Editorial

OS DOIS FUNDAMENTOS

Rev.Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente da Regional Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA.

Em Mateus 7.24-29 e Lucas 6.43-49, uma grande multidão era atraída a Cristo pela sua mensagem e seus milagres. Nesse momento histórico e dispensacional, Jesus expressou a necessidade dos fariseus, escribas, saduceus, herodianos e a nação serem justos por fora e por dentro, como esboçados nos oito ditames morais da Lei, no Sermão do Monte (Mt 5.1-17). A parábola dos Dois Alicerces é aplicada à vida individual do crente, em cuidar como edificar sua obra e sua fé sobre o ouro, a prata e a pedra preciosa; e jamais sobre a areia, a madeira, o feno ou a palha! Estas não subsistirão ao julgamento do Tribunal de Cristo! Jesus apresentou numa símile, mostrando que era necessário a nação edificar a sua vida espiritual em algo seguro, firme e indestrutível; não somente nesse tempo presente, como no século futuro. Ele, com a habilidade de Mestre divino, apresentou com muito amor por eles, a parábola dos Dois Alicerces! Como acostumados a construírem casas sob as encostas, sabiam que elas resistiriam ou não, quando submetidas as intempéries da vida e do tempo, se não estivessem sido fundadas em área rochosa. Sabiam eles, como construtores, que vindo o primeiro vendaval, enchente ou tormenta, essa casa subsistiria ao impacto. Portanto, Jesus referindo-se aos fariseus, indaga que casa suportaria aos embates? A casa do vizinho, construída com muito labor e cuidado sobre a rocha, ou a sua própria, que por comodidade do tempo, egoísmo, trabalho e custos finais, fora construída sobre a areia? A rocha aqui é representada como a Palavra de Deus ensinada por Cristo — “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo". (1 Co 3.11). A areia, ou fragmentos de rocha, é aqui tipificada como os ensinos politicamente corretos dos fariseus, tendo a Lei como pano de fundo à sua própria conveniência, e a instalação da religião como meio de alcançar o Reino e a vida eterna. Ora, se Deus, pela sua infinita misericórdia, não tivesse disposto a sua Graça redentora a todo o mundo, o Julgamento Final das nações já deveria ter acontecido aproximadamente há sete anos depois da ascensão de Cristo. Portanto, o Julgamento Final, no término das útimas sete semanas proféticas de Daniel, ou os últimos sete anos sob a liderança global do anticristo — a Grande Tribulação testará quem edificou a sua vida espiritual na rocha ou na areia: "E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações [indivíduos] serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda" (Mt 25.31-33). Os que edificarem sobre a rocha — sobre os ensinos de Jesus, adentrarão no Reino Messiânico, para o gozo de mil anos ["Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre"] de paz e prosperidade. Os que, infelizmente, edificarem sua fé na areia — sobre os ensinos da religião, ruirão, e grande será a sua queda, com destino final e imediato à perdição eterna, no inferno! O consolo para a igreja de Cristo será que, tanto ela como "uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas", não passarão pelo Julgamento Final, nem muito menos pelo Juízo Final — o Trono Branco, pois “portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1); "e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura" (1 Ts 1.10); "Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos [vivos], quer durmamos [mortos], vivamos juntamente [estado permanente da igreja] com ele" (1 Ts 5.9)!

