O
Daniel da Cova!
Pr.
jandiro da Silva
Brasil |
Brasileiro,
Pastor e Professor. |
"Então,
o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lançaram na cova dos leões.
E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu
continuamente serves, ele te livrará. E foi trazida uma pedra e foi
posta sobre a boca da cova; e o rei a selou com o seu anel e com o
anel dos seus grandes, para que se não mudasse a sentença acerca
de Daniel. Então, o rei dirigiu-se para o seu palácio, e passou a
noite em jejum, e não deixou trazer à sua presença instrumentos
de música; e fugiu dele o sono”.
Daniel 6:16-18. Após
o rei Dario constituir cento e vinte presidentes que estariam sobre
todo o reino, e três príncipes dos quais Daniel se sobressaia
sobre todos eles. O rei imaginava constituir Daniel como o primeiro
dentre todo o reino. A
inveja começava a corroer as mentes perversas destes príncipes e
presidentes, à ponto de começarem procurar ocasião a fim de
incriminarem Daniel. Seria impossível, legalmente falando acusar
Daniel, pois era um homem temente no qual o Espírito de Deus tinha
uma missão especial. Então procuraram dentro da lei de Deus
instigar algo que viesse incriminar à Daniel. O único problema, o
rei tinha de assinar um decreto. A mente humana é, e sempre foi, um
instrumento que se deixarmos levar por ela, poderemos trazer conseqüências
totalmente desastrosas, ferindo, maltratando, e fatalmente levando a
morte. Imediatamente mexeram com o ego do rei, e levaram o seguinte
projeto; “qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma
petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó rei,
seja lançado na cova dos leões. Agora, pois, ó rei, confirma o
edito e assina a escritura, para que não seja mudada, conforme a
lei dos medos e dos persas, que se não pode revogar. Por esta
causa, o rei Dario assinou esta escritura e edito”.(Daniel
6:7-9) O servo de Deus não mudou seus hábitos, e três vezes ao
dia com a janela do seu quarto aberta, invocava o nome Santo de
Deus. Foi
o suficiente para levarem Daniel perante o rei, e a sentença era
ser jogado na cova dos leões. Os leões estavam tão famintos que
alguns condenados antes de chegar ao solo, já eram trucidados pelas
bestas feras. Jogaram Daniel, selaram a pedra colocada na boca da
cova com o anel do rei e das autoridades presentes. No outro dia,
pela manhã o rei foi imediatamente á cova e chamou Daniel, Daniel,
servo do Deus vivo. E Daniel respondeu lá do meio dos leões,
pois Deus tinha fechado a boca do devorador. Daniel estava vivo. Você
está vivo, meu irmão, Glorifique a Deus!
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Juramento
Vania
DaSilva
E.U.A. |
Brasileira,
Professora e Diretora de Missões. |
As sociedades antigas não proviam de leis e documentação para reforçar
um ato legal. O cumprimento de um ato ou de um pacto dependia da
integridade de uma pessoa. Na ausência de um sistema judicial
moderno, a sociedade dependia que o povo falasse a verdade um para
com o outro. Neste sentido, o juramento mantinha a obrigação do
povo em falar e fazer seus negócios honestamente. O uso do
juramento era frequente nos pactos e confederações solenes. Era um
apelo a Deus para que servisse de testemunha em um pacto ou a uma
verdade a ser dita (Gn 21.23; Gl 1.20). A violação de um juramento
tinha resultados sérios (Ez 17.13,16,18-19). Os juramentos
judiciais eram reconhecidos pela Lei (Ex 20.7; Lv 19.12), mas o perjúrio,
a menção profana e vã do nome de Deus, a menção de ídolos e
outras coisas criadas eram radicalmente proibidas (Js 23.7; Mt
14.3-12). Os juramentos eram usados para confirmar um pacto;
esclarecer controvérsias; estabelecer concertos; mostrar a
imutabilidade do conselho de Deus; definir as responsabilidades
sacras; e no cumprimento de atos judiciais. O juramento poderia ser
feito ante o rei, ante objetos sagrados, ante o altar; e usava-se
entre o rei e seus súditos (1Rs 2.43), entre o patriarca e o povo (Gn
50.25), entre o senhor e o servo (Gn 24.2-9), entre um povo e outro
(Js 9.20) e entre um indivíduo e outro (Rt 1.17). Atos simbólicos
eram utilizados no juramento, como o levantar a mão direita ou
ambas as mãos aos céus (Dn 12.7) e colocar a mão sobre a outra
pessoa (Gn 24.2,9; 47.29). Também ao jurar, eram usadas diversas
expressões: Assim Deus me faça e outro tanto (1Sm 3.17); Vive
o Senhor (Jz 8.19); Viva a tua alma (1Sm 1.26) e Te
conjuro pelo Senhor (1Rs 2.42). O juramento estabelecia limitações
no falar das pessoas e delineava a conduta humana (Nm 30; Dt 23.21).
No Novo Testamento, Jesus
ensina a seriedade que deve haver em nossas palavras, e como o nosso
falar não deve ser medido pelos nossos juramentos, mas sim por
nossa integridade. Uma pessoa de caráter e honesta, não precisa
usar de juramentos para provar suas atitudes ou palavras. Jesus também
ensinava que não devemos ser pessoas dúbeis e volúveis, mas que
nossa palavra seja "sim" ou "não" (Mt 5.33-37).
As palavras de Jesus contra os juramentos feitos em nome de Deus e
do Templo, eram contra o uso profano e negligente de faze-lo nos
simples casos da vida temporal (Tg 5.12). O próprio Senhor, quando
foi interrogado, respondeu sob esconjuração (Mt 26.63,64). Outras
passagens bíblicas nos mostram a gravidade da profissão de um
juramento mal pensado ou sem responsabilidade. Pedro negou a Cristo
- ele negou conhecer Jesus (Mt 26.70). Pela segunda vez, um
juramento acompanhou as sua palavras (Mt 26.72). E pela terceira vez
suas palavras se seguiram de juramentos e praguejos (Mt 26.74).
Nossas palavras expressam o que somos - A boca fala daquilo que o
coração está cheio.
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