; “Propôs-lhes outra parábola, dizendo: o reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo”; e finalmente, encerra o assunto em pauta, dizendo; “Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando nele, semeou no seu campo; o qual é, realmente, a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos” (Mt 13.3, 24, 31-32). A ligação exegética, “propôs-lhes outra parábola”, dá a entender que as parábolas acerca da semeadura, da boa semente e a do grão de mostarda se completam entre si. Enquanto as parábolas da semeadura e da boa semente revelam o que acontece no interior do Reino de Deus e dos seus membros; a do grão de mostarda fala do que ocorre no exterior do Reino de Deus e do indivíduo que o compõe: sua grandeza, sua estética e sua abragência. A lei da interpretação e da aplicação deve ser cuidadosamente observada na parábola do Grão de Mostarda. A fim de observarmos a interpretação dessas parábolas é importante observar estes dois princípios: i. na parábola do Trigo e do Joio (a boa e a má semente), o assunto chave é o tempo, pois pela sua brevidade, ela é legada ao Reino Messiânico — Reino dos Céus; ii. na parábola do Grão de Mostarda, entretanto, a ênfase dada é sua grandeza, sua opulência e sua abrangência. Portanto, a sua interpretação deve ser consignada ao Reino de Deus. Esse Reino (atual dispensação da graça) contempla no período entre a ascensão de Cristo e do seu regresso com a igreja, para salvar a Israel e instalar o Julgamento Final das Nações, no final da Grande Tribulação (Mt 25.31-33)! Explicação: A mostarda é uma erva-condimento, como o cuminho, a hortelã, o coentro e o açafrão, comumente utilizados no composto alimentar. A semente de mostarda (brassica nigra) tão pequena que é na sua flor, entretanto, no seu conteúdo, hospeda centenas de pequenos embrionários que, depois de pisado, produz uma pasta de um agreste sabor. Um pastor, visitando a Israel, o cicerone tomou um pequeno galho do pé de mostarda, retirou dele uma semente enclaustrada na sua flor, e comprimindo-a sobre a palma da sua, ela foi expandida em pequenas sementes, em forma de um espesso líquido amarelado. Apesar da sua infinitésima estrutura embrionária, ela contém tudo que é necessário à mostarda crescer e, milagrosamente, tornar-se uma árvore, com caule, galhos, flores e frutos! Assim é o Reino de Deus, ou a expressão minúscula inicial da igreja universal sobre a terra: um homem pendurado na cruz; um profundo tédio naquele final de semana de páscoa; quarenta dias de êxtase dos seus discípulos; horrenda inquietação da nação e dos ocupadores romanos, depois da sua ressurreição; seus diversos aparecimentos aos onze amados; sua ascensão privada aos céus a caminho de Betânia; ao seu mandato, os seus 120 remanescentes seguidores ficaram por 50 dias, aquartelados no cenáculo; repentinamente, a grande promessa de Joel 2.28 se cumpriu, e todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas; momentos depois, a homilia pública do pescador, faz três mil almas se renderem aos pés de Jesus; dias depois, Pedro e João adentram na Porta Formosa do Templo, e ordena ao pedinte paralítico que se levante, e mais cinco mil almas são agregadas a essa hortaliça; e no encerramento do Livro de Atos, ele nos traz a feliz notícia que, todos daquele mundo atual, já tinham ouvido o evangelho: “Que já chegou a vós, como também está em todo o mundo; e já vai frutificando, como também entre vós, desde o dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus em verdade” (Cl 1.6). Tertuliano num veemente apelo, acrescenta: “somos de ontem, mas já deixamos os vossos templos pagãos vazios”! Interpretação: A hortaliça cresceu tanto que, infelizmente, os homens por interesses pessoais, a tornaram em uma potente árvore, com um robusto caule, frondosos galhos e palmadas folhas. Nesse fantástico crescimento, o bispado em nosso quarto século, se preocupou mais no nome dessa árvore, no seu alcance, no seu poder dominador político, e quanto numerário poder-se-ia arrecadar para o seu