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Fort Lauderdale, Flórida, 01 de Agosto de 2010 Ano XVIII  Lição Nº 31


 

NÃO ESTEJAMOS SOLITÁRIOS

Rev. Ézio Martins Lima Brasil

Brasileiro, pastor, professor e articulista.



"Não consigo dormir; pareço um pássaro solitário no telhado." (Salmo 102:7). A solidão é uma visita indesejável. Ela entra sem pedir licença e incomoda sobremaneira. Quando, então, a solidão deixa de ser visita e se torna uma companhia constante, o coração parece chorar o sofrimento mais difícil de se suportar: aquele que se sofre sozinho. Quando, voluntariamente, decidimos visitar a solidão, ela se transforma em solitude. Solitude é estar só, mas não solitário. É estar só, mas com plena capacidade de estar em comunhão consigo mesmo e com Deus. Quem não consegue estar em solitude possivelmente sofrerá o terrível mal da solidão. E a pior tragédia que acomete aos solitários é o sentimento de vazio interior. Quando estamos vazios de sentido, quando perdemos o norte, a direção, então a solidão invade totalmente nosso ser e, por isso, entramos na crise da existência. A dor que lateja no coração solitário é a dor de estar desacompanhado de si mesmo. É sentir-se perdido dentro de si mesmo. Solidão existencial é a crise do ser humano diante de si mesmo. É a nossa incapacidade de lidar com aquilo que nos é peculiar. Caímos enfermos quando somos acometidos de solidão justamente porque a solidão é a presença da ausência, e sentir-se ausente de si mesmo leva o ser humano a crises cujas conseqüências são desastrosas. A solidão pode acometer-nos quando somos tolhidos da presença daquilo que mais amamos. Quando perdemos a presença daquilo a que damos o nome de "sentido da nossa vida", então a solidão invade e nos domina. Quando perdemos as coisas e as pessoas, ou sentimos a ausência das coisas e das pessoas que amamos, então o nome perde o sentido por não encontrar o referencial do que é significado. O significante sem o significado torna-se, portanto, vazio. É aí que entra a solidão! É que a solidão é visita que só se faz companhia quando encontra uma casa vazia. A solidão, por isso, tem um aspecto extremamente positivo. Mostra-nos o desajuste no qual nos encontramos por não ter a presença daquilo ao que damos o nome de essencial. Resolver o problema da solidão, portanto, sugere ou que tenhamos aquilo que desejamos, ou que mudemos os nomes que previamente já programamos dentro de nós como essencial para nós. O segundo passo, claro, é bem mais complexo, contudo pode ser o melhor caminho se o primeiro for inviável, haja vista que geralmente os solitários crônicos não sabem o real motivo da sua solidão. Dizem: "sinto-me sozinho, mas não sei o porquê." Ora, se não se sabe "o porquê", talvez seja por ele não existir mesmo. Alguns teóricos denominam isso de "solidão essencial." A cura para solidão essencial é dar sentido à existência. Damos sentido à existência quando reconhecemos que precisamos buscar a presença que nunca se faz ausente. Ora, não podemos dizer isso em relação às coisas e nem às pessoas, já que coisas podem ser perdidas, roubadas, quebradas, destruídas. As pessoas podem nos abandonar, rejeitar, trair. A Presença, portanto, que nunca se faz ausência é aquela que só podemos encontrar em Deus, na pessoa de seu Filho Jesus Cristo, que disse aos seus discípulos: "eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos." (Mt 28.20). Note, ele não disse estarei, estaria ou estive, ele disse: ESTOU!

 

 

AUTENTICIDADE

Manuela Costa Barros Estados Unidos

Brasileira, Primeira Tesoureira, professora da EBD, Deã Acadêmica do STB


Autenticidade é a qualidade do que é autêntico; o qual tem duas vertentes de interpretação. Primeiramente autêntico refere-se ao autor a que se atribui, se é genuíno ou legítimo. De acordo com esta interpretação a profecia Bíblica seria autêntica se reconhecida como enviada pelo próprio Deus, o qual é o autor de toda profecia canônica. Caso uma profecia não pudesse ser atribuída ao ser autor, ou houvesse dúvida quanto à sua proveniência, esta não pode ser considerada autêntica. A Palavra assegura sua autenticidade autoral : “a profecia (canônica, ou bíblica) nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pe 1.21) João ao ser arrebatado ouviu Jesus que dizia: “O que vês, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia...” (Ap 1.11,13) A segunda linha de interpretação do autêntico é quanto ao seu cumprimento. Trata-se daquilo que é fidedigno, verdadeiro, ou real. Para que sua autenticidade fôsse provada, a profecia devia se cumprir. Deus é quem vela pela sua Palavra para a cumprir (Jr 1.12; Ez 12.28). Toda a profecia bíblica passa por ambas as interpretações de autenticidade, passa pelas provas da hermenêutica, e portanto são respaudadas pela própria Escritura Sagrada. Vale ressaltar que o próprio Deus não estava desapersebido do surgimento de falsos profetas, os quais profetizavam de seu próprio sentimento ou até inpirados por outro espírito que não o de Deus. O Senhor ensinou ao seu povo que para provar a autenticidade da profecia era necessário confrontá-la contra a Lei, a Palavra. Caso a profecia ou os frutos da vida e palavras deste profeta estivessem em disparidade com a Palavra, ou de alguma maneira inscitasse o ouvinte contra as verdades de Deus, esta profecia e este profeta deveriam ser anátema (Dt 13.1-4). Dezenas de profecias bíblicas já se cumpriram fielmente como as que apontavam para Jesus encarnado, para João Batista, as que previam a sucessão de Reinos na Terra dada a Daniel, as que previam o cativeiro ao obstinado povo de Israel, a destruição de Jerusalém, e do Templo, entre outras. No entanto, a Bíblia sagrada ainda contém algumas profecias ou promessas por se cumprir, a mais iminente é o arrebatamento da Igreja, ante o qual os sinais, preditos pela autêntica Palavra de Deus já se cumprem (Jo 14.3; Dn 12.4; Mt 24.32).
 

 

A AUTENTICIDADE DA PROFECIA

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA

 

Texto de Memorização

“E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas säo desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." (Miqueas 5.2).



  1. AUTENTICIDADE ESCRITURÍSTICA
  Autêntica fonte – Deus: Ez 12.28; 2 Pe 1.21
   Autêntica palavra – cumpriu-se: Mq 5.2; Jo 19.36,37
  Autêntica promessa – cumprir-se-á:Jo 14.1-3; 1 Ts 4.15-17
  2. AUTENTICIDADE PROFÉTICA
  Condiz com a Lei de Deus: Is 51.3-5
  Exorta o povo à obediência à Deus: Dt 11.13-17
  Mantém o povo no caminho de Deus: 2 Cr 7.14
  3. AUTENTICIDADE CRISTÃ
  Um Evangelho autêntico: Gl 1.6-8
  Um testemunho autêntico: Gl 6.14,17
  Uma esperança autêntica: 2 Tm 4.7,8

Texto da Lição



Isaías 53.2-9


2 Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; näo tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, näo havia boa aparência nele, para que o desejássemos.
3 Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e näo fizemos dele caso algum.
4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressöes, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
7 Ele foi oprimido e afligido, mas näo abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele näo abriu a sua boca.
8 Da opressäo e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressäo do meu povo ele foi atingido.
9 E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca.


Versão Almeida Revista e Corrigida - ARC

 

 

 

Adeus à Hong-Kong

Superintendente: Rev. Eronides DaSilva

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A Polêmica do Dízimo

Editoração: Vania DaSilva

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