Fort Lauderdale, Flórida, 08 de Agosto de 2004 Ano XII  Lição Nº 32


 

Cola-Cola e Jesus

Rev. Ricardo Gondim   Brasil

Brasileiro, pastor, professor e escritor

  

Recordo-me quando ouvi pela primeira vez o paralelo entre Jesus e a Coca-Cola. O pregador, inflamado de zelo e paixão missionária, afirmava que numa viagem ao interior do Haiti, sob uma temperatura de mais de 40 graus, sentiu-se aliviado quando parou num quiosque miserável feito de palha de coqueiros e pôde comprar uma garrafa do mais famoso refrigerante do mundo. Devidamente refeito depois de beber sua Coca geladinha, perguntou ao dono da venda se já ouvira falar de Jesus. Ele não sabia de quem se tratava. E o nosso palestrante fez sua analogia, tentando dar um choque na complacência da igreja ocidental: "A Coca-Cola conseguiu alcançar o mundo inteiro em menos de um século e a igreja cristã ainda não cumpriu a ordem da Grande Comissão em mais de 20 séculos!" Para chegar aos quiosques mais remotos do globo, bastou criar um produto doce e gaseificado. Investir bilhões em boas estratégias de propaganda, construir fábricas e desenvolver uma boa rede de distribuição para que o produto chegasse com a mesma qualidade nos pontos de venda. Tentar comparar a missão da igreja no anúncio do Reino de Deus às estratégias de mercado de um refrigerante, beira o absurdo. Confunde-se um bem material com uma pessoa e enxerga-se na mensagem um produto. Aborda-se o Evangelho como um produto eficaz e adota-se uma mentalidade empresarial no seu anúncio. Prometem-se enormes possibilidades. Tratam as pessoas como clientes e sem constrangimento, anuncia-se que qualquer um pode adquirir esse determinado benefício com um esforço mínimo. As igrejas se transformam em balcões de serviços religiosos ou supermercados da fé. Os pastores dividem os dias da semana com programações atrativas; sonham com auditórios lotados. Esse modelo induz as pessoas a adorarem a Deus por aquilo que ele dá e não por quem é. Não se anuncia o senhorio de Cristo, apenas os benefícios da fé. Os crentes acabam tratando a Bíblia como um amuleto e, supersticiosos, continuam presos ao medo. Vive-se uma religião de consumo. Assim quando atletas amadores vestem as roupas ou calçam os tênis da Nike, acham que se transformam em campeões. Infelizmente percebe-se o mesmo em determinados círculos cristãos. Querem fazer do Evangelho uma grife. Como? Primeiro transforma-se um seleto grupo de evangelistas, cantores e pastores em super-estrelas ao estilo de Hollywood. Depois associam seu nome a grandes eventos e dão-lhes os holofotes. Ensinam-lhes habilidades espirituais acima da média. Assim produzem-se ícones semelhantes aos do mundo do entretenimento. Eles aglutinam multidões, vendem qualquer coisa e criam novas modas e doutrinas. Jesus dialogou com uma mulher samaritana e ofereceu-lhe uma água viva. A mulher imaginou essa água com raciocínios concretos. Pensou que ao beber, nunca mais teria sede. "Dá-me dessa água e assim nunca mais terei que voltar aqui". Jesus corrigiu sua linha de pensamento. A água que ele oferecia não era mágica, mas um relacionamento: cristãos adorando ao Criador em espírito em verdade. O evangelho não é produto ou grife, volto a repetir, mas uma alvissareira notícia. Essa mercadoria religiosa caricaturada de evangelho não representa o leito principal da tradição apostólica. A indústria que encena essa coreografia carismática de muito barulho e pouca eficácia, não conta com o aval de Deus. Há de se voltar ao anúncio doloroso do arrependimento como primeira atitude para os candidatos ao Reino. Não se pode, em nome de templos lotados, omitir a mensagem da cruz. Precisa-se repetir sem medo a mensagem de Jesus: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me" (Marcos 8.34). Se não voltarmos aos fundamentos do Evangelho, teremos sempre clientes religiosos, nunca seguidores de Cristo. Faremos proselitismo sem evangelizar. Aumentaremos nossa arrecadação sem denunciar pecado. Construiremos instituições humanas sem encarnação do Reino de Deus. E pior, continuaremos a confundir Jesus com Coca-Cola. Que Deus tenha piedade de nós.

