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Fort Lauderdale, Flórida, 13 de Novembro de 2011 Ano XIX  Lição Nº 46


 

SINAIS DA VINDA DE JESUS - PARTE 4: ISRAEL

Manuela Barros Estados Unidos

Brasileira, Primeira Tesoureira, professora da EBD, Deã Acadêmica do STB


Israel é o povo de Deus, filhos da promessa de Deus a Abraão por Isaque (Gn 17.7,8,19). Este povo toma a quase totalidade do relato bíblico direta ou indiretamente. Deus separou para si uma linhagem em Abraão para revelar-se à humanidade, e, por esta nação, revelar ao mundo seu plano para a salvação daqueles que em Adão foram destituídos da graça de Deus (Rm 3.23). Abraão não era especial, nem os israelitas são, mas o propósito de Deus é especial, e em sua incontestável soberania, Ele elegeu a Israel para levar a cabo seu empreendimento, tornando então Abraão e sua descendência um povo especial. Esta foi a nação dos patriarcas, foi para ela que Deus levantou Moisés para libertá-los do Egito e entregar-lhes a Lei de Deus. Este povo viveu e deu testemunho ao mundo das maravilhas e da soberania do único Deus verdadeiro no decorrer de sua história. Por causa da desobediência e rebeldia deste povo à Deus, Ele teve que por vezes corrigí-los e até chegar ao extremo de enviá-los a cativeiros em nações pagãs. Israel tinha a Lei, as cerimônias que tipificavam o Messias, os profetas que profetizavam do Messias, mas quando Deus envia este Messias, Jesus, este povo não o reconheceu, não o recebeu e até o encaminhou para sua morte de cruz. Deus não foi pego de surpresa, era mister que o Cristo fôsse crucificado e ressucitasse para a salvação de todo aquele que cresse nele. Muitos judeus creram, e muitos gentios também, e aqueles que criam tornavam-se salvos, tornavam-se igreja. No entanto a nação israelita fechou seu coração para o Messias, e Jesus, já aproximada a hora de sua partida, ao entrar em Jerusalém, chorou sobre ela e disse: “Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora, isso está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todas as bandas, e te derribarão, a ti e a teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação.” “Eis que a vossa casa vos ficará deserta.”(Lc 19.41-44; Mt 23.38) Esta profecia foi cumprida à risca no ano 70d.C. A cidade foi sitiada por cinco meses, foram um milhão e cem mil mortos e os 97 mil restantes foram levados cativos, depois a cidade foi invadida e destruida até aos alicerces, inclusive o do templo. Os judeus então foram espalhados por todas as nações e a terra de Israel tornou-se um verdadeiro deserto por séculos (Lv 26.33,36,37). Como nada foi surpresa para Deus, Ele tinha revelado a Daniel, a sequência dos impérios que iriam dominar o mundo (Daniel 2). Aparece então nas profecias de Daniel e outros profetas o termo “no fim dos dias”, o que nos leva ao conhecimento da revelação de Deus para o futuro. Deus ainda revela a Daniel a cronologia do tempo para o fim – as setenta semanas. O consenso geral dos escatólogos é de que estas são semanas de anos, e sim estavam aí profetizados os fatos e o tempo da vinda do Messias e da destruição de Jerusalém, a qual ocorreria na semana 69. Depois Daniel profetiza do Anticristo o qual aparecerá no início da septuagésima semana. A cronologia do tempo estava determinada para Israel. Mas então porque nós e Israel ainda vivemos na Terra, e as profecias do fim ainda não se cumpriram? Porque Deus parou o relógio de Israel e abriu a dispensação da graça para os gentios, a qual terminará com o arrebatamento da Igreja (Lc 21.24; Rm 11.25). Imediatamente depois, a última semana de Daniel começa a contar, e estes últimos sete anos são os revelados a João no Apocalípse, a Grande Tribulação. Deus volta a lidar com Israel, inclusive para sua salvação, afinal, Deus não se esquecera de Israel nem da sua promessa para com eles. No entanto os discípulos de Jesus, assim como nós também, desejam saber os sinais para quando as profecias do fim iriam se cumprir. Jesus deu-lhes o sinal da figureira, Israel; e Deus deu a Ezequiel a clarevidência do que ocorreria com Israel antes da guerra que iniciaria a Grande Tribulação, e o processo de salvação, e a final restauração de Israel. “Eis que eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações para onde eles foram, e os levarei à sua terra. E deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel...” “E dirão: Esta terra assolada ficou como jardim do Éden; e as cidades solitárias, e assoladas, e destruídas estão fortalecidas e habitadas.” (Ez 37.21,22; 36.35) Isto cumpriu-se no ano de 1947, quando as Nações Unidas (ONU), tendo por líder da assembléia o brasileiro Osvaldo Aranha, cedeu aos judeus o direito de retornarem à terra de Israel. Renasceu então, em 14 de Maio de 1948, a nação de Israel. Entre o ano 70 d.C. e o ano 1948 d.C., o povo judeu padeceu horrores, mas agora parece que abriu-se um novo horizonte. No entanto, a sequência da profecia de Ezequiel, capítulos 38 e 39, mostra que algumas nações se levantarão contra Israel para dizimá-la, mas o Senhor Jeová pelejará pelo seu povo e terá seu nome glorificado entre as nações (Ez 38.14-16). É esta guerra que marcará a transição das dispensações, entre a da graça estendida aos gentios e a última semana de Daniel, pela qual Deus punirá a humanidade que rejeitou o Evangelho e salvará física, política e espiritualmente sua amada Israel.

