Cansado
de Teologia!
Rev.
Walker da Cunha — Brasil
Cansado
de teologia. É assim que me sinto. Cansado de ver um povo enganado,
iludido, declarando e profetizando prosperidade. Cansado de ver
tanta gente bradando aos céus, exigindo e cobrando de Deus por
promessas que o Todo Poderoso nunca fez. Durante nove anos vivi no
meio de pessoas que exalavam fé. Uma fé sem resultados. Vi pessoas
que não tinham dinheiro nem para pagar o ônibus que os levavam até
à igreja. E foram essas mesmas pessoas que deram a seus líderes
dinheiro suficiente para comprar carros blindados e mandar os filhos
estudarem no exterior. Quanta incoerência! Enquanto esses líderes
pregavam a tal teologia que os tiraria da crise financeira, as
pessoas continuavam vivendo a mesma vida de dificuldades, e muitas
vezes, com um certo ressentimento para com Deus, que não cumpria
com aquelas promessas que saiam do púlpito. Vi gente preocupada em
combater o gafanhoto, sem perceber que este se apresentava com a bíblia
na mão sobre o altar. Em todos esses anos, vi uma teologia cheia de
facilidades. Onde a porta larga conduzia ao céu e a estreita à
perdição. Vi uma teologia onde o Espírito Santo fazia de tudo:
fazia pessoas caírem no chão, rirem alucinadamente, falarem em línguas
estranhas; só não fazia uma coisa: gerar arrependimento para
santificação. Vi ainda apóstolos. Auto-entitulados. Vi homens se
dizerem íntegros, mas eram corruptos e oprimidos! Conheci uma
teologia que nos fez deuses. Que desgraça! Conheci uma teologia de
mentiras, de palavras que voltam vazias, de profecias que não se
cumprem nunca. Conheci uma teologia de emocionalismos. De música de
fundo na hora da oração que leva a emoção; de voz trêmula para
gerar o choro; de teatro, de frases mentirosas como: Eu sinto a
presença de Deus, quando o que realmente se sentia era o desejo de
manipular as pessoas. Conheci uma teologia de orgulho e soberba. Uma
teologia de homens que se diziam ser donos da verdade. Conhecedores
da revelação completa. Conheci uma teologia que subestima os
reformadores e abomina os fundamentalistas atuais. Afinal, sua
doutrina é superior. João 10:10 – “O ladrão vem somente para
roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em
abundância." Conheci a teologia criada pelos demônios,
mantida pelo sistema religioso e e venerada pelos homens! A teologia
que rouba o povo de Deus, mata os sonhos e destrói a confiança no
Evangelho. O mais triste, é que eu fui mais uma vítima desta
teologia. I Timóteo 4:1,2 - "Ora, o Espírito afirma
expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé,
por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios,
pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria
consciência."
Deus me salvou dessa teologia! Hoje, vivo a Teologia do Pai Nosso, e
do arrependimento diário. Vivo a Teologia que ao invés de buscar a
bênção, busca o abençoador. Vivo a Teologia de Deus!
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Anjos
Delmi
Ochoa — EUA
A
palavra anjo do grego (angelos) ou do hebraico (malak) quer dizer
mensageiro, guardião, representante (Ap 1.20; Mt 18.10).A menção
de anjos aparece em 34 livros da Bíblia 305 vezes. Os anjos em seu
estado original foram criados em estatura, número e conhecimento
pleno (Sl 148.2,5; Cl 1.16). Estes são seres asexuais (Mt 22.10),
imortais (Lc 20.36) e com personalidade, ou seja, inteligência,
volição e consciência moral (Lc 1.19,20). Os anjos são espíritos,
porém suas aparições são geralmente em forma humana, masculina e
jovial - forma teofânica (Gn 18.2), mas nunca como mulher. A
designação de cada ser angelical refere-se ao seu ofício e não
sua natureza. Como ofício, eles são anjos (mensageiros); como
natureza, eles são espíritos. Com a rebelião de Satanás, a terça
parte dos anjos que não guardaram seu principado, mas se rebelaram
contra o seu Criador, foram expulsos dos céus (Jd 6; Is 14.12-15).
Sendo assim, existem duas classificações de anjos: os anjos
eleitos, os que permaneceram fiéis; e os anjos caídos, ou demônios,
que se rebelaram. Os anjos eleitos são descritos na Bíblia como
santos, escolhidos, poderosos, tementes, enviados por Deus para
executar sua vontade, trazer mensagens, proteger e ministrar àqueles
que irão herdar a salvação
(Hb 1.14; Jd 9). Como todo exército na terra, o do céu também
obedece a uma hierarquia natural, não pelo valor pessoal, mas pelo
seu trabalho. A hierarquia angelical no céu segue da seguinte
forma: 1º Querubins — Guarda do trono, da santidade de
Deus (Gn 3.24); 2º Serafins — Guarda da adoração (Is
6.2,3); 3º Arcanjos — Chefes dos Anjos; e Anjos —
Mensageiros (At 10.3). A Bíblia menciona o nome de dois seres
angelicais, anjo Gabriel (homem de Deus - Lc 1.19); e o Arcanjo
Miguel (Quem é como Deus? - Jd 9). A palavra anjo aparece nas
Escrituras com duas representações: 1º Aparição teofânica de
Cristo como anjo do Senhor (Js 5.13-15); 2º Pessoas como
mensageiros de Deus (Ag 1.3); 2º Anjos das Igrejas (Ap 1.20).
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