“Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério” (2 Tm 4.5). Como estamos estudando nesta lição, a pregação do evangelho não está limitada à um grupo especial de indivíduos, mas está encomendada por Jesus à toda a sua Igreja, portanto para cada membro individual ( Mc 16.15; Pv 11.30). No entanto, o apóstolo Paulo nos ensina que Jesus deu, presenteou, à Igreja ...uns para evangelistas... (Ef 4.11), com o explícito propósito da edificação do corpo de Cristo. Vemos neste texto os dons ministeriais, ou ministérios, entregues por Jesus à Igreja. Quando houve a necessidade da igreja primitiva de separar homens para cuidar das necessidades materiais da igreja, os diáconos, os doze apóstolos claramente separaram dois tipos de ministério, o das coisas materiais (diáconos) e o das coisas espirituais (ministros da Palavra) “Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra” (At 6.4). Portanto, entendemos que os cinco ministérios expostos por Paulo aos efésios, são as cinco diversificações, vocações ou dons do ministério da palavra. Ou seja, um ministro da palavra pode ter dom de apóstolo, ou pastor, ou outro dos cinco. Entendemos também, pela evidência na vida do apóstolo Paulo entre outros, que cada ministro não está necessariamente restrito à um só dom ministerial. Bem, não sendo eu um evangelista, tenho a perspectiva daquilo que a igreja vê e espera daquele ministro vocacionado para evangelista. Gostaria de me basear naqueles que marcaram a história da Igreja, para concluirmos que características o evangelista deve ter, além de, sem dúvida, sua vocação dada por Cristo. Minha memória me leva a Jesus, Pedro, Felipe, Paulo, os irmãos Wesley, D L Moody, Jimmy Swaggart, GG Avila, Billy Graham, Bernard Johnson entre outros tantos, cujos nomes podem ou não haverem sido reconhecidos na mídia mundial, que dedicaram sua vida ao ministério evangelístico. O que há em comum em suas biografias? Em suas campanhas? Em suas vidas? Seria impossível precisar a resposta, mas pelos seus frutos podemos tirar ao menos cinco características. Primeira, suas vidas eram dedicadas inteiramente a ganhar almas para Cristo, com isso se preocupavam, para isso viviam, se não ganhassem almas, imagino eu, se prostrariam aos pés de Jesus em clamor até alcançarem vitória, e ver almas se convertendo outra vez. Não se engodaram atrás do lucrativo comércio evangélico. Ganhavam almas porque Deus os permitia amá-las, sentir por elas, interceder por elas. Segunda, não perderam o foco de que Jesus é quem opera, quem salva, quem cura, e quem os chamara. Portanto, a terceira característica, é que eles tiveram uma vida de intimidade com Cristo. Quarta, estes homens conheciam a Palavra, estavam preparados para Jesus usa-los. Quinta, buscavam evidenciar os sinais e maravilhas que marcaram o ministério de Jesus, os quais Ele entregou para a Igreja operar (Mc 16.17,18). Para tal, buscar poder, autoridade, milagres aos pés de Jesus não era uma opção para eles, era mais que uma necessidade. O tempo da campanha era ínfimo comparado com o tempo de consagração que estes homens tomavam diante de Deus. Jesus estava certo, a igreja precisa de evangelistas, e Ele nos dá. Sigamos rogando que Jesus continue a levantar tais homens e orando por estes chamados, para que vivam e evidência de seus ministérios, para glória de Deus Pai.
Corinto foi uma famosa cidade portuária grega e capital da antiga província da Acaia. A cidade foi completamente destruída pelo general romano Lucio Mumio no ano 146 a.C., e após um século, reconstruída por ordem de Julio César. No ano 27 a.C., César Augusto tornou-a capital da província. O local da antiga Corinto se encontra ao sudoeste do istmo que separa a Península Peloponésia do restante da Grécia. A grandeza do período grego e sua arquitetura podem ser apreciadas através das ruínas da cidade. Uma delas, é o Templo de Apolo, cujas sete colunas das 38 ainda restam de pé, na parte baixa da cidade. No acrópole de Corinto, conhecido como “Acrocorinto”, a mais de 548 metros de altura, estava situado o Templo de Afrodita, a deusa padroeira da cidade de Corinto. Nele, se albergavam mais de 1.000 prostitutas, que serviam no templo, vendendo os seus corpos. A prostituição era um componente da vida cotidiana dos gregos antigos. Nas cidades mais importantes e portuárias, como era Corinto, havia inúmeros prostíbulos, onde mulheres de todas as idades e rapazes vendiam seus corpos sem nenhum escrúpulo. Com certeza, as exortações de Paulo tão veemente à Igreja de Corinto, íam de encontro ao paganismo, prostituição e imoralidade, às quais a cidade era entregue. No tempo de Paulo, a cidade de Corinto era um centro comercial e industrial para Acaia, Ásia Menor e Roma; e tinha uma população de quase 700.000 habitantes. Havia uma grande colônia de judeus estabelecida em Corinto. Dentre eles, um casal natural de Ponto, que se tornou cooperador do apóstolo; tanto na obra espiritual, como na profissional em fazer tendas – Áquila e Priscila. Eles, como os demais judeus de Corinto, foram expulsos de Roma por ordem do Imperador Cláudio (At 18.2). Em sua segunda viagem missionária, Paulo ficou 18 meses em Corinto, onde pregou, fundou a Igreja, e tempos depois, escreve duas cartas destinadas aos crentes dali. Na cidade havia uma sinagoga, na qual Paulo aos sábados pregava. Os judeus de Corinto acusaram o apóstolo perante o procônsul Gálio, no tribunal da cidade (local de julgamento) chamado de “Bema”, que estava situado no centro do mercado e cujas ruínas ainda existem. Após a visão do jovem macedônio, Paulo dirigiu-se à Grécia (Macedônia), estabelecendo igrejas nas cidades de Filipos, Tessalônica, Beréia, possivelmente Atenas e Corinto; por onde passou em sua segunda e terceira viagem missionária.