Valores Trocados!
Rev. Clói
Marques Pereira
Brasil |
Brasileiro, pastor e professor. |
"O que vos parece"? É a pergunta
de Jesus sobre o fato de um homem deixar noventa e nove ovelhas
reunidas, e ir em busca de uma que se extraviou. Esta pergunta a meu
ver, requer reflexão de nossa parte, pois em nossa prática como
líderes cristãos temos ficado junto às noventa e nove e pouca
preocupação temos tido com as extraviadas. A nossa atitude ainda se
torna mais grave, diante das revelações destes textos de Mateus e
Lucas, que nos apresentam o Deus Pai e o Deus Filho aprovando a
atitude do homem deixar as noventa e nove para ir em busca da que se
perdeu. Os argumentos dessa aprovação são indiscutíveis; "o filho
do homem veio buscar e salvar o perdido". ( Mateus 18:11). "E
quando a encontra ( a ovelha perdida), em verdade vos digo
que maior prazer sentirá por causa desta, do que pelas noventa e
nove que não se extraviaram". (Mateus 18:13). "Digo-vos que,
assim, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do
que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento".
( Lucas 15.7). Até quando, estaremos fazendo o contrário? Ficamos
sempre cuidando de uma minoria reunida, enquanto a maioria encontra-se
perdida e dispersa. Se o homem citado por Jesus, preocupou-se com
uma somente, o que diremos de nós, líderes da igreja de Cristo? O
que estamos fazendo para encontrarmos aquelas ovelhas que Jesus
afirmava ter, mas que ainda não estavam no aprisco? ( João 10:16). O
que temos feito em favor dos perdidos nos envergonha diante da
pergunta de Jesus, e, continuará a nos envergonhar enquanto não
tivermos o senso de valorização correta que estes textos nos
apresentam. Até quando, as ovelhas reunidas exercerão a primazia de
nossa atenção e desgaste? Na maioria de nossas igrejas, gastamos 99%
de tempo, dinheiro e serviço com as noventa e nove que ficam, e,
somente 1% com a extraviada ou desgarrada. "O que vos parece?"
Sinceramente, tenho vergonha de responder esta pergunta de Jesus,
pois minha prática como líder cristão prioriza as "reunidas" ,
enquanto o Pai e o Filho priorizam as "perdidas" de acordo com os
textos em exposição. As noventa e nove reunidas, "não necessitam de
arrependimento" , mas nós líderes precisamos nos arrepender de não
estarmos preocupados com as perdidas e não estarmos ensinando as
reunidas a respeito dessa preocupação. Por fidelidade de alguns em
nosso meio, em buscar os perdidos "o júbilo no céu continua" mas, a
inquietante pergunta continua: "Que vos parece?" |
Integridade
Domingos Tito Sacatato
E.U.A. |
Angolano,
evangelista e professor |
Integridade deriva-se
do latim, denotando o estado de algo com todas as suas partes
intactas.
Uma pessoa integra demonstra através de seus atos e palavras
interessa, rectidão, imparcialidade, inocência, pureza e castidade.
A citação de Génesis 2:7, esclarece que o homem foi criado do pó da
terra; e o sábio Salomão, afirmou que o mesmo haveria de voltar a
mesma substância de onde veio (Ec 12:7).
Este homem exterior (2Co 4:16), criado do
preexistente,
é também um ser moral (1Co 6:13; Rm 12:1), criado de uma forma
maravilhosa, como expressou o salmista (Sl 139:14).
A Bíblia nos ensina que o homem foi criado a imagem e semelhança de
Deus (Gn 1:26; 1Co 11:7).
Adão era um ser santo, perfeito, justo e integro.
A Palavra de Deus é exaustiva em informar por várias referências e
inferências que o homem possuía estes atributos antes da queda (Gn
2:19-20).
Com a entrada do pecado, o estado físico, social, psíquico, moral e
espiritual do homem ficou baixo a condenação. Tendo sua natureza
corrompida e suas relações com o Criador interrompidas
imediatamente, o homem tornou-se escravo do diabo, do pecado, do
mundo e de sua própria natureza (Rm 3:23; Jo 8:34).
Todos os valores infundidos pelo Criador são deturpados, e este ser,
que foi a coroa da criação de Deus, torna-se agora juntamente com
toda a sua descendência, amante de si mesmo, avarento, presunçoso,
soberbo, blasfemo, desobediente, ingrato, profano, sem afecto
natural, irreconciliável, caluniador, incontinente, cruel, sem amor,
traidor, obstinado, orgulhoso, mais amigo dos deleites do que amigos
de Deus (2Tm 3:2-5).
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com
que nos amou, nos vivificou, através do sacrifício do seu Filho,
fazendo-nos um novo povo, zeloso de boas obras, para que ainda hoje
pudéssemos exercer e viver uma vida de integridade (Tt 2:14; 1Pe
2:9). |