Editorial

GRADIENTE HUMANO

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente da Regional Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA

O ser humano vem à vida e passa pelo menos por três etapas. Se conseguir alcançar a quarta, e o fizer abundantemente na sua totalidade, será bem sucedido, e sua vida será cheia de pleno êxito social e espiritual. Perguntas tais como, porque nasci, de onde vim, qual o significado de tudo que ocorre em minha vida, para onde irei e o que tem as outras pessoas a ver com a minha vida, são respondidas pelas Sagradas Escrituras, e endoçadas pelos sociólogos e teólogos através dos quatro gradientes da vida do homem: A vida Estética, A Vida Ética, A Vida Religiosa e a Vida de Fé (Eclesiastes 1.4). Na Vida Estética o homem só pensa nele, uma forma de egoísmo subliminar. Se ele superar esse degrau, com certeza o espera o próximo mais árduo. O Filho Pródigo da parábola tão bem colocada por Nosso Senhor Jesus Cristo, acerca de um dos seus filhos que assumiu a postura estética, disse: "Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence... e, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali despediçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente". Sua avidez por conhecer um mundo melhor e exercer domínio sobre os seus próprios desafios, esqueceu do pai, do irmão, da casa, dos amigos e de sua cultura. Pensou unicamente nele (2 Coríntios 8.9). Na Vida Ética o homem, por todas as confrontações que a vida lhe impõe, finalmente, assume o dever de viver entre outros. Ética, do Grego ethos, e no sentido lato da palavra, é a comunicação entre dois seres de consciência moral, volitiva e intelectual. Aceitar os valores de outras pessoas é um desafio que a própria vida nos impõe. O personagem da parábola acima, teve a alto preço de reconhecer essa necessidade: "E, tornando em sí, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com o meu Pai." A renúncia às nossas determinações em busca de compreender as dos outros, é o primeiro passo para viver uma vida ética (Gálatas 6.2). A Vida Religiosa é um tipo de cavalo de Tróia. Ninguém nunca sabe o que realmente contém no seu bojo. Finalmente o homem na sua índole teísta, concebe que há um mundo além dos seus limites humanísticos. Novamente a Bíblia nos fascina com a vida de um jovem religioso, e que por sinal, era muito rico. Esse homenzinho que abordou a Jesus acerca da vida eterna, tinha, à guisa de uma autodeterminação, esquecido da postura estética e ética, só pensava nos seus bens. Os religiosos sempre fazem esses tipos de perguntas determinantes, porém algumas vezes coroadas de hipocrisia: "Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" Que dura lição de voltar ao sapé do monte! O religioso isola-se, egocêntrico, dos seus, da sociedade e até de si mesmo. O fanatismo religioso é uma arma letal; mata sem deixar marcas (Colossenses 2.4,8,16,18). Na Vida de Fé o homem sai das raias materiais, psíquicas e metafísicas, a ter um encontro genuíno com o seu criador. Ao restabelecer o pacto que foi perdido com o seu Criador no Éden, ele deixa ser governado pelas leis fundamentais da moral dos Evangelhos. Um autêntico exemplo de uma vida bem sucedida, é o do Apóstolo dos gentios, Paulo de Tarsis! Ele que cruzou todas as fronteiras dos gradientes humanos na terra, rumo a eterna felicidade, quando finalmente declarou: "Mas em nada tenho a minha vida como preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira." Ser feliz, ser vitorioso, ter resposta para todas as perguntas presentes e vindouras "é pensar nas coisas de cima", sem esquecer dos que estão em baixo: é viver uma vida de fé em Jesus! Ele mesmo afirmou estas verdades transcendentes: "Portanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna." (Efésios 2.5)!

