MINISTÉRIO PROFÉTICO NO NOVO TESTAMENTO

A função primordial do profeta, tanto no Antigo como no Novo Testamento, é a de transmitir a voz de Deus para o povo; tramsmitir uma mensagem divina para uma população, uma nação, uma família, ou mesmo para um indivíduo. Não é sumariamente um prognóstico do futuro, como muitas vezes é atribuída. Quando o profeta Natã foi enviado por Deus a Davi depois deste haver cometido um adultério e um homicídio, Natã revelou algo que já houvera passado, mas também foi porta-voz de ambos o juízo e a graça de Deus aplicados ao rei Davi (2 Sm 12.7-14). Enquanto os verdadeiros profetas, ou mensageiros de Deus levantados no antigo pacto eram seletos, a realidade do novo pacto é outra. Existem muitíssimos mensageiros de Deus dotados por Ele tanto do dom de profecia como de um ministério profético. O dom de profecia, o mais fácil de ser reconhecido e o mais comumente visto, é aquele dom dentre os nove listados em 1 Coríntios 12 que é concedido pelo Espírito Santo à qualquer que seja já revestido de poder, ou seja, batizado no Espírito Santo, conforme Ele queira e para o que for útil. Estes crentes que são usados no dom de profecia, possuem “uma porta aberta” para Deus usá-los quando lhe apraz. Portanto, estes crentes não podem profetizar, ou trazer uma mensagem de Deus quando a Deus não apraz transmitir sua mensagem à alguém. Já quando se fala de ministério, ou função ministerial no contexto do Novo Testamento, faz-se mandatório passar por Efésios 4:11 onde estão listadas as cinco vocações ministeriais dadas por Jesus à Igreja, as quais são: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. Jesus entrega a homens cheios do Espírito Santo uma ou mais destas vocações ministeriais. O pastor da igreja local observa os frutos desta vocação naquele obreiro e começa a permitir que o fruto desta vocação se aflore e faça-se perceptível à congregação. O próximo passo, segundo a expressa direção do Espírito (At 13.1-3) é o de ordenar este obreiro ao ministério através da imposição de mãos do presbitério (1 Tm 4.14). Este é ordenado à uma função ministerial, geralmente à Pastor ou Evangelista. No entanto este obreiro ordenado poder ter uma ou mais das vocações ministeriais entregues por Jesus. Portanto um pastor, no exercício da função ministerial do pastorado pode ser usado com a vocação ministerial apostolar, ou de mestre ou profética. Assim sendo ninguém é consagrado profeta, mas ao ser ministro do Evangelho pode ser usado na vocação profética. Diz a Palavra que “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Tm 3.16). O pastor usa as Escrituras para estes propósitos no dia a dia de seu ministério, no entanto, quando possui o ministério profético, este é usado para trazer diretamente a mensagem de Deus para a congregação naquele exato momento. Profecia que revela o passado, o presente, o futuro, ou o segredo do coração do homem, o qual só Deus conhece. Por fim vale ressaltar que Jesus deu estas vocações ministeriais à Igreja “querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo.” (Ef 4.12)