O que você acha do filme Son of God (Filho de Deus)? Considerando que eu não assisti, podia-se pensar que eu não tenha dado muita atenção a pergunta. Mas eu dei. Eu aqui poderia levar uma
punhalada em resolver o problema imediato do segundo mandamento. Alguns argumentam na sua cara, que qualquer filme que retrata Jesus, é necessariamente uma violação do segundo mandamento, o qual proíbe fazer imagens de escultura (Êxodo 20.5).
“Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”. É um pouco complicado dado as nuances da nossa compreensão da encarnação. Deus, por exemplo, é espírito. O corpo de Jesus, seguramente em união com Deus o Filho, pertence devidamente à sua natureza humana. Mas, uma imagem daquele corpo humano, é uma imagem Dele, quem é uma pessoa com duas naturezas, uma humana e a outra divina.
Eu poderia tentar novamente e zombar de como nós, os evangélicos somos tão pobres em discernir como Deus trabalha. Lembro-me da promessa do avivamento mundial que esperávamos, que seguiria da produção de Mel Gibson –
A Paixão de Cristo (The Passion of the Christ). Lembro a expectativa vertiginosa que precedeu o lançamento de vários filmes dos meus amigos na Igreja Batista de Sherwood. Mas tal é atirar peixes num barril. Em termos de estratégia em ganhar almas, isso é apenas a próxima grande coisa, em uma longa fila de grandes projetos fracassados.
Enquanto cada uma das abordagens acima indiretamente exponha nossa propensão à idolatria, acho que seria mais proveitoso explorar uma questão ainda mais fundamental sobre o tema, e isto é — nós somos propensos a isso naturalmente, assim como na Bíblia, à idolatria. Porque somos modernistas, achamos que a adoração de ídolos da maneira daqueles que se curvam diante de alguma forma de imagem de escultura, é coisa do passado. Porque somos cristãos, admitimos a uma bela versão moderna de idolatria. "Bem", dizemos, "dinheiro, poder ou influência são os tipos de ídolos que sofremos nos nossos dias." E o que fazemos é exatamente como fizeram os antigos registrados na Bíblia.
A raiz da idolatria, no entanto, está aqui — imagens movem-nos em um nível básico, e evoca a adoração em nós, a adoração que Deus abomina. Eu senti isso pela primeira vez ao assistir um outro filme que apresentava uma imagem de Cristo —
The Lion, the Wicht and the Wardrobe (o Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa). Quando
Aslan apareceu pela primeira vez na tela, meu coração inchou, e como um abstêmio que toma sua primeira bebida, ou um paranoico por saúde que degusta seu primeiro bolo de chocolate, pensei, "Oh, então isso é o que
Ele nos advertiu sobre a idolatria." Eu fui tomado, arrebatado, fascinado por causa da beleza pura e majestosa do leão.
Verdade seja dita, aconteceu de novo, em um teatro, quando vi o primeiro trailer do
Son of God (Filho de Deus). Eu novamente poderia assumir com meu idioma nativo de sarcasmo reformado e sábio, sobre como muito caucasiano, como muito suave, como muito cativante ele
olhava para nós! Mas a verdade é que me desabei em lágrimas. Eu queria que aquele homem Jesus, olhasse para mim do jeito e com a permeabilidade que ele olhou para aqueles a quem ele amava no filme. Eu chorei.
Essa experiência é justamente o que os fabricantes deste filme e seus promotores, querem que as pessoas tenham. Estranhamente, muitos cristãos pensam que isso é bom. Eu tive uma experiência profunda, emocional, religiosa, alimentada por um mero homem, uma falsa apresentação de Jesus. Assim como os filhos de Israel tiveram uma experiência profunda, emocional, religiosa, alimentada por uma apresentação falsa de Deus, sob a forma de um
bezerro de ouro. O problema com o filme não é, na minha opinião, uma violação técnica da lei estabelecida por Deus, que ao ver
Ele vai ficar irado porque é santo. O problema, pelo menos para mim, é que eu fui levado diretamente ao coração vicioso da idolatria, que foi habilmente disfarçado como uma experiência cristã positiva.
Eu não estou, espero que me entendam, acusando os fabricantes deste filme como sendo os instrumentos autoconscientes do diabo. Não estou a pôr em causa a fé de alguém envolvido em fazer ou promover o filme. No entanto, estou, a questionar a sua
astúcia. Há uma razão pela qual Deus nos advertiu. O problema está em nós, não na estátua, seja pedra ou celulóide. Lembre-se, o fogo mais estranho é aquele que achamos ser seguro de tomar em nosso seio.