Glossário

L E I

João Luis Cabral Estados Unidos

Angolano, Diácono, Diretor da Divisão de Música e músico

Pertinente a prescrição legal que traduz-se em regras sistemáticas e logicamente ordenadas, decretadas pelas autoridades superiores legitimamente constituídas; ou antes, ato da autoridade soberana que rege, manda, permite ou proíbe no intuito de estabelecer equilíbrio vital ao homem com seu Criador, abrangendo todas as áreas de sua vida (tanto social, como também moral, natural e espiritual). Esta palavra ocorre acerca de 473 vezes na Bíblia Sagrada, sendo 22 vezes no plural que expressa mandamentos, estatutos, juízos e ordenanças (Sl 119.9,62,65-72), e 451 vezes no singular (compêndio destas). Seguindo as versões antigas, a maioria das traduções modernas empregam o termo ‘Lei' para traduzir o vocábulo hebraico Torah, a qual ocorre mais ou menos 220 vezes no Antigo Testamento; esse substantivo indubitavelmente está ligado ao verbo hebraico hôrâ, ‘dirigir, ensinar, instruir’. Neste, Deus revela sua vontade para com seu povo - a nação de Israel, em sua Lei subentendida em três: 1) A Lei Moral (o Decálogo - Ex 20.1-17); 2) A Lei Cerimonial (Rituais e Festas -Ex 24.12-31.18); 3) A Lei Civil (Jurisdição - Ex 21. à 24.11). Tal instrução deveria ser passada de geração a geração pelos pais, ordenança do Senhor Deus para o povo israelita (Dt 6.5-9; 11.18-21 ). Aspectos preponderantes da mesma na vida da nação Israelita: 1) A Lei exige obediência (Dt 27.26); 2) A Lei lida ao povo no sétimo ano (Dt 31.9-13); 3) A Lei é conservada em tábuas de pedra (Dt 27.1-3); 4) A Lei é guardada junto a arca (Dt 31.24-26); 5) A Lei é achada pelo sumo sacerdote Hilquias e lida por Safã, o escrivão (II Rs 22.8); 6) A Lei é posteriormente lida pelo rei Josias (II Rs 23.1-3); 7) A Lei cumprida por Cristo (Mt 5.17; Rm 5.18). Porém, a Igreja que adentrou nesta sublime graça, já não está debaixo da Lei, porquanto, aquele de que a Lei em figura apresentava, servindo ela de aio para nos conduzir a Cristo para que pela fé fossemos justificados (Gl 3.22-26); Ele mesmo cumpriu todas as coisas (Mt 5.17; Ef 4.10), reconciliando-nos com Deus pelo seu sangue (Ef 2.13-16), não pela Lei das obras pela qual ninguém se pode livrar, mas pela Lei do espirito de vida, pela graça de Deus por meio da fé em Cristo Jesus nosso Senhor (Rm 3.21-26).

Esboço

DEUS DÁ A SUA LEI AO POVO DE ISRAEL

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente da Regional Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA.



Texto de Memorização
"Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas;" (Romanos 9.4).
Texto da Lição
Êxodo 20.18-22, 24; 24.4, 6-8 (ARC)

20.18 - E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe. 19 - E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos. 20 - E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis. 21 - E o povo estava em pé de longe. Moisés, porém, se chegou à escuridão, onde Deus estava. 22 - Então disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós tendes visto que, dos céus, eu falei convosco. 24 - Um altar de terra me farás, e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, e as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas, e as tuas vacas; em todo o lugar, onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te abençoarei. 24.4 - Moisés escreveu todas as palavras do Senhor, e levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte, e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel; 6 - E Moisés tomou a metade do sangue, e a pôs em bacias; e a outra metade do sangue espargiu sobre o altar. 7 - E tomou o livro da aliança e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos. 8 - Então tomou Moisés aquele sangue, e espargiu-o sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor tem feito convosco sobre todas estas palavras.
    1. A PROMULGAÇÃO DA LEI
  1. A solenidade da apresentação da Lei: Ex 19.1-3; Nm 10.11,12
  2. A credibilidade de Moisés: Ex 20.22; 20.18-22
  3. A exposição prática da Lei: Dt 1.5; Lc 24.44
    2. O CONCERTO DA LEI
  1. Os preparativos do Concerto — ação legal: Gn 15.18; Ex 2.24
  2. As partes do Concerto — Deus e a Nação: Ex 19.5; Gl 3.17
  3. O registro do Concerto — o Livro: Ex 24.7-8; 17.14
    3. O SACRIFÍCIO DA LEI
  1. Os holocaustos: Gn 8.28; Ex 24.4;
  2. O sangue: Ex 24.6; Lv 17.11
  3. A aspersão: Hb 11.28; 1 Pe 1.2