Fort Lauderdale, Flórida, 11 de Abril de 2004 Ano XII  Lição Nº 15


 

Os Dois Islãs

Rev. Eronides DaSilva   Estados Unidos

Brasileiro, pastor, conferencista, articulista e professor.

Esta semana fiquei novamente chocado pelo seqüestro cruel de co-operadores civis japoneses para a reconstrução do Iraque! Historicamente o feudalismo é imposto, mas a democracia é aceita! Feudais não podem aceitar um governo popular, nem muito menos um teocrático! O Globo novamente aborda o por que deste fenômeno político-espiritrual dos dois Islãs: “Najaf, Kufa, Basra e Karbala. O mundo inteiro passou a conhecer o nome dessas cidades, mais antigas do que Bagdá. Hoje cenário onde se desenrola a guerra da coalizão contra o Iraque de Saddam Hussein, elas também foram o palco de guerras que estabeleceram já nos primeiros anos do islamismo a separação entre sunitas e xiitas. Maomé recebeu a primeira revelação aos 40 anos. Nos três primeiros anos, o Profeta contou sobre as mensagens que recebia do Arcanjo Gabriel apenas à sua família: a mulher Khadija e o primo Ali. Depois desse curto período, Maomé começou as suas pregações públicas, que durou até o momento em que a revelação se encerrou, 23 anos depois, com a sua morte. Quando Maomé morreu, teve início um período de 28 anos durante o qual, pouco a pouco, foi se formando uma profunda divisão no seio do islamismo. Segundo os sunitas, o Profeta jamais indicou quem seria o seu sucessor; segundo os xiitas, Maomé teria deixado claro que o sucessor seria seu primo Ali, a quem tinha dado sua filha Fátima como esposa. Para os xiitas, isso era a prova de que o profeta indicara Ali para sucedê-lo; para os sunitas, os ditos do Profeta expressavam tão somente a admiração pelo homem Ali. Morto o Profeta, enquanto Ali estava preparando o corpo para o sepultamento, a comunidade se reuniu e escolheu para califa Abu Bakr, o primeiro homem, fora da família de Maomé, a tornar-se muçulmano. Tão logo assumiu, ele se pôs a endireitar tudo o que considerava que os seus predecessores tinham feito de errado, condenando, em governadores indicados por Osman, os excessos de luxo, o uso do álcool, a desatenção pelo povo. Trocou a sede do governo de Medina, na Arábia, para Kufa, no atual Iraque. Logo no início de seu califado, Ali teve de enfrentar, em Basra, uma campanha contra ele, dirigida por Aishia, uma das viúvas de Maomé, e por três antigos companheiros do Profeta, que se sentiram preteridos na sua eleição. Com a morte de Ali, a divisão entre sunitas e xiitas consolidou-se. Os sunitas, maioria, acreditam que a revelação acabou com a morte de Maomé. O que resta a fazer é viver como o Alcorão manda, seguir a Suna (tudo o que o Profeta fez e disse, origem do termo sunita), e esperar o final dos tempos. Para os xiitas, a revelação de fato acabou com a morte de Maomé, mas há nela significados ocultos a que só têm acesso o Imã. Para eles, é impossível que a Terra fique sem um Imã. O primeiro Imã foi Adão, numa seqüência até Jesus e Maomé, depois do qual só poderiam ser Imãs os da família do profeta, apenas na descendência de Ali e Fátima. Assim, Ali foi o primeiro Imã e seu filho, Hasan, o segundo; ao abdicar, foi sucedido pelo seu irmão Hussein, cujo martírio em Karbala marcou profundamente a história do xiismo. Naturalmente, a fé dos xiitas sempre despertou a ira dos sunitas, que os acusam de politeístas, porque cultuam santos e mártires. Sunitas ou xiitas, contudo, todos são muçulmanos, acreditam no Deus único e no Alcorão como tendo sido revelado a Maomé. Ambas as correntes compartilham de uma profunda religiosidade, e todos se sentem parte do islamismo.” Islã é uma palavra que, em árabe, tem a mesma raiz de "paz". É uma lástima e paradoxo que os grupos radicais de ambos os lados contribuam para que, no mundo de ontem e de hoje, o islamismo tenha uma comprovada imagem de violência.

Igreja

João Luis Cabral   Estados Unidos

Angolano, diácono, professor, diretor de música.