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“Mas Nadabe e Abiú morreram perante o Senhor, quando ofereceram fogo estranho perante o Senhor...” (Nm 3.4)!
Seu nome do hebraico significa brilhante. Irmão de Miriam e Moisés (Nm 26:59). Filho de Anrão e Joquebede. Nasceu no Egito três anos antes de Moisés, quando o povo de Israel era escravo no Egito (Ex 7:7). Arão e sua esposa, Eliseba, filha de Aminadabe de Judá, tiveram quatro filhos: Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (Ex 6:23; 1 Cr 2:10). Em virtude da sua boa oratória, foi indicado por Deus para falar por Moisés na presença de Faraó (Ex 4:14-16). Tinha 83 anos quando ele e Moisés confrontaram Faraó pela primeira vez. Quando Deus chamou Moisés para libertar o seu povo, chamou também Arão para encontrar Moisés no deserto (Ex 4.27). Depois de tantos anos de exílio, Moisés era um estranho para seu povo. Assim, Arão fez contato com os anciãos de Israel por ele (Ex 4:29-31). Moisés e Arão foram ter com Faraó, com a mensagem dada por Deus para que Faraó libertasse os israelitas da escravidão (Ex 5:1). Ao invés de obedecer, Faraó tornou a vida dos escravos israelitas ainda mais difícil. Entretanto, Deus começou a mostrar o Seu poder para Faraó e todo o Egito através de uma série de milagres. Deus operou os três primeiros milagres através de Arão, usando uma vara. No primeiro, ambos Moisés e Arão lançaram suas varas e estas se tornaram em serpentes que tragaram as serpentes dos magos do Egito. No segundo, Arão estendeu a sua vara sobre as águas do Egito e ao feri-las, elas tornaram em sangue (Ex 7:19-25). No terceiro, Arão estendeu as mãos novamente sobre as águas do Egito e rãs vieram como segunda praga dentre as dez (Ex 8:6). Arão estava com Moisés quando Deus revelou como redimiria os israelitas que tivessem os lares devidamente marcados com o sangue de um cordeiro (Ex 12:1-28). Deus pouparia os filhos dos hebreus na noite em que as crianças egípcias morressem com a última praga. Aquele evento deu origem à festa da Páscoa, ainda hoje celebrada pelos judeus. (Ex 13:1-16). Arão ajudou Moisés a conduzir o povo na sua longa peregrinação pelo deserto até à Terra Prometida (Ex 16:1-6). Quando o exército de Amaleque veio pelejar contra Israel, Arão subiu ao cume do outeiro juntamente com Hur e ajudou a sustentar os braços de Moisés até ao fim da batalha (Ex 17:8-16). Deus o chamou para estar com Moisés quando lhe deu a lei no Monte Sinai (Ex 19:24). Arão e Hur ficaram cuidando do povo enquanto Moisés estava com Deus no monte Sinai (Ex 24:13-14). Na ausência de Moisés, Arão fez um bezerro de ouro a pedido do povo para adoração. Após tal pecado, Deus perdoou Arão pela intercessão de Moisés (Dt 9:20). Dois anos depois de peregrinação no deserto, Arão ajudou Moisés a realizar o censo do povo (Nm 1:1-3,17-18). Mais tarde, Arão e Miriam murmuraram contra Moisés, por causa de sua esposa (Nm 12:1-8). Mais uma vez, Moisés intercedeu por eles ao Senhor. Deus separou os filhos de Levi dentre as demais tribos para o ministério do tabernáculo. Arão e seus filhos foram consagrados ao sacerdócio (Lv 8:1-9). Numa rebelião, Coré, Datã e Abirão juntamente com outros israelitas, questionaram a escolha sacerdotal de Arão, porém Deus confirmou sua chamada ao fazer a vara de Arão florescer no meio das outras onze varas (Nm 17:1-10). Durante a peregrinação do povo no deserto, faltou água e Deus ordenou a Moisés e a Arão que falassem à rocha para dar de beber ao povo, e assim santificar o nome do Senhor no meio do povo. Mas eles desobedeceram e por isso não entraram na terra prometida. Arão terminou sua carreira. Deus o chamou ao monte Hor onde morreu com 123 anos (Nm 20.22-29). O ministério e as vestes sacerdotais foram transferidos a seu filho Eleazar. A casa de Israel chorou sua morte trinta dias (Da 32:20). Arão foi o primeiro sumo-sacerdote da nação de Israel, onde uma vez ao ano oferecia sacrifício por toda nação para perdão dos pecados. O sacerdócio da sua linhagem apontava para um dos ministérios de Jesus, que como perfeito sumo sacerdote, ofereceu sacrifício uma só fez para perdão de todo aquele que crê (Hb 9:11-15).