POR QUANTO TEMPO OCULTAMOS?
Gil Brasil
Brasil |
Brasileiro, evangelista, professor, articulista |
“Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e o nossos pecados testificam contra nós.”
(Is 59:12). Muitos crimes considerados perfeitos pelos seus autores têm ocupado as manchetes dos nossos jornais com depoimento de testemunhas, investigadores, repórteres e outros, por longo tempo. Felizmente, a grande maioria deles é descoberto e os culpados punidos. Contudo, não se pode negar que existem alguns que têm se constituído num verdadeiro desafio para as autoridades. Tantas vezes, vários anos são transcorridos, processos arquivados, sem que se consiga chegar ao criminoso. Entretanto, nenhum pecado, nenhuma transgressão poderá ser escondida do Juiz das nossas almas que é onisciente, longânimo, porém, que pratica a justiça. Nada ficará oculto, por mais engenhoso que possa parecer o crime. Certa cidade que começou a crescer repentinamente teve que desativar o cemitério municipal, transferindo-o para uma área bastante mais afastada. Algumas ruas foram sendo traçadas à medida que avançava o desenvolvimento da cidade. Anos se passaram e pouca gente sabia que morava ou andava sobre o chão de um antigo cemitério. Precisando estender a rede de água, o prefeito dali ordenou que fossem instalados os condutores no referido bairro. Começaram as escavações e quando elas atingiram as ruas sobre o velho cemitério, um dos operários arrancou um crânio com a sua pá. Repentinamente abalado, enquanto observava o estranho achado, pegaram o crânio para melhor examinar. Passando de mão em mão, o operário que o encontrou percebeu que dentro dele havia um objeto minúsculo. Quando por uma das cavidades, verificou que, encravado numa junta do crânio, havia um alfinete de gravata. Mas como esse adorno teria ido parar ali? Ninguém sabia. Encaminharam o achado para as autoridades, que depois de novas averiguações abriram um inquérito. O resultado foi espantoso e revoltante: um sobrinho de certa senhora idosa, falecida há vários anos, assassinara sua própria tia. Precisando de dinheiro para sanar dívidas contraídas nos jogos, ele enfiou o seu próprio alfinete de gravata na cabeça da tia, indefesa por sua idade avançada, matando-a para lançar mão da herança. Com a descoberta agora do seu crime hediondo, ele foi condenado à prisão perpétua e assim recebeu, por decisão humana, a retribuição do erro praticado de maneira oculta e aparentemente bem planejada.
"Porque nada há encoberto que näo haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto." (Mc 4.22). Perante Deus todos somos culpados, mas ele nos oferece perdão pelos erros cometidos através do sangue do seu Filho Jesus, quando estes confessados!
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INTERCESSÃO
Mbaxi Divaldo Cabral
Estados Unidos |
Angolano, Diácono, professor da EBD, músico |
Termo proveniente do latim intercessione que significa: ato de interceder, de perdir, de suplicar, de rogar em favor de outrem ou de exercer o papel de intermediário. Biblicamente, a oração intercessória ou sacerdotal tem a mesma conotação. É dever de todo o crente interceder pelos seus irmãos (Tg 5:16; I Tm 2;1). As Sagradas Escrituras narram vários exemplos de personagens da época Neo e Veterotestamentária que intercederam pelos seus. Abraão intercedeu pelos justos que viviam na cidade de Sodoma, após Deus ter prometido que a destruiria (Gn 18:16-33); Moisés intercedeu pelo seu povo e por seu irmão Arão, por terem deixado o seu Deus, e edificarem um bezerro de ouro (Ex 32:19-35); Davi intercede pelo povo, depois de Deus ter enviado uma peste que matou setenta mil homens, resultado de haver contado o povo
de Israel (2 Sm 24:12-17); Samuel em sua despedida, revela a sua obrigação de continuar a interceder pelo povo
de Israel (1 Sm 12:23); Salomão intercede pelo povo, pedindo que Deus os perdoasse, quando eles infringissem a sua
lei (2 Cr 6:19-42); Ezequias intercede pela tribo de Efraim, Manassés, Issacar e Zebulom, pedindo a Deus que perdoasse todos aqueles que não tinham se purificado para a celebração da Páscoa
(2 Cr 30:18); Isaías intercede pelo povo de Israel, quando soube que o rei Senaqueribe prometera exterminar o povo
de Deus (2 Cr 32:20); Daniel intercede pelos Hebreus, quando ele se inteirou da desolação que haveria de vir (Dn 9:3-19); Jó intercede por seus filhos e amigos em meio à sua provação (Jó 1:5; 42:7-9); Paulo intercede pela igreja de Colossos, para que Deus os enchesse do conhecimento e sabedoria das coisas espirituais (Cl 1:9-11); Jesus intercede por seus discípulos e continua intercedendo por sua Igreja (Jo 17; Rm 8:34, Hb 7:25). A eficácia da intercesão é indubitável, porque Deus se move de forma poderosa quando a igreja se disponibiliza para interceder. Vemos o milagre na vida de Pedro, em que Deus envia um anjo para libertá-lo da prisão (At 12:1-18). Paulo reconheceu que o seu ministério tinha sido sustentado através da intercessão da igreja e pelo auxílio do Espírito Santo (Fil 1:19). No Velho Testamento, o sumo-sacerdote era responsável de interceder pelo povo de Israel através de sacrifícios oferecidos (Lv 9:22,23;
1 Cr 23:13). No lar, o homem é o sacerdote, e por isso é responsável pela intercessão de sua família (Jó 1.5). Existem vários resultados provenientes da oração intercessória, tais como: permite que Deus sustente a fé e dê graça ao seus servos na proclamação do evangelho (Lc 22.32; At 13.3; Ef 6. 19,20); permite que Deus guarde a seu servos (Hb 13.18,19); alcança aos pecadores (Is 53.12). Louvamos a Deus pelo seu Espírito Santo que intercede pelo crente com gemidos inexpremiveis, quando ele não tem palavras para expressar suas petições (Rm 8:26, 27).
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