Homens — Bombas
Rev.
Eronides DaSilva
Estados Unidos |
Brasileiro, pastor,
conferencista, articulista e professor. |
Por que os homens-bombas que aterrorizam a
comunidade ocidental? O Globo traz uma reflexão sobre o assunto:
“Semana passada, o Arnaldo Jabor saiu-se com a seguinte tirada
na TV Globo: "Sabem por que aquela bomba gigante chama-se a
mãe de todas as bombas? Porque vai gerar milhares de
homens-bomba". Parecia profecia, porque, já no dia seguinte,
um militar suicida iraquiano explodiu o carro em que estava,
matando quatro soldados americanos. E o ministro das Relações
Exteriores do Iraque, o cristão Tarik Aziz, deu as boas-vindas a
quatro mil homens-bomba que teriam chegado ao Iraque para
combater os EUA. Tudo isso me fez pensar que fenômeno leva
alguém a se matar para matar outras pessoas. A mesma pergunta se
fizeram os muçulmanos do século XI quando pela primeira vez o
fenômeno irrompeu naqueles lados do mundo, pelas mãos de uma
seita que se dizia também muçulmana. E, diante da loucura do
expediente, que contrariava todos os ensinamentos do Alcorão, a
resposta encontrada foi uma só: haxixe, eles só podiam fazer
aquela loucura drogados. Nunca se provou a tese, mas os
muçulmanos apelidaram os adeptos daquele método de os
"Hashshashin" (os que fumam haxixe), palavra que entrou em
muitas línguas como "assassinos". Os suicidas pertenciam a uma
seita fundada, em 1090, por Hasan e-Sabbah, um persa xiita que
tomou a si o projeto de restabelecer o califado, restituindo-lhe
a glória como no tempo do Profeta. O mundo islâmico, no ano de
seu nascimento, em 1048, era xiita: desde 932, um poderoso grupo
xiita, os Buwayhidas, dominava Bagdá e ditava suas leis ao
próprio califa, que era sunita. No Egito, um outro grupo xiita,
os fatímidas, chefiava um segundo califado. Mas as coisas logo
começaram a mudar. Em 1055, os turcos seldjúcidas, sunitas,
invadiram Bagdá, perseguindo os xiitas e fazendo prevalecer a
crença sunita. Anos depois, no Egito, o califa xiita também
passou a ser uma marionete nas mãos do seu vizir armênio. Hasan
quis pôr um fim a isso, aliando-se a Nizar, o filho mais velho
do califa do Egito. Seu plano? Ataques suicidas contra seus
oponentes. O crime devia acontecer à luz do dia, no lugar mais
movimentado da cidade, de preferência numa mesquita bem cheia
durante as orações de sexta-feira. Para que o ato tivesse ampla
repercussão e provocasse medo. O primeiro crime aconteceu em
1092 e teve como alvo ninguém menos do que Nizam el-Mulk, o
vizir turco que durante 30 anos organizara o poder sunita. Ele
foi assassinado por um adepto de Hasan em 14 de outubro de 1092.
Apesar do sucesso da empreitada, o plano de restituir a glória
ao califado fracassou, pois Nizar, o filho do antigo califa
xiita, não conseguiu tomar o poder no Egito e foi emparedado
vivo. Hasan não desistiu, porém. Ele organizou cada vez mais a
sua seita com o objetivo de destruir seus oponentes sunitas.
Seus crimes seguiram sempre a mesma técnica suicida: seus
adeptos disfarçavam-se como pessoas comuns, pedintes,
mercadores, crentes e, quando a vítima passava à sua frente,
enfiavam-lhes as adagas até que morressem. Faziam isso sabendo
que seriam mortos imediatamente, pois agiam sozinhos, sem
possibilidade de defesa. Mas tinham sempre um sorriso nos
lábios, porque acreditavam piamente em tudo o que Hasan lhes
dizia: não morrerão, mas entrarão direto no paraíso, terão
autorização para ver a face de Deus, disporão dos serviços de 72
virgens e poderão indicar outros 70 parentes para que entrem
também no paraíso. A seita aterrorizou o Oriente Médio por mais
de 150 anos, tutelou, pelo terror, muitos emires, até serem
exterminados de vez pelos mongóis e sultões mamelucos. De vez?
Bem o método deles ressurgiu em 1983, no Líbano e, agora, ironia
da História, seus adeptos vivem o seu ápice com a al-Qaeda, de
Osama bin Laden, e seus congêneres do grupo Hamas e Jihad
Islâmica, todos ultra-ordoxos sunitas, os inimigos contra os
quais se batia a seita de Hasan e-Sabah.“ Muito diferente de
sermos homens-bombas - dínamos para o bem, e depois
herdarmos os céus de verdade - a nossa cidade está nos céus!
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Vinda de Jesus
Delmy Ochoa
Estados Unidos |
Hondurenha,, professora
e membro da Diretoria da Igreja |
Regresso glorioso do Senhor Jesus Cristo à terra para
buscar a sua Igreja. Um evento retratado pelos profetas tanto no
Velho como no Novo Testamento, que vem sendo anunciado por uma série
de sinais, os quais vão se cumprindo exatamente um a um, sem deixar
nenhuma dúvida. De acordo com as Escrituras Sagradas a Vinda de
Cristo se dará em duas etapas. A primeira etapa é o arrebatamento,
quando Jesus venha a levar a sua Igreja. Primeiro serão
ressuscitados os mortos em Cristo e depois os que ficarem vivos
serão arrebatados para encontrarem o Senhor Jesus nas nuvens (1 Ts
4.13-17). Tudo se dará sem o conhecimento do mundo, ninguém poderá
computar o tempo deste acontecimento, cuja descrição mais próxima é
“num abrir e fechar os olhos” (1 Co 15.52), ou “como um relâmpago” (Mt
24.27). E assim se cumprirá a promessa de Jesus “e se eu for, e
vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo,
para que onde eu estiver estejais vós também” (Jo 14.3). Esta é
a bem aventurada esperança de todos os redimidos (Tt 2.13), e fonte
principal de consolo para os crentes que sofrem (1 Ts 5.10). A
Bíblia ensina a anelar e esperar contínua e confiadamente pela vinda
de Jesus, já que ninguém sabe o dia nem a hora de sua vinda (Mt
24.36), e cada dia está mais próxima (Tg 5.8; Hb 10.37). O Senhor
manda estar sempre vigilante para não serem confundidos naquele dia
(1 Jo 15.28), no qual só os que esperam em Jesus e perseveram até o
fim serão salvos (Mt 24.13) e os que ficarem no mundo entrarão em
grande tribulação (Mt 24.21). A segunda etapa da vinda de Jesus
dar-se-á quando ele volte com sua igreja glorificada, à vista de
todos na terra para sentar-se no seu trono e reinar. “Eis que
presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da
profecia deste livro” Ap 22.7 |