 

ARREPENDIMENTO

Mbaxi Divaldo Cabral Estados Unidos

Angolano, Diácono, professor da Escola Bíblica Dominical, músico


Substantivo masculino, oriundo do hebráico Nãham e Shübh, que significa: retornar; mudar de direção, atitude, intenção, plano ou idéia (DPLP, 2011; Shedd, 1995). O vocábulo Nãham é usado em relação a divindade, e a dicção Shübh é empregue em relação ao ser humano (Shedd, 1995). O termo Nãham é narrado no Pentateuco ou Torá, nos livros históricos, assim como nos livros proféticos (Gn 6:6-7; Ex 32:14; 1 Sm 15:11; 1 Cr 21:15; Jr 18:8; Jn 3:9, 10). O vocábulo Shübh e suas conjugações são mencionadas tanto no novo como no velho testamento por volta de 75 vezes (Gilmer, Jacobs e Vilela, 1999). Por causa do pecado, Deus deixou a cláusula do arrependimento, que deveria ser observada para que o homem pudesse reconciliar-se com Ele (2 Cr 7:14). Portanto, o povo de Israel tinha costume de vestir-se de saco, panos e cinza como símbolo de humilhação e de um coração arrependido (Ne 9.1-3; Jo 3:5-9). O arrependimento na sua fase embrionária leva o indivíduo a uma profunda contrição ou sentimento de culpa; mas para que o arrependimento germine ou se consume na sua integra, é necessário que a ação tomada pelo indivíduo seja inversamente proporcional à ação preestabelecida pelo mesmo. Por exemplo, o filho pródigo ao arrepender-se por ter se apartado da casa do seu pai, ele tomou a atitude de sair da pocilga onde ele jazia e decidiu voltar para a habitação do seu pai (Lc 15:17-21). Por isso, todo o crente que se arrepende ou seja, que confessa e deixa o seu pecado, alcança misericórdia da parte de Deus (Pv 28:13; 1 Jo 1:9). Além disso, o rei Daví depois de ter projectado a morte de Urias e de ter adulterado com sua esposa Berseba, ele arrependeu-se, alcançando portanto o perdão de Deus (2 Sm 12:13, Sl 51:1-12). É importante realçar que o arrependimento não é sinônimo de remorso. Por exemplo, o apostolo Pedro mesmo depois de ter negado a Jesus, ele se arrependeu (Mt 26:69-75; Mr 14:66-72); entretanto, a atitude do apostolo Judas foi o resultado da reflexão de um mero sentimento de remorso que o levou ao suicídio (Mt 27:1-5). Quando a conduta do crente não coaduna com os preceitos bíblicos, o Espírito Santo é responsável de sensibilizá-lo para que o mesmo possa arrepender-se (Jo 16:8); dando assim frutos dignos da ação tomada (Lc 3:8, 2 Co 5:17). É missão da igreja de pregar o evangelho, para que as almas se arrependam dos seus pecados; seguindo o exemplo de Jesus, de João Batista e dos Apostolos (Mt 3:2; Lc 19; At 2:38). O autor aos Hebreus é bem enfático em afirmar que é impossível que aqueles que já provaram da graça de Deus, e por sua displicência não deram ouvidos à voz do Espírito Santo de Deus, cauterizando suas consciência, caindo da graça de Deus, desviando-se da verdade, e por fim apostatando-se da fé; tenham mais o perdão, porque é impossível que os que outrora foram iluminados sejam renovados para o arrependimento (Hb 6:4-6). Em síntese, a recomendação biblia é que o crente dever sempre ter um coração quebrantado, contrito, e nunca endurecê-lo quando for admoestado pelo Espírito Santo através de Sua Palavra (Sl 51:17; Hb 3:7,8).