A Igreja apesar de não conhecida no Velho Testamento é referenciada como Assembléia. Na 1ª vinda de Jesus ela aparece em três fases: 1º Anunciada com a rejeição de Israel (Jo 1.11,12); 2º Revelada, primeiro membro dela foi o ladrão da cruz (Lc 23.40-43); e, 3º Inaugurada no Dia de Pentecostes (At 2). O Antigo Testamento emprega duas palavras no hebraico que são equivalentes ao termo Igreja, a saber: kahal, significando chamar; e a outra, edhah, que significa encontrar-se ou reunir-se num lugar indicado. Ambas as palavras se referem à reunião do povo de Israel (Ex 12.6; Nm 14.5). O Novo Testamento também utiliza duas palavras derivadas da antiga tradução do Antigo Testamento, sendo a primeira, synagoge, que significa reunir-se (Mt 4.23; At 13.43); e a segunda ekklesia, que significa literalmente, chamar para fora. Igreja é o organismo místico composto por todos os que, pela fé, aceitaram o sacrifício vicário de Cristo, e têm a Palavra de Deus como a sua única regra de fé e prática (Ef 5.30-33). Este termo, grego, geralmente designa a Igreja Neotestamentária, indicando que a Igreja consiste dos eleitos, chamados para fora do mundo (Jo 17.17). No Novo Testamento, o mesmo termo aplica-se ao ajuntamento dos fiéis, num determinado lugar, para adorar a Deus, fortalecer a comunhão cristã, e desenvolver o serviço cristão (Fm 2). No Novo Testamento, Jesus foi o primeiro a usar o termo ekklesia, aplicando ao grupo dos que se reuniam em torno dele (Mt 16.18). É importante lembrar que o termo Igreja Universal refere-se à Igreja invisível e espiritual (Ef 1.23; Cl 1.18); e Igreja Local à Igreja visível e material (1Co 12.27). Dispensacionalmente, a Igreja foi Inaugurada no Dia de Pentecostes. Ela seguirá militando até ao seu arrebatamento, e subirá triunfante escoltada pelo Espirito de Deus (Ap 22.17). A Igreja em suas atividades é simbolicamente representada como Corpo, Edifício, e Noiva. Como Corpo de Cristo, ela fala sobre Adoração (Jo 4.24), Crescimento (Ef 4.15), Organismo (Rm 12.4,5), e Unidade (1Co 12.12,25). Ela como Edifício de Deus, é Alicerçada em Cristo (Mt 16.18), Estruturada na Doutrina (At 2.42; 5.28), e Edificada em União (1Ts 5.11; 1Pe 2.5). A Igreja como Noiva de Cristo está, proclamando a Cristo (Ap 22.17), mantendo fidelidade a Cristo (Ef 5.27), conservando a comunhão com Cristo (1Jo 1.6), guardando a bem-aventurada esperança (Hb 10.23), e cultivando o amor com Cristo (Ct 8.7). A Igreja é uma carta aberta para os ímpios, o bom cheiro de Cristo neste mundo de pecado. Ela é o reflexo da glória de Deus sobre o mundo. Cada membro dela tem consciência e se reveste do poder, a ela revelado, manifestado e vivenciado. O destino escatológico da Igreja de Cristo Jesus é sumamente glorioso: os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, e os que estiverem vivos serão arrebatados juntamente com os ressuscitados; todos serão transformados, glorificados, e subirão à encontrar-se com o Senhor nos ares. A Igreja é o mistério divino escondido com Cristo em Deus.

A FAMÍLIA E A IGREJA

Manuela Barros Estados Unidos

Brasileira, professora, diretora de evangelismo e tesoureira da igreja

 

Texto Áureo da Lição

 E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo (At 5.42)
 


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: NOIVA DE JESUS, APRONTA-TE número 250 da Harpa Cristã.

 
1. A FAMÍLIA E O DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Principiada nos clãs: Gn 11.31; 43.7; 46.27,28; 14.14.
Agregadas nas tribos: Js 15.1; Jo 4.9.
Evoluidas em comunidades: Mt 12.49,50; At 2.44,45; Hb 10.25.
2. A FAMíLIA E A TIPOLOGIA BIBLICA
Na figura dos cônjuges: Ef 5.25; Is 62.5.
Na figura do pai: Is 49.15; 64.8; Mc 12.6.
 Na figura do filho: Lc 15.18; Rm 8.15,16; Jo 1.12.
3. A FAMÍLIA E A MANUTENÇÃO DA IGREJA
Como célula de comunhão: Mt 19.5,6; At 12.12; 4.32; Ef 4.3; 1Jo 1.7.
Como célula de pregação: At 2.47; Js 4.6,7; Dt 6.6,7.
Como célula de santificação: Jó 1.5; Js 24.15.

 

Texto da Lição:

 
Atos 2.41-47
41 De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
 


(ARC)