tesouro, usando o seu favor e a sua vida. De uma pequena hortaliça, se tornou uma opulenta árvore: os clérigos de então, trocaram a permanente semeadura da pequena semente — o simples evangelho, para construir gigantescas catedrais, e colocar os seus nomes bem altos a fim de que toda a terra pudesse os ver e os adorar. Os que outrora tinham sido chamados para cuidar do rebanho — “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós...” (1 Pe 5.2), deixaram seus galhos, folhas e frutos desprotegidos, à mercê das predadoras aves noturnas dos ares, as quais acharam pousada, abrigo e alimento. Veio Flavio Valério Aurélio Constantino, sua corja real e os herdeiros dos bispados do Leste e do Oeste e, numa coligação política e infernal, colocaram seus nichos nos confortáveis e seguros lugares dos frondosos ramos e das verdes folhagens dessa santa árvore. A Babilônia já tinha sido advertida desse paralelo escatológico: “Crescia esta árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até ao céu; e era vista até aos confins da terra. A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam moradas nos seus ramos, e toda a carne se mantinha dela” (Dn 4.11-12). Os doze guardas reais, colunas da igreja primitiva, já tinham sido chamados às mansões celestiais! A árvore ficou solitária, e a mercê do infernal papado, que a tornou em morada sensual dos sacrílegos e pretensos pais dessa bendita árvore — a igreja de nosso Senhor Jesus Cristo: “E clamou fortemente com grande voz, dizendo: caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e covil de todo espírito imundo, e esconderijo de toda ave imunda e ondeáveis delícias. E ouvi outra voz do céu, que dizia: sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas” (Ap 18.2,4). Portanto, a interpretação desta parábola, reside no explicito crescimento do Reino de Deus — dispensação da graça. Ela tendo sido plantada nesta terra — jardim de Deus, teve, forçosamente de compartir espaço com o reino das trevas e com os deste mundo: “Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas” (2 Co 11.28). Na sua inesperada metamorfose, de hortaliçaorganismo para uma árvoreorganização, os políticos clericais forçaram-na albergar os homens, governos e seus constituintes. E não foi por menos que os pós-reformadores não aceitaram nenhuma barganha política ou comercial em troca do futuro da igreja. O imperador Constantino, depois da vitória sobre Lacínios, em 328 a.D., fez a santa e humilde hortaliça, agora árvore, se assentar no trono dos Césares e dos seus príncipes; e, em contra partida, serem ordenados ao sumo pontifício, e vergonhosamente, mais tarde serem canonizados! Com lágrimas, os fiéis distantes, contemplaram suas folhas e galhos se tornarem pesados, bichados e deteriorados pelo pútrido efeito do pecado, que a fez sucumbir às cinzas por um milênio. Entretanto, e graças à soberania e poder do seu dono, ao cheiro das águas da Reforma, começou a crescer viçosamente: “Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta” (Jó 14.9)! Essa hortaliça, em 1550 da nossa era, foi transportada ao ribeiro de muitas águas, voltando à sua simplicidade, santidade e prioridade na pregação do Evangelho — na disseminação do grão de mostarda. Suas ramagens passaram ao Novo Mundo, e em 1881, acontece o despertamento na América colonial, e os quatro zelosos discípulos Barton Stone de Kentucky, Thomas Campbell de Pensilvânia, Elias Smith de New Hampshire e James O’Kelly de Virginia, com a indispensável ajuda do Espírito Santo, começaram a podar os galhos podres advindos da penosa reforma e, permanentemente, expulsar os vis hóspedes parasitários: “e as aves desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava(Gn 15.11). Em 1911, nasce a assembléia de Deus dos santos! Mas até quando durará sua santidade e seu apogeu eclesiástico, uma vez que o seu destino, como o Grão de Mostarda, é sempre crescer? Até que se ouça a divina voz: corte-a e a transponha da terra para o céu — “...seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17)!

