Fort Lauderdale, Florida, 03 de Dezembro de 2000 Ano VIII  Nº 49


 

Pastores — Mestres!

Pr. Denis da Fonseca — Brasil

 

 

“E vos darei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com ciência e com inteligência” (Jr 3:15). “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver” (Hb 13.7). Este é o último trimestre do século XX. A partir do próximo trimestre já estaremos no terceiro milênio. Seria bom que refletíssemos um pouco sobre a pessoa do pastor como mestre, ou no exercício do ministério pastoral sob a ótica pedagógica. Ninguém há na igreja que tenha tanta oportunidade de influenciar vidas como o pastor. Do púlpito ou da cátedra, no aconselhamento, na administração, nas visitas e até nas horas quando ele exerce todas essas atividades ao mesmo tempo ou em uma delas, ou seja, na informalidade do dia-a-dia do ministério pastoral. Quando penso na pessoa do pastor como mestre, não estou sugerindo que ele tenha que ser um educador religioso, no sentido técnico do termo, mas apenas enfatizando que ele, queira ou não, ensina o tempo todo em que pastoreia; pastorear é ensinar a cada minuto, é aprender a cada segundo.  No cumprimento da missão educacional do ministério, o pastor às vezes se  sente sobrecarregado, cansado e até mesmo desanimado. Comete erros aqui e ali , e com estes erros ensina, ainda que às avessas. Frustra-se quando as coisas não acontecem como ele gostaria e, não poucas vezes, se sente incapaz do ministério que exerce.   O mestre está, então, cansado de ensinar. Ensina com seu cansaço que pastor é gente, come, bebe, se cansa e se esgota como todos os mortais; não há super-heróis na vida cristã, eles se confinaram à ficção. Na vida real somos todos de carne e osso e sofremos os embates da vida. E, enquanto sofremos, vamos ensinando.  Não há como não ser mestre quando se é pastor. Assim, a bênção do ministério se agiganta. Deus dá aos seus servos porção dobrada de graça e de poder. O Senhor sustenta aqueles a quem chama, e os usa.  Neste trimestre derradeiro do século e do milênio, sejam homenageados os pastores-mestres — os heróis  da fé! Devemos prestar merecidas homenagens a todos que militam no ministério santo dedicando o texto de 1 Coríntios 15:58: "Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor; sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor."