Glossário

ALEGRIA DO SALVO

Mbaxi Cabral Estados Unidos

Angolano, presbítero, professor da Escola Bíblica Dominical e músico

A morfologia define a dicção alegria como um substantivo abstrato, em que a sua grafia é oriundo do hebraico Simhâ. É sinônimo de felicidade, contentamento, satisfação, júbilo e regozijo. Biblicamente, ela não é apenas uma emoção ou efeito qualquer, mas sim uma reação natural na vida de todo salvo que aceita a Jesus (1 Pe 1.3-6, Sl 5.11). O agente promotor da alegria cristã é Deus. Por esta razão, Neemias animou o povo de Deus em dizer-lhes: "a alegria do Senhor é a vossa força" (Nm 8.10). O apóstolo Paulo também anima a Igreja de Filipos a regozijar-se no Senhor, dando certo realce em sua redação, ao dizer: "Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos" (Fp 4.4). Somente o crente que preserva a sua comunhão com Deus e deixa o fruto do Espirito Santo frutificar em sua vida pode usufruir da verdadeira felicidade (Gl 5.22, Rm 14.17). Ou seja, esta alegria ou felicidade não provém das coisas materiais como pensava aquele homem rico insensato da parábola que disse: "e direi à minha alma: alma, tens em depósito muitos bens, para muitos anos; descansa, come, bebe e folga" (Lc 12.19). Mas esta alegria provém do próprio Espírito Santo, quando damos vazão à sua pessoa (Ef 5.18). Alegria pode ser vivenciada pelo crente de duas maneiras: (1) Nos momentos de verdadeira prosperidade ou abundância, assim como nos momentos de adversidade (Ec 7.8). O cântico de Maria é um exemplo clássico de um coração alegre que louvou a Deus num momento de prosperidade (Lc 1.47). Entrentanto, o que mais impacta as almas perdidas é ver uma igreja que vive o evangelho na sua íntegra, onde os crentes em meio às dificuldades reagem de forma antagônica à sua própria índole humana. Em vista disso, as Sagradas Escrituras são repletas de exemplos de crentes que se alegraram nos momentos de adversidade, nas seguintes ocasiões: (a) em meio às perseguições (Mt 5.12), (b) em meio às tribulações (At 4.24-31), (c) em meio às aflições (I Pe 4.13), e (d) em meio aos sofrimentos (At 5.33-42). O Salmista Davi se alegrava na palavra de Deus e em estar em sua casa (Sl 1:1-6; 43:4,5). Por isso, ele é muito enfático em dizer: "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor" (Sl 122.1). A alegria do crente deve transparecer, como disse o sábio Salomão: "O coração alegre, aformoseia o rosto" (Pv 15.13). Em síntese, o crente não deve somente se alegrar por ser um instrumento nas mãos do Senhor, mas acima de tudo se alegrar por ter o seu nome escrito no livro da vida (Lc 10.20).

Esboço

O PERIGO DA BUSCA PELA AUTORREALIZAÇÃO HUMANA

Pedro Marques Pereira Estados Unidos

Sul-Africano, diretor do Youth Alive, músico, professor da EBD



Texto de Memorização
"Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará." (Tiago 4.10)
Texto da Lição
Tiago 4.1-10 (ARC)

Tg 4.1 - De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? 2 - Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis. 3 - Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. 4 - Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. 5 - Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes? 6 - Antes, ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. 7 - Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. 8 - Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. 9 - Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza. 10 - Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.
    1. AS VERTENTES DA AUTORREALIZAÇÃO
  1. Economico-social: Mc 10.25; Lc 12.16-20; 1 Tm 6.9
  2. Intelecto-cultural: At 17.21; 1 Co 1.22; 2 Tm 4.3; 2 Pe 2.1-3
  3. Politico-militar: Lc 7.8; Mc 15.44
    2. OS PERIGOS DA AUTORREALIZAÇÃO
  1. Egocentrismo: Fp 2.21; 2 Tm 3.2
  2. Soberba: Pv 16.18; 1 Tm 6.3-5; Tg 4.6,10
  3. Desvio: 1 Co 10.12; 1 Tm 6.10; 2 Tm 4.4
    3. A REALIZAÇÃO DO PLANO DIVINO
  1. Salvação: Mt 6.33; 1 Tm 2.3,4; Tt 2.11
  2. Santidade: 1 Pe 1.15,16; Hb 12.14
  3. Vida Eterna: Jr 29.11(NVI); Jo 5.39;6.47; 1 Jo 2.24,25