Editorial

A MELHOR OFERTA

Rev. Eronides DaSilva USA

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente da Regional Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA

A exemplo do contexto bíblico nós perfeitamente compreendemos que o problema da oferta de Caim não estava na oferta em si mas com que coração ele apresentou aquela oferta a Deus; o problema não estava no que se via, mas no que se não via. Deus nunca rejeita uma oferta feita a Ele de coração, pois uma oferta de coração é dada, entre outras qualidades, do melhor que nós temos quando não é tudo o que nós temos. Nos tempos que Jesus estava nesta terra ele viu uma viúva apresentar a Deus uma moeda de pouco valor como oferta enquanto muitos outros apresentavam quantias de grande valor. Jesus porém disse que aquela viúva havia dado a maior oferta não somente por que ela havia dado tudo o que tinha, mas também por que o fizera de todo coração. Em outra oportunidade Jesus viu dois homens orando a Deus, um falava ao Senhor de seus jejuns e benevolências enquanto o outro pedia misericórdia a Deus por reconhecer que era pecador. Jesus disse que somente o que pedia misericórdia saiu justificado, exatamente porque aquele homem colocou diante de Deus o seu coração, sem disfarçar o seu pecado com jejuns e esmolas. O primeiro grande problema do homem é conseguir apresentar uma oferta verdadeiramente a Deus; o segundo é, quando ele consegue apresentar uma oferta a Deus, poder fazê-la de coração. Deus quer um sacrifício sincero de nós, voluntário e não um sacrifício que ouvimos que deveríamos fazer. Quando sinceramente apresentamos o melhor que temos diante de Deus e voluntariamente então estaremos apresentando diante dele um sacrifício de todo nosso coração. Caim não podia ter oferecido outra coisa do que tinha a Deus do que o fruto da terra pois era este o seu trabalho, e Deus não o teria rejeitado se tivesse sido feito de coração. Quando Deus diz a Caim "Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti?" Ele estava se referindo exatamente a forma como Caim apresentou a sua oferta e não o que ele ofereceu, pois disse que a aceitação seria para Caim e não para a oferta: ACEITAÇÃO PARA TI. O texto de Gênesis diz que "…atentou o Senhor para Abel e para sua oferta", ou seja, atentou o Senhor primeiro para o coração de Abel. Além do homicício, a própria forma como Caim responde a Deus nos mostra que o seu coração não era reto e não poderia oferecer algo que agradasse a Deus ainda que oferecesse ovelhas (Gn 4.9,13). Não podemos esquecer que Caim até mesmo desprezou o conselho do Senhor que queria que Caim apresentasse a Ele um sacrifício agradável, Deus queria abençoá-lo (Gn 4.7).

Glossário

CONTENDA

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC, na Flórida - Estados Unidos

Alteração, controvérsia, debate, disputa, litígio, porfia, demanda ou guerra. Segundo a definição, a contenda pode vir como fruto de uma discórdia entre duas ou mais pessoas, entre dois ou mais grupos. Ao lermos a carta do Apóstolo Paulo aos Gálatas no capítulo cinco, vemos a contenda como obra da carne em muitas palavras sinônimas como: inimizades, porfias, emulações (rivalidades), pelejas e dissensões. A contenda, portanto, é fruto da natureza pecaminosa que está no homem. Deus não criou o homem para que este contendesse com o seu próximo mas para que amasse a seu próximo. Há uma antagonia entre a contenda e o amor. Basicamente a contenda vem pelo homem buscar o seu próprio interesse, o amor ao contrário, pois “não busca os seus interesses" (1 Co 13.5). Ao lermos sobre a contenda entre os pastores de Abrão com os pastores de Ló vemos que o problema básico era que tanto um quanto outro queriam habitar em um lugar que não podia conter a todos, era um conflito de interesses (Gn 13.6,7). Outro antagonismo entre a contenda e o amor está em sabermos que a contenda é inflamada pelo ódio (Pv 10.12a, 30.33), enquanto o amor promove a união (At 2.44; 1 Jo 4.7). O ódio no coração pecaminoso do homem busca as mais diversas diferenças entre o próprio ser humano para incitar contendas e colocar pessoas ou grupo de pessoas umas contra as outras. Mas o amor de Deus é aquele que nos ensina que todos somos criados com igual capacidade independentemente de raça, cultura ou condição social. E esse amor prova-nos isso ao colocar juntos em um só grupo o varredor de rua com o gerente do banco, o Iraquiano com o Americano, o formado em engenharia ou medicina com o analfabeto. Esse grupo é chamado Igreja que, mesmo mostrando que há diferenças entre os homens, também mostra que elas não são motivo para qualquer contenda. A Bíblia ainda nos ensina que as pessoas altivas são grandes levantadoras de contendas (Pv 13.10a; 28.25a). Uma vez que não conseguem se humilhar nunca concordam com nada. Paulo quando escreve ao seu filho Timóteo, exorta-o a evitar e não entrar em questões loucas ou polêmicas, sem fundamento, porque tais só trazem contendas, mesmo no seio da Igreja. Ele ainda reforça ao seu filho na fé dizendo: Ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos. Portanto, sigamos a admoestação paulina: Não sejamos contenciosos! (2 Tm 2.23,24)

Esboço

BENIGNIDADE: UM ESCUDO PROTETOR CONTRA AS PORFIAS

Manuela Guimarães Estados Unidos

Brasileira, Deã Acadêmica do STB e Tesoureira da BPC, na Flórida - EUA



Texto de Memorização
"Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo." (Efésios 4.32)
Texto da Lição
Colossenses 3.12-17

Cl 3.12 - Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; 13 - Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. 14 - E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. 15 - E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. 16 - A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração. 17 - E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.
    1. A ESSÊNCIA DA BENIGNIDADE
  1. Baseada no amor sem preconceitos: Ef 6.9; Tg 2.1-9
  2. Baseada na compaixão para com o próximo: Lc 10.33-37; 19.9,10
  3. Baseada na brandura de atos e palavras: Nm 12.3; 2 Tm 2.24; Pv 15.1
    2. O DESENVOLVER DA PORFIA
  1. Começa com um julgamento – contrário: Lc 10.40; Mt 7.1; Pv 3.30
  2. Torna-se em um sentimento – inimizade: 1 Sm 18.7-9; Nm 12.1,2
  3. Manifesta-se por uma reação – porfia: 1 Co 1.11,12; Nm 16.2-4; Gl 5.14-16
    3. O ANTÍDOTO CONTRA A PORFIA
  1. Imitando a Cristo: Mt 5.44,45; Rm 12.20,21; Ef 4.20-22
  2. Despindo-se da velha natureza: Rm 12.17,19; Ef 4.25-32
  3. Praticando a benignidade: Rm 12.9,10; At 20.35; 2 Tm 2.24-26