Bezerro de Ouro

Miss. Vania DaSilva — EUA

A imagem de bois ou bezerros faziam grande parte da arte e religião do Antigo Egito, Mesopotâmia, Ásia Menor, Fenícia e Síria. Para estas nações, o boi ou novilho representava força, e fertilidade, e por isso, era considerado como um deus. Em várias regiões do Egito seu nome variava: em Mênfis era conhecido como Ápis; em Heliópolis como Mnevis, e na região de Gosén como Horus. Em Canaã, Fenícia e Síria, a imagem era identificada com o deus Baal ou Hadade. Existem duas menções sobre a construção de bezerros de ouro nas Escrituras, a primeira é feita no segundo livro do Pentateuco, o Êxodo (32.1-8). A passagem registra como Israel depois de três meses de sua saída do Egito pediu a Arão para fazer um deus que eles pudessem ver, ou seja, a materialização do Deus a quem eles tinham ouvido 40 dias antes ditando-os o Decálogo (Ex 20). Enquanto Moisés recebia a Lei de Deus no Sinai, o povo que havia dito: “Fale tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos” (Ex 20.19), pede a Arão: “Faze-nos deuses, que vão adiante de nós...” (Ex 32.1). Por causa da insistência do povo, Arão recolheu os pendentes de ouro, ou seja, os brincos das orelhas das mulheres, e com isso construiu o bezerro de fundição (Ex 32.2-4). Segundo os costumes pagãos de todas as nações vizinhas, o culto aos deuses era seguido de orgias, ritos lascivos, danças, sacrifícios humanos, tortura própria, prostração e beijos na imagem adorada (I Rs 18.28). Israel não foi uma exceção a estes costumes tão vís. A voz de Deus para Moisés no monte foi: “Desce, porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido” (Ex 32.6,7,19). O povo quiz inferiorizar a Deus ao nível de imagens feitas por mãos de homens - “E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis ” (Rm 1.23). É pena que a Igreja Católica Romana retirou um capítulo de suma importância da Bíblia, para seus fins lucrativos e conveniência doutrinária, o Salmo 115 - “Os ídolos deles são prata e ouro... tem boca mas não falam... olhos, mas não vêem... tornem-se semelhantes a eles os que os fazem, e todos os que neles confiam.”  A segunda menção está no primeiro Livro dos Reis (12.25-33), quando Jeroboão I, rei de Israel, assume o trono. Por falta de confiança no Deus que o havia colocado naquela posição, e medo de que o povo ao ir à Jerusalém para sacrificar na casa do Senhor, voltasse seu coração ao rei Reoboão, rei de Judá, ele decidiu começar seu ministério com as bases erradas. Fez assim, dois bezerros de ouro, colocando um na cidade de Dã, e outro em Betel. A alternativa de culto dada por Jeroboão para ganhar o povo para si, não só extraviou as Dez Tribos do Norte a trilhar 200 anos de apostasia e idolatria, como confrontou o próprio Deus. A ação de Jeroboão teve as mesmas implicações desastrosas que o bezerro no Sinai, como também seus resultados, pois Deus não se deixa escarnecer. No deserto custou a vida de 3.000 pessoas (Ex 32.28); à Jeroboão custou seu reinado (I Rs 13,14), e às 10 tribos custou sua Diáspora permanente para a Assíria (II Rs 17.22,23). O pecado de Jeroboão tão mencionado nos livros dos Reis e das Crônicas resultou uma mudança de equidade, de justiça e de moral, que apoiada pela imoralidade da religião, produziu a desintegração do Reino do Norte e a perda total do sentido de povo escolhido no meio de nações pagãs. O Rei Acabe, nos caminhos de Jeroboão, casou-se com Jezabel, princesa fenícia de Sidom, cidade na costa do Mediterrâneo considerada como o centro da depravação e impiedade. Jezabel foi habitar na cidade de Jezreel, onde havia pessoas pias e que serviam ao Deus verdadeiro. Baal, o deus-sol dos fenícios, era representado pela imagem de um boi, que segundo eles,  tinha poder sobre as plantações, rebanhos e fertilidade dos animais e humanos. Acabe através da influência de Jezabel, construiu templos e proliferou a adoração à Baal em todo o Israel, ao ponto de terem 450 profetas para ministrar o seu culto. Profetas e homens santos como Nabote que se opuseram aos caprichos de Acabe e as abominações de Jezabel foram disseminados por sua ordem. Porem, Deus levantou dois homens de coragem que puseram fim a adoração à Baal em Israel: Elias, confrontou e matou os 450 profetas de Baal (I Rs 18.22-40); e Jeú matou a Jezabel, exterminou a casa de Acabe, matou a todos os adoradores de Baal, queimou as estátuas e derrubou a casa de Baal (II Rs 10). Estes relatos nos provam que Deus, de nenhuma maneira pode ser inferiorizado ao nível de uma representação ilustrada ou esculpida. Deus é soberano, e a Bíblia diz que nenhum homem verá o seu rosto e viverá (Ex 33.20). Qualquer esforço humano de criar uma imagem do Deus invisível em forma física ou palpável está trabalhando em pról de sua própria destruição e juízo. (Ap 22.15).

O Bezerro de Ouro e os Perigos do Culto Alternativo!

João Luis Cabral — EUA

 

Texto Áureo da Lição: Atos 7:41

E naqueles dias, fizeram o bezerro, e ofereceram sacrifícios ao ídolo, e se alegraram nas obras das suas mãos.


Hino sugerido para               abertura da Escola Dominical: AO ABRIR O CULTO — 243 da Harpa Cristã.

 

 

1. OS ÍDOLOS CORROMPEM O POVO DE DEUS

  • Dando a luz à rebelião: Ex 32:1,4,8; Jz 8.24-27; Jd 11; 1 Sm 15:23.

  • Mundando o centro do culto: 1 Rs 11:4-7; 12:28-31.

  • Roubando o temor e a glória de Deus: 2 Cr 33:9; Rm 1:23-25.

2. O CULTO ALTERNATIVO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

  • No período vetero-testamentário: : Ex 32:26-29; 1 Rs 13:4,5.

  • No período neo-testamentário: Ap 3:15,16; 1 Co 10:14,19-21.

  • No período da eternidade: : Ap 21:8; 22:14,15.

3. DEUS  É  INCALCULAVELMENTE  SOBERANO

  • Sobre os Céus anjos eleitos: Is 6:1-4; Ap 4:10,11; Ap 15:3,4.

  • Sobre a Terraseres humanos: Ex 15:1-3,21; Sl 24:1,2; 19:1; Dn 6.26-27; Mt 8:1-3.

  • Sobre o Infernoanjos decaídos: Is 43:13; Tg 2:19; Ap 1:18; 20:10; Mt 25:41.

 

Texto da Lição:

 

Êxodo 32:1-8

1 Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, ajuntou-se o povo a Arão e disseram-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, a este homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu. 2 E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas e trazei-mos. 3 Então, todo o povo arrancou os pendentes de ouro que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão, 4 e ele os tomou das suas mãos, e formou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então, disseram: Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito. 5 E Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele; e Arão apregoou e disse: Amanhã será festa ao SENHOR. 6 E, no dia seguinte, madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se a comer e a beber; depois, levantaram-se a folgar. 7 Então, disse o SENHOR a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido, 8 e depressa se tem desviado do caminho que eu lhes tinha ordenado; fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e sacrificaram-lhe, e disseram: Estes são os teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito. (ARC)