Falsas Doutrinas

Pedro Marques Pereira Estados Unidos

Português, professor, e diretor da Divisão de Logistica.

 

Doutrina é o conjunto de principios, básicos fundamentais de um sistema religioso, politico ou filosófico. Falso é tudo aquilo contrário à verdade! Portanto Falsas Doutrinas, são o conjunto de principios contrários à verdade! Quando falamos em Doutrina Biblica, estamos a falar daquelas verdades em que estão apoiadas as Sagradas Escrituras, e que servem de base e regra para a nossa fé. Tudo aquilo que contradiz ou desmente a Bíblia, mesmo que seja muito semelhante, porém está contrário ao texto Sagrado, em algum pormenor terá que ser considerado como uma falsa Doutrina. Jesus, durante o seu ministério  alertava os seus discipulos para o fermento dos Fariseus (Mt 16.6; Mc 8.15; Lc 12.1). O Apóstolo Paulo reforça esta exortação nas suas viagens missionárias escrevendo aos Gálatas e aos de Corinto, que basta “um pouco de fermento para levedar toda a massa” (Gl 5.9; Ico 5.6). Por isso, fermento na Bíblia é muitas vezes símbolo de Fasla Doutrina, que começa por algo pequeno e insignificante, mas que tal como uma maçã podre, acaba por apodrecer todo o cesto, se não for afastada das restantes. Por isso, o combate da Igreja Universal de Nosso Senhor Jesus Cristo contra estes “fermentos”, para preservação da santidade sem a qual ninguém verá o Senhor (Jd 3,4). Estas Falsas Doutrinas podem ter semelhança Bíblica, mas com certeza que não são de inspiração Divina, pois se não têm o intuito de de honrar, glorificar e louvar a Deus, elas apenas servem para honra, glória e louvor humano e o pai da falsidade, ou seja o pai da mentira – o inimigo das nossas almas.

 

O CUIDADO COM AS FALSAS DOUTRINAS

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, pastor da Igreja Pentecostal Betânia, missionário, professor e articulista.

 

Texto Áureo da Lição

 Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo.
  (Colossenses 2.8)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: PELEJAR POR JESUS, número 108 da Harpa Cristã.

 

1.  O ENFRAQUECIMENTO DA DOUTRINA
Na fase de semeadura do mal: Mt 13.15; 1 Co 1.10; 1 Tm 13-4
Na fase de germinação do mal: 1 Jo 2.18,22; Ap 2.20; 2 Ts 2.1-2
Na fase de crescimento do mal: 2 Jo1.7-10; 2 Pe 2.17-19; Jd 1.4
2. A PROPAGAÇÃO DA FALSA DOUTRINA
O sincretismonegando o valor da redenção: Cl 2.8;  1 Jo 2.22; Hb 10.18
O ascetismo —  negando o valor do homem: Cl 2.16; 1 Jo 4.3
 O esoterismo — negando o valor dos anjos: Cl 2.18; 1 Co 10.20,21
3. O CUIDADO COM A FALSA DOUTRINA
Filtrando as filosofias: 2 Tm 2.16; Cl 2.8; At 17.23-29
Mantendo a fé cristã: 2 Tm 2.1; Ef 6.10; Jd 1.10
Conhecendo a Doutrina Bíblica: Mt 22.29; Jo 5.39;2 Tm 4.1-4

 

 

 

   Texto da Lição:

Colossenses 2.8-15



8 Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo;
9 porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.
10 E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo principado e potestade;
11 no qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo da carne: a circuncisão de Cristo.
12 Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos.
13 E, quando vós estáveis mortos nos pecados e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas,
14 havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.
15 E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.



(ARC)