 

ARREPENDIMENTO, A BASE PARA O CONCERTO

Domingos Tito Sacatato Estados Unidos

Angolano, Evangelista, professor do STB, Divisão Devocional

 

Texto de Memorização

"E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra."(2 Crônicas 7.14).



  1. A CONSCIÊNCIA DO ARREPENDIMENTO
  Advém pela pregação da palavra: Mt 3.1-8; At 2.37
  Advém pelo ensino da palavra: Ne 8.9; 9.1-2; 2Tm 3.16-17
  Advém pela meditação na palavra: Js 1. 8; Sl 1.2; 119.11
  2. A PRÁTICA DO ARREPENDIMENTO
  Reconhecendo o pecado: Sl 51.1-12; Lc 5.8; 18.13
  Confessando o pecado: Ne 9.3; Sl 32.5; Lc 15.18; 1 Jo 1.9
  Abandonando o pecado: Pv 28.13; Jo 5.14; 8.11
  3. A URGÊNCIA DO ARREPENDIMENTO
  O pecado separa o homem de Deus: Is 1.15; 59.2; Sl 66.18
  O pecado escravisa: Jo 8,34; Rm 6.16
  O pecado mata: Rm 6.23; 8.5-7; Gl 5.19-21



Neemias 9.1-3,16,33-36 (ARC)


1 - E, no dia vinte e quatro deste mês, ajuntaram-se os filhos de Israel com jejum e com sacos, e traziam terra sobre si.
2 - E a descendência de Israel se apartou de todos os estrangeiros, e puseram-se em pé, e fizeram confissão pelos seus pecados e pelas iniquidades de seus pais.
3 - E, levantando-se no seu lugar, leram no livro da lei do SENHOR seu Deus uma quarta parte do dia; e na outra quarta parte fizeram confissão, e adoraram ao SENHOR seu Deus.
16 - Porém eles e nossos pais se houveram soberbamente, e endureceram a sua cerviz, e não deram ouvidos aos teus mandamentos.
33 - Porém tu és justo em tudo quanto tem vindo sobre nós; porque tu tens agido fielmente, e nós temos agido impiamente.
34 - E os nossos reis, os nossos príncipes, os nossos sacerdotes, e os nossos pais não guardaram a tua lei, e não deram ouvidos aos teus mandamentos e aos teus testemunhos, que testificaste contra eles.
35 - Porque eles nem no seu reino, nem na muita abundáncia de bens que lhes deste, nem na terra espaçosa e fértil que puseste diante deles, te serviram, nem se converteram de suas más obras.
36 - Eis que hoje somos servos; e até na terra que deste a nossos pais, para comerem o seu fruto e o seu bem, eis que somos servos nela.



 

 

 

Adeus à Hong-Kong

Superintendente. Rev. Eronides DaSilva

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