“Certamente, todos os cristãos evangélicos, em algum momento de sua vida, já foram confrontados com questionamentos quanto à fé que professam. Isso não vem de hoje. A história nos mostra que em todos os períodos da história humana Deus e o Cristianismo têm sido atacados. Na Bíblia, encontramos o texto áureo da defesa da fé cristã. "Antes santificai a Cristo em vossos corações e estejais sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós" (1 Pe 3.15). Nesse trecho, Pedro nos dá as bases da defesa da apologia cristã. Em relação à pessoa de Cristo é necessário "santificá-lo em nossos corações"; em relação a nós mesmos: "estarmos preparados"; e em relação aos nossos oponentes: "responder com mansidão e temor". A defesa da fé é denominada "apologia" - que do grego significa "resposta" ou "discurso de justificação". Ela compõe um conjunto de respostas às perguntas feitas sobre Deus, Jesus e o pensamento cristão. A apologética é essencial à prática missionária. Existem vários tipos de apologética, mas o mais importante a considerar é que só é capaz de defender a fé aquele que tem convicção, certeza de salvação em Cristo Jesus. Não é objetivo da apologia tão somente ganhar debates/discussões no âmbito filosófico, científico ou teológico, antes pretende cumprir o Ide de Jesus, de forma a pregar o Evangelho de forma a dissipar todas as cosmovisões que sejam antagônicas ao Cristianismo. A apologética sempre teve grande importância na história da Igreja e foi vital no Novo Testamento para auxiliar os crentes em sua caminhada inicial diante de um mundo contrário à nova fé. Se a apologética foi importante naquela época, quanto mais agora, no mundo atual, que têm sido caracterizado por movimentos filosófico-teológicos denominados como secularismo, relativismo, ateísmo, pós-modernismo e pluralismo. Nesse contexto social, é de responsabilidade de cada cristão levantar a bandeira do Evangelho e defender as verdades bíblicas não apenas verbalmente, mas também com seu comportamento - é aí que entra o crescimento pessoal a partir da defesa da fé. Em Tiago 2:18 lemos: "Tu tens fé e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé". São nossas atitudes e nosso coração na obra que refletem a importância de Deus em nossas vidas. Fazer o bem, testemunhar é o comportamento natural de quem está integrado ao propósito de Deus. É necessário que o crente esteja respaldado por conhecimento a cerca de sua fé, a partir de um estudo sólido e permanente da Palavra de Deus. Nossas atitudes falam muito e o tempo todo. O amor pelas almas perdidas deve ser sempre nosso objetivo, pedindo sempre sabedoria à Deus na hora de defendermos nossa fé.
É uma das doutrinas fundamentais das Sagradas Escrituras. Do latim, ”Resurrectione” que significa regresso da morte à vida, ou seja, o ato de ressurgir (latim, resurgeré) - surgir de novo, ressiscitar, voltar à vida. A palavra ressurreição aparece mais de 40 vezes nas Escrituras e o seu vocábulo verbal mais de 160 vezes. Há dois termos originais gregos que dão o sentido natural da palavra ressurreição: 1) ‘Anastasis’, que quer dizer tornar a vida, levantar-se; e, 2) ‘Egeiró’, que significa acordar, despertar. O Velho Testamento no período pré-exílio, não contém nenhuma menção direta à ressurreição. A morte sempre foi vista como o fim da existência do homem. O translado de Enoque e Elias foi sempre visto pelo povo de Deus como um indecifrável enigma. Uma vida após a morte sempre foi retratada como superstição gentílica, cujo ensinamento errôneo deu luz a doutrina tão defendida pelos Saduceus (Lc 12.18-27). A cortina foi alçada quando o profeta escreveu: “os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão” (Is 26.19). Apesar do termo não aparecer no Antigo Testamento de modo proeminente, temos exemplos de homens de Deus que criam nesta doutrina, como Abraão (Hb 11:17-19), Jó (Jó 13:15; Jó 19:25-27); Daniel (Dn 12:2,3), e outros mais. A doutrina da ressurreição foi revelada de forma progressiva, pela expressão tenaz do patriarca Jó, “Ainda que ele me mate, nele esperarei” (Jó 13:15), também a determinante atitude de fé e obediência do patriarca Abraão no monte Moriá de tomar seu filho para sacrificar ao Senhor (Gn 22:1-16), chegando à revelação mais clara de Daniel 12:2, que espelhou duas fases da ressurreição: 1° A ressurreição do santos, que ocorrerá no advento do arrebatamento da Igreja de Cristo Jesus, os quais comparecerão ante o Tribunal de Cristo para serem galardoados (Hb 11:13-16; I Ts 4:16,17; Jo 5:28,29; I Co 15). 2° A ressurreição dos homens ímpios, que vai se dar no final do Milênio ao comparecerem ao Trono Branco para a condenação eterna (Ap 20:11-15). A Bíblia faz menção de três tipos de ressurreição: A ressurreição nacional, relacionada diretamente com a restauração de Israel; A ressurreição espiritual, que se refere a todo o homem, ressurreição do espirito do homem que está morto para com Deus; e, A ressurreição física, a qual está acima supracitada. Havia dois grandes grupos religiosos que disputavam acerca da ressurreição: Os Fariseus que nela criam, e os Saduceus que não criam, dos quais Jesus confrontou com palavras de sabedoria irresistível (Mt 22:23,31,32). A maior e mais poderosa evidência da ressurreição sucedeu na morte de Jesus no Calvário, em que “ abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados.” (Mt 27:52,53). Aonde quer que estejam os corpos dos santos, pela Palavra do Senhor se agregarão para a ressurreição, e nós os que ficarmos vivos seremos transformados, todos seremos glorificados para vida eterna com o Senhor; porém para os ímpios, os aguarda o lago de fogo e enxofre, para vergonha, desprezo e morte eterna, por não crerem no nome do Unigênito Filho de Deus, o Primogênito dentre os mortos (Jo 3:18; Sl 9:17; Jo 11:25 Cl 1:18). A doutrina da ressurreição de Jesus e do corpo é o fundamento da fé cristã e da esperança da Igreja. Paulo tornou-se o maior apologista da ressurreição, quando escreve aos Coríntios: “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé” (1 Co 15.17).