Uma
Carta Aberta!
Públios
Lentulus — Itália
O
governador da Judéia,
Públios
Lentulus, ao César Romano (A descrição abaixo foi traduzida de
uma carta de Públius Lentulus, predecessor de
Pôncio
Pilatos como governador da Judéia, a César Augusto, Imperador de
Roma): “soube ó César, que desejavas informações
acerca desse homem virtuoso que se chama Jesus, que o povo considera
um profeta, e seus discípulos, o filho de Deus, criador do céu e
da terra. Com efeito, César, todos os dias se ouvem contar dele
coisas maravilhosas. Numa palavra, ele ressuscita os mortos e cura
os enfermos. É um homem de estatura regular, em cuja fisionomia se
reflete
tal doçura e tal dignidade que a gente sente obrigado a amá-lo e
temê-lo ao mesmo tempo. A sua cabeleira vem até as orelhas, a cor
das nozes maduras e, daí aos ombros tingem-se de um louro claro e
brilhante; divide-se uma risca ao meio, à moda nazarena. A sua
barba, da mesma cor da cabeleira, e encaracolada, não longa e também
repartida ao meio. Os seus olhos severos têm o brilho de um raio de
sol; ninguém o pode olhar em face. Quando ele acusa ou verbera,
inspira o temor, mas logo se põe a chorar. Até nos rigores é afável
e benévolo. Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas muitas vezes
foi visto chorando. As suas mãos são belas como seus braços, toda
gente acha sua conversação agradável e sedutora. Não é visto
amiúde em público e, quando aparece, apresenta-se
modestissimamente vestido. O seu porte é muito distinto e belo. Se
o queres conhecer, ó César, como uma vez me escreveste, repete a
tua ordem e eu te o mandarei. Se bem que nunca houvesse estudado,
esse homem conhece todas as ciências. Anda descalço e de cabeça
descoberta. Muitos riem, quando ao longe o enxergam; desde que porém
se encontram face a face com ele, tremem e admiram-no. Dizem os
hebreus que nunca viram um homem semelhante, nem doutrinas iguais às
suas. Muitos crêem que ele seja Deus, outros afirmam que é teu
inimigo, ó César. Diz-se ainda que ele nunca desgostou ninguém,
antes se esforça para fazer toda gente venturosa.”
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Mamom
Pb.
Paulo Renato Alves
Esta
palavra aparece nos escritos como a transliteração do termo aramaico
mamônâ. No
original enontra-se somente em Mateus 6:24 e Lucas 16:13, e
significa riqueza ou lucro. Mamom é usado também de um vocábulo babilônico
mimma,
que significa riquezas de origem iníqua, bens terrenais valiosos
—“riquezas injustas.” — mencionados por
Jesus em Lucas 16:19. À luz da
Palavra de Deus, servir a mamom, identificado como senhor da riqueza,
constituía
uma forma iníqua e egocêntrica do coração do homem alienado de
Deus. Encontramos como exemplo em Lucas 12:18,19, uma parábola
proposta por Jesus a uma multidão que o seguia: a parábola do rico
insensato. A herdade de um homem rico tinha produzido em muita abundância,
e encontrava-se seguro sob seus bens, e dizia que sua alma tinha
todo o descanso necessário. Logo Jesus enfatizou: “assim é
aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.”
E, ele mesmo acrescenta: “ninguém pode servir a dois senhores;
porque ou há de odiar um e amar outro, ou se dedicara a um e
desprezará a outro. Não podeis servir a Deus e a mamom!”
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