O Vinho Acabou!
Rev. Elben
Lenz César
Brasil |
Brasileiro,
pastor e professor. |
É muito
singela a história da transformação de 480 litros de água em vinho
da melhor qualidade, acontecida durante os festejos de um
casamento realizado em Caná da Galiléia, logo no início do
ministério de Jesus. Sabedora do constrangimento pelo qual estava
passando a família do noivo, a mãe de Jesus se aproximou dele e
lhe disse: "O vinho acabou". Depois, aproximando-se também
dos desnorteados serventes lhes ordenou: "Façam o que Ele
mandar". A Jesus, Maria não deu ordem alguma. Apenas comunicou
o fato: "Acabou o vinho". Aqui está um precioso modelo de oração.
Embora Deus saiba de tudo que nos ocorre, é muito saudável
mencionar nas orações as diferentes situações embaraçosas que nos
acontecem, quase sempre de surpresa. Em algumas situações, podemos
procurar o Senhor e segredar-lhe humildemente: "Acabou o ânimo",
"Acabou o pão", "Acabou a alegria", "Acabou a paciência", "Acabou
a esperança", "Acabaram os recursos", "Acabou o amor" e assim por
diante. Essas são orações sem rodeio, que mencionam o âmago do
problema. São corajosas, sinceras, humildes. Essas orações
significam uma exposição da alma, da angústia que está até então
presa lá dentro. É uma confissão: "Acabou o vinho". Uma vez
introduzido na questão alheia, Jesus age, dá ordens, toma
providências. No caso das bodas de Caná, Ele mandou fazer duas
coisas: "Encham de água os seis potes de pedra" e "Tirem
um pouco de água destes potes e levem ao dirigente da festa" (Jo
2.1-12). Embora fosse apenas um convidado, e não o noivo nem o pai
do noivo, nem o mestre de cerimônias nem um dos serventes, Jesus
foi obedecido e a água se transformou em vinho, melhor que o
anteriormente servido. Se Jesus solucionou um problema de etiqueta
social, não resolveria problemas mais sérios, envolvendo as
necessidades físicas, as necessidades emocionais e as necessidades
morais? Você precisa da bem-aventurada ousadia para confessar
sempre que necessário: "Acabou o vinho"!
|
O Vício
Manuela
Barros
Estados Unidos |
Brasileira,
professora e Diretora do Evangelismo. |
Trata-se de uma prática irresistível de um mal
hábito ou de algo condenável (Novo Aurélio).
O vocábulo vício já naturalmente liga-se a
algo que o homem não deveria estar praticando, ou
seja, ninguém se vicia em coisas boas, formando-se
assim a antítese: bons hábitos vesus maus vícios.
Outro conceito correlato ao vício é o da
dependência. Alguém viciado é dependente, ou seja,
encontra extrema dificuldade de não praticar o seu
vício. Os vícios mais comuns são os que prejudicam
diretamente o bem estar físico do indivíduo como o
alcoolismo, a droga, e o fumo. A parte destes
comumente verbalizados, toda e qualquer prática que
escraviza o homem naquilo que não o edifica é um
vício. Vícios na área psicológica do homem levam-no
a demasiadamente assistir filmes e novelas, jogos
esportivos, participarem em jogos de azar (loteria,
bingo, etc.). Não deixam também de ser vícios certas
práticas cujas origens são profundamente espirituais
ainda que nem sempre sejam assim vistas; por exemplo
o vício de mentir, de roubar, de enganar, de
flertar, de maldizer, de fofocar, entre tantos
outros que poderiam aqui serem mencionados. Para o
salvo, sempre que ele erra o alvo, ou seja, pratica
algo que vai de encontro à Palavra de Deus ou seus
desígnios diretos e indiretos, ele comete pecado.
Por consequência analítica, todo vício constitui-se
uma prática pecaminosa. "Porque o pecado não terá
domínio sobre vós... sois servos daquele a quem
obedeceis, ... Mas, agora, libertado do pecado e
feitos servos de Deus, tende o vosso fruto para
santificação e, por fim a vida eterna. Aquele que
furtava não furte mais..." (Romanos 6.14,16,22;
Efésios 4.28). Na mais simples teologia esboçada
pelo apóstolo dos gentios, entende-se que a
liberdade estabelecida no calvário e outorgada a
cada crente no dia de sua entrega a Cristo, fá-lo
livre de todo vício dantes praticado pelo mesmo.
|