 

PROFETA  OSÉIAS

 

Marcello Zorzi Reino Unido

Brasileiro, professor, articulista, revisor


Seu nome significa salvo ou salvação. Filho de Beeri, que foi profeta do Senhor nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias (reis de Judá) e nos dias de Jeroboão II, Zacarias, Salum, Menaem, Pecaías, Peca e Oséias (reis de Israel). As datas destes reinados mostram que Oséias deve haver vivido aproximadamente 120 anos e era um contemporâneo dos profetas Amós, Isaías e Miquéias. Seu ministério estendeu-se por volta do ano 770 a 725 a.C. Oséias era cidadão do Reino do Norte, ou de Israel, e vivia em Samaria. Suas experiências pessoais foram designadas por Deus para serem como exemplo para a nação de Israel, e como simbologia do que Deus sentia pelo seu povo naquela época. Deus ordenou que Oséias tomasse uma mulher de prostituições — mulher vadia, a fim de ilustrar a infidelidade espiritual de Israel (Os 1.2). Sua esposa se chamou Gomer, filha de Diblaim (Os 1.3). Desta união, três filhos foram concebidos: Jizreel, Lo-Ruama e Lo-Amí (Os 1.4,6,9). Segundo seus nomes, esses filhos sentiriam vergonha por causa da perversão em que vivera sua mãe (Os 2.1-5). Isto representava muito claramente a situação do povo de Israel: eles haviam traído o Senhor, pervertendo-se com o culto aos ídolos, servindo-os com suas maldades. Porque a nação de Israel era como que a esposa, unida ao Senhor seu Deus; mas depois essa nação se desviou vergonhosamente e foi após os falsos deuses e suas próprias maldades. A Oséias foi revelado a queda do Reino do Norte nas mãos da Assíria, como a Jeremias foi revelado a queda do Reino do Sul nas mãos da Babilônia. Oséias foi a última voz profética antes da Assíria levar as dez tribos para o cativeiro no ano 722 a.C. O ministério de Oséias seguiu-se logo depois do ministério de Amós no reino do Norte, enquanto seus contemporâneos Isaías e Miquéias profetizaram para o reinode Judá. Tanto Oséias como Amós são os únicos profetas do Antigo Testamento, cujos livros foram dedicados inteiramente ao Reino do Norte, anunciando-lhe a destruição iminente. Oséias foi vocacionado por Deus a profetizar ao Reino de Israel, que desmoronava espiritual e moralmente, durante os últimos quarenta anos de sua existência. Quando Oséias iniciou o seu ministério, durante os últimos anos de Jeroboão II, Israel desfrutava de uma temporária prosperidade econômica e de paz política. Passados quinze anos da morte do rei, quatro de seus sucessores foram assassinados. Decorridos mais quinze anos, Samaria foi incendiada, e os israelitas deportados à Assíria, e posteriormente dispersos entre as nações. O livro de Oséias pode ser dividido em dois tópicos: i. sua vida pessoal e exemplo como esposo;  ii. a nação de Israel, suas transgressões, juízo e restauração.

 

OSÉIAS — A FIDELIDADE NO RELACIONAMENTO COM DEUS

 

Manuela Costa Barros Estados Unidos

Brasileira, Primeira Tesoureira, professora da EBD, Deã Acadêmica do STB

Texto de Memorização
“Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. ” (2 Coríntios 11.2).


  1. LINGUAGEM DO PROFETA OSÉIAS
  Mensagem falada – exortativa: Os 7.1; 14.2
  Mensagem vivida – simbologia: Os 1.2,4,6,9; 3.2,4,5
  Mensagem escatológica – promessas: Os 8.1-3; 14.7
  2. VIDA DO PROFETA OSÉIAS
  O casamento com uma prostituta: Os 1.2,3
  A traição da esposa adúltera: Os 2.2,1
  A reconciliação com a adúltera: Os 3.1
  3. MENSAGEM DO PROFETA OSÉIAS
  Um Deus que ama ao imerecedor: Os 1.2; 2.14-16; 5.4; 14.4
  Um Deus que retarda a punição: Os 2.8-12; 6.6; 11.7
  Um Deus que perdoa a traição: Os 2.17-20; 14.1,8



Oséias 1.1,2; 2.14-17; 19,20 (ARC)


Os 1.1 - Palavra do SENHOR, que foi dirigida a Oséias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel.
2 - O princípio da palavra do SENHOR por meio de Oséias. Disse, pois, o SENHOR a Oséias: Vai, toma uma mulher de prostituiçöes, e filhos de prostituição; porque a terra certamente se prostitui, desviando-se do SENHOR.

Os 2.14 - Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.
15 - E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale de Acor, por porta de esperança; e ali cantará, como nos dias de sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito.
16 - E naquele dia, diz o SENHOR, tu me chamarás: Meu marido; e não mais me chamarás: Meu senhor.
17 - E da sua boca tirarei os nomes dos Baalins, e não mais se lembrará desses nomes.
19 - E desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias.
20 - E desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao SENHOR.


 

 

 

Adeus à Hong-Kong

Superintendente. Rev. Eronides DaSilva

Índice Anual

Justiça Social

Editoração. Vania DaSilva

Índice 2011

Os Dois Evangelhos

Revisão. Manuela Barros

Índice 2012

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